Pacientes
abandonam Simão Mendes a procura de assistência noutros serviços hospitalares
Bissau,08
Abr 16 (ANG) – Alguns doentes estão a abandonar o Hospital Nacional Simão Mendes
em greve desde segunda-feira, por falta de assistência médica.
A
constatação é do repórter da Agência de Notícias da Guiné ANG que efectuou uma
ronda ao Hospital Simão Mendes para se inteirar do impacto da greve.
Nos
três serviços que compõem o referido Hospital, nomeadamente Maternidade,
Pediatria e Serviços de Urgência, constatou-se que havia pelo menos dois técnicos
da saúde a prestar serviços mínimos como tinha sido anunciado pelo porta voz de
greve dos três sindicatos no início da paralisação.
A
ANG auscultou opiniões de familiares dos doentes internados nos diferentes
serviços do Hospital Simão Mendes, ambos partilharam a mesma opinião, pedindo
ao governo para sentar-se à mesa de negociação com os sindicatos para encontrar
uma solução que possa permitir o suspensão de greve e consequentemente o retorno
ao normal funcionamento do Hospital.
Abulai
Sadjo, doente internado no serviço de Oftalmologia disse que o executivo deve
fazer tudo para resolver alguns pontos que os técnicos de saúde exigem, como é
o caso do pagamento de subsídio de isolamento e reclassificação dos mesmos.
Rosa Cá, internada na Maternidade disse que
continuam a beneficiar do assistência médica apesar da greve em curso, informando
que algumas grávidas estão à ser enviadas para o Hospital Militar para fazerem
as suas consultas mensais.
“Aqui
na Pediatria há dois médicas e técnicos que acompanham diariamente os doentes”,
explicou Isabel Cá.
No
serviço de Cuidados Intensivos, António da Costa informou que a assistência
médica é garantido por dois técnicos da saúde 24 sobre 24 horas, acrescentando
contudo que o governo deve procurar solução para acabar com a greve no sector
da saúde pública guineense, porque nesta situação o povo é que sofre mais.
Nota-se
um vazio nos diferentes serviços do Hospital, nomeadamente na Urgência, Maternidade
e na Pediatria, porque os serviços mínimos só recebem casos considerados graves,
e outros são enviados para Hospital Militar ou a Clínica de Bôr.
Os três
sindicatos do sector de saúde exigem entre outros, o pagamento de 15 meses de
subsídio de isolamento, dez meses à novos ingressos e a reclassificação dos técnicos promovidos.ANG/LPG/ÂC/SG
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