segunda-feira, 11 de setembro de 2017

População Mundial



Até o final do século 21  quarenta por cento da população da Terra será africana

Bissau, 11 Set 17 (ANG) - Estudos recentes divulgados pelas Nações Unidas (ONU) constatam que até 2100 cerca de 40 por cento da humanidade será africana. As previsões apontam que já em 2050 um terço dos jovens do planeta estará vivendo na África. 

Há anos os pesquisadores trabalham com estatísticas prevendo que a população da Terra deve passar dos atuais 7,5 bilhões de indivíduos para 9,8 bilhões em 2050, ultrapassando os 11 bilhões em 2100. China e Índia continuam sendo o motor desse crescimento populacional, já que juntos eles acumulam hoje dois terços da humanidade (2,7 bilhões de pessoas).

Porém, o continente africano deve conhecer uma explosão demográfica que pode inverter esse cenário. Atualmente a África representa 17 por cento da população mundial, com 1,3 bilhão de habitantes. Mas os estudos preveem que esse número chegará a 4,5 bilhões em 2100, o equivalente a 40 por cento dos seres humanos que viverão na Terra no final do século.

De acordo com o relatório da ONU “Perspectivas da População Mundial, a revisão de 2017”, até 2050, metade do crescimento da população mundial será concentrado em apenas nove países: Índia, Nigéria, República Democrática do Congo, Paquistão, Etiópia, Tanzânia, Estados Unidos, Uganda e Indonésia. Nessa lista, os africanos estão entre os mais dinâmicos. A Nigéria, por exemplo, deve atingir uma população de 410 milhões de habitantes em 2030, tomando dos Estados Unidos o terceiro lugar do ranking mundial.

Esse fenômeno é constatado em boa parte da África. Se em 1950 o continente africano não contava com nenhuma cidade com mais de um milhão de habitantes, em 2013 – data do último censo generalizado – 54 cidades já ultrapassavam um milhão de moradores. E esse número tem chances de dobrar até 2030.

Para os especialistas, várias razões explicam essa explosão demográfica africana. Um dos motivos é a desaceleração da natalidade na China, que deve registrar um declínio na segunda metade do século. Mas segundo Gilles Pison, pesquisador do Instituto Nacional de Estudos Demográficos da França ouvido pelo jornal Le Monde, esse fenômeno estaria ligado principalmente ao fato de que atualmente o continente africano registra uma taxa de mortalidade em baixa, mas que os índices de natalidade continuam em alta.

ANG/RFI

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