sexta-feira, 29 de abril de 2016

Mensagem/1º de Maio



Filomeno Cabral pede fim da instabilidade na Guiné-Bissau

Bissau, 29 Abr 16 (ANG) – O secretário-geral da Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau (CGSI-GB) deplorou a situação da vida dos trabalhadores guineenses em consequência da crise que abala o pais, pelo que exortou aos governantes a encontrarem uma solução para por cobro a instabilidade reinante. 

Na sua mensagem alusiva ao primeiro de Maio, Dia Mundial dos trabalhadores, Filomeno Cabral acrescenta que os trabalhadores guineenses têm que estar cada vez mais unidos, vigilantes, firmes e determinados para dizer basta a instabilidade porque o  sacrifício já atingiu níveis  intoleráveis.

Disse que a instabilidade política que o país atravessa torna mais difícil a vida dos trabalhadores com a perda do poder de compra, aumento de riscos nos locais de serviço e o aumento galopante de preço dos produtos da primeira necessidade, num período em que a campanha de castanha de cajú, responsável por mais de 80 por cento das receitas públicas, corre o risco de ser um fracasso. 

O secretário-geral da CGSI-GB sublinhou que a luta dos trabalhadores consiste em definir novas estratégias capazes de melhorar as suas condições de vida, a segurança laboral e a inscrição no sistema de protecção social.

“Basta de instabilidade porque é preciso valorizar os funcionários que apesar de enormes sacrifícios e sem salário, trabalham com dedicação e abnegação dia e noite, para fazer deste país, um lugar deferente pela positiva”, afirmou Filomeno Cabral.

Aquele líder sindical afirmou que o momento é de acção, porque o país precisa de uma Administração Pública despartidarizada para dar primazia ao mérito e a competência. 

Adiantou que todos os guineenses devem unir-se à volta dos valores republicanos, enterrando o  ódio do passado para semear a paz rumo a verdadeira reconciliação.

Filomeno Cabral informou que a Guiné-Bissau em virtude da instabilidade permanente continua a situar-se na lista dos países com piores indicadores no domínio de emprego, acrescentando que este cenário ganhou amplitude após o derrube do primeiro governo, dificultando assim o desbloqueamento das verbas prometidas na mesa redonda de Bruxelas. 

Revelou que o elevado nível de pobreza que situa em 69,3 por cento em 2010 em relação aos 64,7 por cento em 2002, o baixo rendimento de 189 dólares por habitante e a fraca cobertura dos serviços sociais são entre outros indicadores referentes a situação económica e social do país.

Estes dados, de acordo com Cabral, mostra que a estabilidade é indispensável para a criação, não só de condições mínimas de trabalho e consequentemente aumento de salário que é uma obrigação de empregador, assim como de atingir performances iguais à dos países vizinhos da sub-região em termos do desenvolvimento humano.

Apesar da instabilidade que assola o país, Filomeno Cabral acredita nos melhores dias para a classe trabalhadora. 

ANG/LPG/SG

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