quinta-feira, 24 de julho de 2014

CPLP


Ramos Horta pede mobilização urgente de recursos financeiros para apoiar Governo da Guiné-Bissau

Bissau, 24 Jul 14 ANG (ANG) - O ex-representante Especial do Secretario geral da ONU na Guiné-Bissau apelou aos lideres da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para que mobilizassem urgentemente  recursos financeiros  para apoiar o novo executivo de Bissau.

José Ramos Horta que falava perante os chefes de Estado e Governo da CPLP durante a X Cimeira da organização que terminou no dia 23 em Dili, Timor Leste, disse que a Guiné-Bissau pode ser facilmente relegado para a obscuridade, mas “se os parceiros da CPLP, a CEDEAO, União Africana e União Europeia – adoptando uma estratégia pró-ativa de mobilização de recursos podem impedir que  os poderosos e ricos releguem o povo guineense ao esquecimento”.

 O Nobel da paz destacou que Timor Leste, Brasil e Portugal, cada um integrado nas suas respectivas regiões, saberão sensibilizar e mobilizar os seus amigos e parceiros para aderirem a uma estratégia de apoio imediato à Guiné-Bissau.

“Registo aqui a minha satisfação plena pela forma célere como o Banco Mundial, Banco Africano de Desenvolvimento e outras instituições financeiras regionais se têm desdobrado e tomado medidas concretas de apoio imediato à Guiné-Bissau”, enalteceu o ex-representante do Secretario geral das Nações Unidas.

O ex-representante do Ban Ki Moon na Guiné-Bissau acrescentou que o povo guineense deve ser compensado e primado duplamente pelo seu civismo e apego à não-violência e à tolerância.

 Afirmou que a Guiné-Bissau pode reivindicar-se de ser um “caso de sucesso”, pois foi possível repor-se a ordem constitucional pela via do diálogo.

Para justificar as suas afirmações, Ramos Horta referiu-se  as situações da Somália e Sudão do Sul onde a introdução de dezenas de milhares de “capacetes azuis “não resultou na pacificação.

Recordou que a situação da Guiné-Bissau podia ter se agravado com consequências imprevisíveis se a CEDEAO não tivesse assumido as suas responsabilidades, a todos os níveis, para incentivar o processo de retorno à ordem constitucional.

“A CEDEO revelou-se ser uma parceira verdadeiramente solidaria ao assumir a maior parte do fardo financeiro e securitário durante o período de transição na Guiné-Bissau, durante o qual o pais foi sancionado por uma boa parte dos parceiros internacionais”, referiu. 

ANG/LPG/SG 




  

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