Miguel Trovoada apela ao Presidente da República para que seja árbitro na resolução do conflito vigente no país
Bissau, 29 Abr 16 (ANG) – O Representante do Secretário-Geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, despediu-se esta quinta-feira do Presidente da República José Mário Vaz, apelando-lhe para que procure ser árbitro e não jogador, na busca de solução entre as partes em conflitos no país.
Miguel Trovoada que falava durante a cerimónia da despedida dos seus 20 meses de missão na Guiné-Bissau, considerou normal o problema da crise que assola o Guiné-Bissau,” porque existe países com melhor meios e maturidade política que também se deparam com o mesmo problema”.
Trovoada disse que deixa o pais com o sentimento de ter feito tudo para a estabilidade voltasse ao pais.
“Mas deixo o meu apelo para o Presidente da República e aos guineenses, para procurarem dialogar-se, no sentido de ultrapassar o mal entendido vivido no país”, aconselhou.
Por outro lado, aquele diplomata pediu ao José Mário Vaz, para se manter afastado das partes em conflitos, eque, na qualidade de árbitro, procure conversar com ambas as partes envolvidas no conflito a fim de
encontrar caminhos de consenso.
Para Trovoada é preciso ser humilde e tolerante, porque ninguém tem o monopólio da verdade.
“Sobretudo quando a responsabilidade nos coloca a frente, devemos lembrar que não é para nós que trabalhamos, e nem para a resolução dos nossos problemas é que o povo nos escolheu”, disse Trovoada.
Miguel Trovoada despede prometendo que estará disponível a qualquer hora e momento que foi solicitado pelo país, a fim de ajudar no que puder.
Por sua vez, o Presidente da República, José Mário Vaz, considerou positivo a missão de Miguel Trovoada, alegando que durante a sua estada na Guiné-Bissau, não houve perseguições, matanças e outras perturbações que nas outras missões aconteceram.
José Mário Vaz, acrescentou por outro lado que no que diz respeito ao conflito vigente no país, na qualidade de árbitro, tentou falar com as partes e não obteve sucesso, por isso apela o respeitem à decisão do Supremo Tribunal de Justiça.
O chefe de Estado recordou ainda que quando nomeou o Baciro Dja como Primeiro-ministro, o Supremo Tribunal considerou a decisão de inconstitucional, e no respeito pela lei cumpriu rapidamente a decisão do Tribunal.
"Por isso, todos têm a obrigação de respeitar a decisão do Supremo Tribunal”, salientou acrescentando que a Guiné-Bissau, não é país para certos indivíduos, mas sim para todos os guineenses, assim com para aqueles que desejam viver nela.
ANG/LLA/SG
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