DG da PJ confirma não pagamento de salário de Setembro ao
pessoal da instituição
Bissau, 22 Set 17
(ANG) – O Director Geral da Polícia
Judiciária (PJ) confirmou hoje, que todo o pessoal desta instituição viu o
salário de Setembro congelado devido aos trabalhos em curso do Ministério da Função Pública (FP),
no quadro da reforma da Administração Pública guineense.
Em declarações via
telefónica à ANG, Bacar Biai disse que as duas instituições (a FP e a PJ) estão
desde quinta-feira a trabalhar para que, até a proxima semana, tudo ficasse
ultrapassado.
Uma fonte da PJ disse
a ANG que em causa estão mais de 200 agentes desta instituição.
“ A razão deste
cancelamento do salário tem a ver com a não entrega de mapa da estrutura
orgânica da PJ e a lista de funcionários, devidamente identificados, com
respectivas funções e categorias, pedidos há dois anos pelo Ministério da
Função Pública”, explica a fonte.
Em relação a um
presumível ingresso irregular do pessoal na instituição, a fonte afirma que a
Polícia Judiciária não se depara com o fenómino dos chamados “funcionários
fantasmas”.
“ A título de
exemplo, o último recrutamento dos funcionários levado a cabo em 2009 pela PJ,
foi nos termos da lei, ou seja, por via de concurso público com a assistência de
peritos portugueses”, conclui.
Na sequência da acção
do Ministério da Função Pública, em colaboração com o Ministério das Finanças,
milhares de agentes públicos até agora não receberam os seus salários.
Em conferência de
imprensa dada na quinta-feira sobre o assunto, o Secretário de Estado das Reformas na Função Publica pediu “desculpas e compreensão” aos funcionários
públicos que não receberam os seus salários
de Setembro, tendo justificado que tudo está ligado as reformas em curso
no aparelho do Estado.
Marcelino Cabral defende que se deve fazer “correcção
das tendências negativas que estão a ser verificadas actualmente na administração
pública”.
Como exemplo, o
governante frisou que um Estado não pode ter dois bancos de dados deferentes, ou
seja, os da função pública a registar 24 mil funcionários e os dados do
Ministério das Finanças, que paga, a indicar 31 mil.
“ Graças ao trabalho
da comissão conjunta dos dois ministérios, no final se obteve a confirmação de 21 mil funcionários. Quer dizer que 10 mil
funcionários ficaram de fora”, detalha o Secretário de Estado da Reforma na
Função Pública.
ANG/QC/SG
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