Inspector
Superior lamenta falta de mecanismos e políticas de combate
Bissau,09 Dez 15
(ANG)-O Inspector Superior de Luta Contra Corrupção (ISLCC) lamentou hoje a
falta de mecanismos e de políticas de combate à corrupção na Guiné-Bissau.
Francisco Benante que
falava à Agencia Notícias da Guiné- ANG,
por ocasião do dia Mundial de Combate a Corrupção ,disse que não se pode reduzir a corrupção se ISLCC funciona
com insuficiência de recursos humanos,
de meios materiais e financeiros.
Segundo Benante, na
Guiné-Bissau a corrupção atingiu os órgãos de poder razão pela qual o seu
combate é difícil.
Sublinhou entretanto
que a corrupção é uma doença mundial, quer dizer, que não existe só na Guiné-Bissau, Senegal França ou nos Estados Unidos de América.
Contudo, afirmou que
o combate a corrupção constituiu a prioridade da sua instituição, apesar de
parcos meios materiais e financeiros
para o efeito.
Sublinhou por outro
lado que a luta contra a corrupção não se
limita à perseguição de pessoas.
“È necessário que
todos reflitam sobre a questão para
acabar com as recomendações que alguns familiares fazem aos dirigentes no sentido de aproveitarem da função para se enriquecer
o mais rápido possível.
Interrogado sobre as denúncias
feitas pelo Presidente da República sobre
índice elevado de corrupção Benante afirmou que a instituição que dirige não fez nada para
apurar a veracidade dos factos porque no
seu entender o Presidente não devia falar daquela forma ou seja denunciar a existência de actos
de corrupção no aparelho de Estado através de órgãos da comunicação social.
Porque, segundo
Francisco Benante existem instituições competentes para investigar todos os
casos de indícios de corrupção e até com poderes de acção penal, por isso
defende que o Presidente deveria fazer essas declarações junto dessas instituições.
“O estado guineense
compreende que é necessário combater a corrupção por ser o responsável pela falta de políticas que não beneficiam a
população”, acusou ISLCC.
Francisco Benante
justificou a sua afirmação com falta de estruturas da ISLCC nas regiões “onde os secretários vendem
terrenos, sobretudo na Região de Gabu, Bafatá e no sector de São Domingos”. ANG/LPG
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