Covid-19/Estado de emergência prolongado até 10 de junho na
Guiné-Bissau
Bissau,26
Mai 20(ANG) – Autoridades guineenses prolongam o estado de emergência por mais duas semanas, com efeito a partir
desta terça-feira, depois de o país ter registado "uma subida galopante
inesperada" de novos casos de contaminação.
O estado de emergência na
Guiné-Bissau é renovado pela quarta vez consecutiva. A decisão prende-se
com o facto de, nos últimos 15 dias, o país ter registado "uma subida
galopante inesperada de novos casos de contaminação", justificou o
Presidente Umaro Sissoco Embaló.
"Essa
subida preocupante é um sinal claro de que devemos continuar a adotar algumas
medidas restritivas de direitos, liberdades e garantias como forma de prevenir
e combater a pandemia", lê-se no decreto presidencial que renova o
período do estado de emergência .
"Apesar
de todas as dificuldades do nosso país, fomos capazes de, enquanto nação, lutar
contra a Covid-19, infelizmente, ainda não conseguimos controlá-la",
admite Sissoco Embaló.
"A
Covid-19 é um inimigo invisível que é muito difícil combater. Contudo, uma vez
que já sabemos como se transmite e as formas para evitar o contágio, somos
todos convocados a ser resilientes e a observar rigorosamente as medidas de
higienização e de distanciamento social", apela o chefe de Estado.
O
Presidente termina a sua mensagem à nação, apelando a que "cada um
faça a sua parte". E defende que é preciso
adotar "algumas medidas para o desconfinamento", permitindo
assim a retoma gradual e progressiva das atividades socioeconómicas. "Este
é o único caminho a seguir se quisermos, de facto, conciliar a prevenção e
combate à Covid-19 e impedir o colapso da economia", sublinha.
Entre
os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera
com 1.178 casos e sete mortos.
O
Centro Operacional de Emergências de Saúde (COES) anunciou segunda-feira o óbito de um cidadão português de 71
anos, infetado pelo novo coronavírus, que estava internado no hospital de
Cumura, a cerca de 10 quilómetros de Bissau.
O
coordenador do COES, Dionísio Cumba, anunciou também que o Laboratório Nacional
de Saúde Pública não realizou análises a novas amostras devido à falta de
material de laboratório e que o número de infeções se mantém em 1.178,
incluindo 42 recuperados.
Estão
internadas no Hospital Nacional Simão Mendes 15 pessoas infetadas, cinco das
quais são cidadãos estrangeiros, incluindo um russo, três chineses e um natural
da Mauritânia. No hospital de Cumura, há 22 pessoas internadas, uma das
quais em estado grave.
Em África, há 3.348 mortos confirmados em
mais de 111 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes
sobre a pandemia no continente. O país lusófono mais afetado pela pandemia
é o Brasil, com 22.666 mortos e mais de 363 mil contaminados, sendo o segundo
do mundo em número de infeções, atrás dos Estados Unidos da América (1,6
milhões).ANG/DW
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