Ramos
Horta pede mobilização urgente de recursos financeiros para apoiar Governo da
Guiné-Bissau
Bissau, 24 Jul 14 ANG (ANG)
- O ex-representante Especial do Secretario geral da ONU na Guiné-Bissau apelou
aos lideres da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para que mobilizassem
urgentemente recursos financeiros para apoiar o novo executivo de Bissau.
José Ramos Horta que falava
perante os chefes de Estado e Governo da CPLP durante a X Cimeira da
organização que terminou no dia 23 em Dili, Timor Leste, disse que a Guiné-Bissau
pode ser facilmente relegado para a obscuridade, mas “se os parceiros da CPLP,
a CEDEAO, União Africana e União Europeia – adoptando uma estratégia pró-ativa
de mobilização de recursos podem impedir que
os poderosos e ricos releguem o povo guineense ao esquecimento”.
O Nobel da paz destacou que Timor Leste,
Brasil e Portugal, cada um integrado nas suas respectivas regiões, saberão
sensibilizar e mobilizar os seus amigos e parceiros para aderirem a uma estratégia
de apoio imediato à Guiné-Bissau.
“Registo aqui a minha
satisfação plena pela forma célere como o Banco Mundial, Banco Africano de
Desenvolvimento e outras instituições financeiras regionais se têm desdobrado e
tomado medidas concretas de apoio imediato à Guiné-Bissau”, enalteceu o ex-representante
do Secretario geral das Nações Unidas.
O ex-representante do Ban Ki
Moon na Guiné-Bissau acrescentou que o povo guineense deve ser compensado e
primado duplamente pelo seu civismo e apego à não-violência e à tolerância.
Afirmou que a Guiné-Bissau pode reivindicar-se
de ser um “caso de sucesso”, pois foi possível repor-se a ordem constitucional
pela via do diálogo.
Para justificar as suas
afirmações, Ramos Horta referiu-se as situações
da Somália e Sudão do Sul onde a introdução de dezenas de milhares de
“capacetes azuis “não resultou na pacificação.
Recordou que a situação da Guiné-Bissau
podia ter se agravado com consequências imprevisíveis se a CEDEAO não tivesse
assumido as suas responsabilidades, a todos os níveis, para incentivar o
processo de retorno à ordem constitucional.
“A CEDEO revelou-se ser uma parceira
verdadeiramente solidaria ao assumir a maior parte do fardo financeiro e
securitário durante o período de transição na Guiné-Bissau, durante o qual o
pais foi sancionado por uma boa parte dos parceiros internacionais”, referiu.
ANG/LPG/SG
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