Bissau,26 Mai 20(ANG) - O
benemérito guineense de crianças cegas, prémio internacional de crianças,
Manuel Rodrigues, morreu segunda-feira em Bissau, vitima de doença, anunciou a
família.
Aos 58
anos e invisual desde os três, Manuel Rodrigues ficou celebrizado por ter ganho
em 2017, na Suécia, o Prémio Internacional da Criança, galardão batizado pela
imprensa de ‘Prémio Nobel da Educação de Criança’.
Fundador
e presidente da escola Bengala Branca, Rodrigues destaca-se pelo seu trabalho
de mais de 20 anos de proteção e educação de crianças cegas e portadoras de
outras deficiências físicas na Guiné-Bissau.
Manuel
Rodrigues é também o líder da Agrice, Associação Guineense de Reabilitação e
Integração dos Cegos, organização que tem a finalidade de promover a educação
para os cegos, como também o enquadramento dos mesmos na sociedade guineense.
O
Prémio Internacional da Criança, ou o ‘International Children’s Peace Prize’, é
concedido anualmente a uma criança que fez uma contribuição significativa para
a defesa dos direitos das crianças.
O prémio
é uma iniciativa da Fundação KidsRights, organização de ajuda internacional da
criança com sede em Amesterdão, na Holanda.
Numa
entrevista à Lusa depois de receber o prémio na Suécia, em 26 de abril de 2017,
Manuel Rodrigues considerou aquele dia como sendo o “mais feliz” da sua vida,
por se ter lembrando do papel da sua organização e da repercussão do ato para a
Guiné-Bissau a nível mundial.
Na
semana passada, um professor da Bengala Branca, Adjé Mané disse à Lusa que a
escola passava por dificuldades na alimentação e medicamentos para várias
crianças cegas internadas nos dois lares do projeto devido ao facto de Manuel
Rodrigues, benemérito da iniciativa estar doente.ANG/Lusa
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