sexta-feira, 1 de abril de 2016

Drogas


Consumo e contrabando aumentam entre africanos

Bissau, 1 Abr 16 (ANG) - A África Oriental “é ponto cada vez mais importante no desembarque da heroína enviada do Afeganistão” para o continente “pelo Oceano Índico”, revela um relatório divulgado quinta-feira pelo Escritório da Organização das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).

O documento “O Comércio dos Opiáceos Afegãos – uma Avaliação de Base” refere o aumento do contrabando de drogas por via marítima e aérea e que os traficantes usam redes estabelecidas para o transporte de heroína e cocaína. 

 O relatório do Escritório da Organização das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes realça que as taxas de apreensão dos opiá
ceos na África Oriental continuam baixas, que cerca de 11 por cento dos consumidores das substâncias derivadas do ópio vivem em no continente africano e metade destes na África Ocidental e Central.

Os nigerianos são os detidos em maior número ao longo da rota dos Balcãs, que inclui Turquia e Grécia. 

Em relação aos países que fazem parte da CPLP, os guineenses estavam “entre os grupos de traficantes africanos pioneiros no mercado turco no início da década de 2000”.
 O relatório do Escritório da Organização das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes  diz que no mínimo 7,6 por cento dos cabo-verdianos usa ou já experimentou uma droga ilícita e menciona Moçambique e a África do Sul como dos principais destinos de opiáceos afegãos no continente.

O estudo “O Comércio dos Opiáceos Afegãos – uma Avaliação de Base” diz que “o risco das limitações da aplicação da lei são aproveitadas pelos traficantes, o que pode aumentar o tráfico e a utilização de drogas na África Austral “ e “inibir o desenvolvimento económico e social da região”.

A liamba, que continua a ser a droga mais consumida no continente africano e no mundo, é a única produzida em África para exportação em grandes quantidades, mas a heroína está a tornar-se popular em áreas que incluem a África Oriental.

O estudo lembra que o consumo de opiáceos sintéticos, como o tramadol em África,  pode aumentar o recurso a substâncias derivadas do ópio do Afeganistão se houver “uma mudança em relação à heroína”.

O relatório elaborado pelo Escritório da Organização das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes conclui que as percentagens de transmissão do HIV /SIDA e da hepatite C são reveladoras do impacto do uso da heroína na saúde pública na África Austral. 

ANG/JA

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