Governo perspectiva exportar 185 mil toneladas no presente ano
Bissau,15 Abr 16(ANG) - O Governo da Guiné-Bissau espera exportar este ano 185 mil toneladas de castanha de caju, mais 10 mil que no ano passado, disse hoje à Lusa o ministro do Comércio, Vicente Fernandes.
De acordo com o ministro, "são boas as perspetivas para a campanha da comercialização do caju", que deve arrancar oficialmente
no sábado com a declaração do preço base da compra do produto aos agricultores.
Vicente Fernandes não quis adiantar o preço a ser anunciado mas indicou que "será do agrado de todos" os intervenientes na cadeia - agricultores, intermediários, exportadores e compradores internacionais.
O ano passado o Governo fixou 350 francos CFA (cerca de 50 cêntimos de euro) como preço base para compra ao produtor de cada quilo de castanha de caju, situação considerada benéfica para os produtores que enalteceram os ganhos obtidos no final da safra.
O ministro do Comércio disse que a procura de castanha de caju este ano será ainda maior, dada a redução da produção nos países asiáticos e ainda tendo em conta a entrada no mercado de novos compradores do produto, nomeadamente a China e os Estados Unidos, os maiores consumidores mundiais de amêndoa de caju.
Vicente Fernandes disse ainda que pelos dados recebidos do ministério da Agricultura, tudo leva a crer que o país poderá produzir o suficiente para exportar até 185 mil toneladas, superando em 10 mil toneladas a safra do ano passado.
O governante só não aponta para a possibilidade de o país exportar 200 mil toneladas tendo em conta o contrabando da castanha guineense para países vizinhos para onde são levadas, às escondidas, até 70 mil toneladas cada ano, frisou.
"O Senegal exportou o ano passado 70 mil toneladas, quando a sua produção é de cerca de 20 mil toneladas, o que significa que 50 mil toneladas vieram da Guiné-Bissau", do contrabando, observou Vicente Fernandes, citando dados de responsáveis senegaleses.
O ministro do Comércio guineense exortou a população em geral e os agricultores em particular a ajudarem na vigilância das fronteiras do país, tendo em atenção os próprios fiscais destacados pelo Estado, na sua ação.
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