Profissionais
clamam pelo apoio de governo
Bissau, 28 Set 17 (ANG) – Os
artesões da Guiné-Bissau lamentaram hoje a falta de apoio de governo no
desenvolvimento das suas actividades artesanais, nomeadamente de esculpir.
Ouvidos pela ANG, Mamadú
Baldé, um dos escultores criticou o executivo por nunca ter disponibilizado
nada e muito menos ter mostrado algum interesse ao sector.
“São Já quinze anos que
trabalho nesta área e nunca vi ou ouvi dizer que o governo prestou sua ajuda
nisto ou naquilo”, sublinhou Mamadú Baldé tendo realçado as dificuldade por que
passam os seus colegas de profissão na aquisição de matérias-primas para a execução
das suas actividades.
“Conseguimos os troncos de
madeira das mãos dos nossos irmãos da Guine-Conacri a preços de 1.500 FCA, 3000
FCA, e 5000 FCA”, lamentou Balde.
Questionado sobre se
conseguem tirar lucros que compensa o dinheiro investido aquele artista respondeu
afirmativamente.
Entretanto, o artesão Calilo
Fati destacou que o governo da Guiné-Bissau devia apoiar o sector de artesanato,
porque, na sua opinião, o mesmo possui grande importância e pode trazer vantagens
para o país.
De acordo com aquele
transformador de bonecos de pau, com o incêndio do Mercado Central em 2006 sofreram grandes
prejuízos, acrescentando que o governo na altura visitou o local, e fez o
levantamento dos seus danos, mas até agora não houve nenhum reembolso da parte
do executivo tal como havia prometido.
Calilo Fati criticou o
executivo por apenas preocupar-se em cobrar o imposto aos artesões, mas nada
faz para criar condições favoráveis no sentido de poderem trabalhar em
condições adequadas.
De salientar que os
entrevistados foram unânimes em admitir a possibilidade de criação em breve da
associação da classe por forma a estarem mais aptos a beneficiar de
financiamentos através de projectos que irão elaborar.
ANG/LLA/ÂC
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