Cerca de 300 milhões de
crianças no mundo vivem em zonas com ar intoxicado
Bissau, 21 Set 17 (ANG) – Cerca de trezentos
milhões de crianças no mundo vivem com ar intoxicado, o que pode danificar o
desenvolvimento cerebral das mesmas, diz o relatório da UNICEF, da 72ª sessão
da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Em nota de imprensa enviada hoje à ANG, o UNICEF
apela aos governos e ao sector privado para que apoiem políticas nacionais
básicas em matéria de desenvolvimento da primeira infância, nomeadamente no
investimento e expansão dos serviços de desenvolvimento em casa, na escola, nas
comunidades e unidades de saúde que dão prioridade aos mais vulneráveis.
O documento informa ainda que cerca de 75
milhões de crianças menores de cinco anos vivem em zonas afectadas por
conflitos, aumentando o risco de stresse tóxico, que pode inibir as conexões
cerebrais na primeira infância.
“A nível global, uma nutrição pobre, ambiente
insalubres e doenças deixam 155 milhões de crianças com atrasos de
desenvolvimento, o que as impede de desenvolver todo seu potencial físico e
cognitivo,” refere a nota.
Segundo a nota, um quarto de todas as
crianças com idades entre os dois e
quatro anos em 64 países não participam em actividades essenciais para
desenvolvimento cerebral, tais como brincar, ler e cantar.
O relatório também
destaca que milhões de crianças menores de cinco anos estão a viver os seus
anos formativos em ambientes inseguros e não estimulantes.
O relatório alerta
que o facto de não se proteger e proporcionar às crianças mais desfavorecidas
oportunidades de desenvolvimento precoce afecta o potencial crescimento das
sociedades e das economias.
Refere que em média,
os governos gastam menos de 2 por cento dos seus orçamentos alocados à educação
em programas para primeira infância. Contudo, os investimentos que foram feitos
nos primeiros anos de vida das crianças actualmente se traduzem em ganhos
económicos significativos no futuro.
“Cada dólar americano
investido em programas que apoiam ao aleitamento materno gera um retorno de 35
dólares e cada um dólar investido em cuidados e educação na primeira infância
das crianças desfavorecidas pode ter um retorno de 17 dolares norte americanos”,
garante à nota.
ANG/JD/JAM/SG
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