“Insulto
ao Presidente da República vale cadeia”, ordenou Umaro Sissoco Embalo
Bissau, 27 Set 17 (ANG) – O
Primeiro-ministro instruiu terça-feira os ministros do Interior e da Defesa para
prenderem quem insultasse o chefe de Estado, José Mário Vaz, de forma a por
cobro a “indisciplina que reina no pais”.
Falando na cerimónia de
promoção de oficiais superiores e outros elementos das forcas de segurança,
Umaro Sissoco Embalo advertiu aos dois governantes que caso não cumpram esta
sua ordem os mesmos serão, por sua vez, presos.
“Insultar Trump nos EUA vale
prisão, a mesma coisa se aplica em Franca”, disse acrescentando que mesmo aqui
no pais vizinho (Senegal) se aplicam os mesmos castigos, dando exemplo de um
grupo de pessoas que cumpriram 12 meses de detenção pela mesma razão.
Segundo Umaro Sissoco Embalo
esta medida visa conferir dignidade aos valores da República, dos quais se
incluem ainda o Primeiro-ministro e o Presidente da Assembleia Nacional Popular
(ANP) no exercício das suas funções.
Instado a comentar a ordem
dada pelo Chefe do Executivo, o Ministro do Estado e do Interior limitou-se
apenas a afirmar que o seu pelouro pugna pela criação de condições para que
haja paz e entendimento, sem vingança ou violência.
“Penso que havemos de nos
sentar na mesma mesa e aconselharmo-nos sobre a melhor via a seguir”, resumiu
Botche Cande.
Em relação ao balanço da sua
participação na recente Assembleia-geral da ONU, O Primeiro-ministro disse que,
com o evento, o pais voltou ao concerto das nações e elogiou “o funcionamento
agora da diplomacia guineense no plano externo”.
Disse ter tido encontro com
vários chefes de Estado e de governo de outros países, nomeadamente, o
presidente Ouatara, da Costa do Marfim, Netanyahu, Primeiro-ministro de Israel,
Ramos Horta, de Timor Leste, os quais lhe teriam felicitado pelo “regresso triunfante”
do pais ao seio da Comunidade Internacional.
Sobre o pagamento de quotas
junto a ONU, o chefe do governo confirmou que o pais saldou a sua dívida, bem
como das outras organizações de que faz parte nomeadamente a CEDEAO, com a excepção
da CPLP, a qual prometeu resolver ainda no decurso desta semana.
“Eis a noção de um patriota
comprometido com o seu pais”, disse.
Cerca de meia centena de
agentes da Policia de Ordem Publica, Guarda Nacional, dos Serviços de Segurança
do Estado entre oficiais superiores e subalterno bem como de funcionários
administrativos foram promovidos, enquanto que outros beneficiaram de mudança
de patentes militares que ostentavam para as insígnias meramente policiais e
que se distinguem entre tiras (militares) e estrelas (policia).
ANG/JAM/SG
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