quinta-feira, 14 de abril de 2016

ONU


Estados membros ouvem candidatos

Bissau, 14 Abr 16 (ANG)- Três dos oito candidatos  candidatos que estão na corrida a Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas, (ONU)   apresentaram terça-feira ao Conselho de Tutela as razões por que acham que devem ser o substituto de Ban Ki-moon a partir de Janeiro do próximo ano:

Igor Luksic, de Montenegro, Irina Bokova, da Bulgária e António Guterres, de Portugal.

A série de diálogos informais para a escolha do próximo Secretário-Geral das Nações Unidas  prossegue hoje com a apresentação dos cinco candidatos restantes, Srgjan Kerim, da Macedónia, Vesna Pusic, da Croácia, Danilo Turk, da Eslovénia, Natália Gherman, da Moldávia e Helen Clark, da Nova Zelândia.

Igor Luksic defendeu ser preciso reinventar o multilateralismo para a idade moderna” porque “os desafios globais complexos que o próximo chefe da ONU vai enfrentar exigem que ele ou ela façam a organização mais relevante, eficaz e eficiente”.

O ex-vice-primeiro-ministro de Relações Exteriores de Montenegro afirmou que “nada dura para sempre e a visão é garantir um sistema eficaz e eficiente da ONU para lidar com os desafios existentes e os que estão por vir”.  

A mudança na forma como o multilateralismo é feito deve ter como base os princípios de responsabilidade, inclusão e envolvimento, concluiu. 

Para Irina Bokova, o século XXI representa o momento de o mundo mostrar um “compromisso verdadeiro” com a igualdade de géneros em todas as suas formas e “não é possível alcançar a paz ou o desenvolvimento sustentável sem a igualdade dos sexos”. 

De acordo com Irina Bokova, “um dos obstáculos ignorados por todos por vários anos é a violência contra mulheres”.

António Guterres disse que “o melhor lugar para combater as causas do sofrimento humano é o centro do sistema da ONU” e por isso, candidata-se ao cargo de Secretário-Geral.

O antigo chefe da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) deixou claro na sua apresentação que a prevenção de crises não deve ser apenas uma prioridade, mas “a prioridade” em tudo que as Nações Unidas fazem. 

O presidente da Assembleia-Geral da ONU anunciou na terça-feira o início dos diálogos informais com os candidatos ao cargo de Secretário-Geral da ONU. Ao discursar no Conselho de Tutela, Mogens Lykketoft disse que pela primeira vez nos 70 anos de história da organização, o processo para a selecção e indicação do próximo Secretário-Geral da ONU  é conduzido “pelos princípios de transparência e inclusão”.

As Nações Unidas, afirmou Mogens Lykketoft , lidam com questões fundamentais em relação ao seu próprio papel e desempenho, pelo que “é absolutamente crucial encontrar o melhor candidato possível para substituir Ban Ki-moon”.

Os diálogos, são realizados “de acordo com as práticas estabelecidas para as reuniões informais”, abertos e transmitidos pela Internet, com tradução simultânea nos seis idiomas oficiais das Nações Unidas, designadamente árabe, chinês, espanhol, francês, inglês e russo. 

ANG/JA

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