Política/ PAIGC espera convite do Presidente da
República para formar novo Governo
Bissau 19 Mai 20 (ANG) - O
Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC),afirmou hoje
que, como vencedor das eleições legislativas
de 10 de Março 2019, conta fazer parte e assumir a governação.
Maria Odete Costa Semedo proferiu
estas afirmações à saída de um encontro dos partidos com assento parlamentar
com o Chefe de Estado ,tendo afirmado que, por isso, deve ser o seu partido a
dirigir o próximo governo.
“Durante a audiência, abordamos vários assuntos sobre a actual
situação socio-política do país e para o efeito, vamos analisar profundamente
tudo o que foi discutido com base naquilo que foi o teor da audiência de hoje”,
informou.
Questionado sobre se o
Presidente da República convidou o PAIGc para formar um novo Governo, na
qualidade de vencedor das eleições legislativas, Odete Semedo disse que não, salientando
que ainda não se chegou à esta etapa, tendo afirmado que ainda estão a analizar
questões de base.
“Analisamos a questão da
Assembleia Nacional Popular a sua queda ou não e neste momento o PAIGC não tem nenhum
poder para decidir sobre a matéria. Se fôssemos dado essa oportunidade a solução
seria outra”, disse.
“Ganhamos as eleições legislativas, temos um acordo
de Incidência Parlamentar que levou a aprovação do nosso programa no hemiciclo
e o que resta é voltáramos para a nossa casa para analisar a situação para o
bem do país, porque o PAIGC quer ser
parte de solução”,disse.
Por seu turno, o Coordenador
do Movimento para Alternância Democrática (Madem G-15), disse que mostrou a sua
disponibilidade e determinação ao Chefe de Estado de cumprir o Acordo de
Incidência Parlamentar assinado entre o seu partido e o Partido da Renovação
Social(PRS), e agora com o partido
Assembleia do Povo Unido(APU-PDGB)
Braima Camará frisou que
entregaram ao Sissoco Embaló as copias dos referidos acordos, salientando que
no sistema politico guineense a dinâmica parlamentar é que determina quem
governa uma vez que hoje não é segredo para ninguém que a maioria parlamentar
deslocou-se.
“É preciso que as instituições
funcionem uma vez que ninguém está acima
da Constituição da República. Estamos à vontade, uma vez que o nosso partido,
no cenário politico actual, é o representante da maioria, em consequência da
crise interna no PAIGC”, sublinhou.
Disse que os problemas
internos deste partido não podem continuar a ser um bloqueio à Guiné-Bissau,
acrescentando que esperam que o Presidente da Assembleia Nacional Popular venha
a ter a coragem e honestidade intelectual de ser fiel à Constituição da
República e ao Regimento da ANP, agendando a discussão do programa do governo,
uma vez que “ninguém tem direito de pôr em causa o mandato dos deputados”.
Jorge Malu, um dos
vice-presidentes do PRS, disse que foram chamados para consultas
constitucionais , e que o Chefe de Estado, como garante da estabilidade, uma
das condições indispensáveis para o desenvolvimento de qualquer que seja o
país, fizeram análises do último comunicado da Comunidade Económica dos Estados
da África Ocidental (CEDEAO) .
“O Chefe de Estado chamou-nos
a atenção para tentar no máximo criar um
consenso a nível dos partidos políticos para poder garantir uma boa governação.
E decidimos testemunhar ao Presidente da República que o PRS, enquanto assinante do acordo de
Incidência Parlamentar, está imbuído de um espírito que o mantenha na linha de
fidelidade ao acordo assinado com o Madem-G-15
e APU-PDGB”, disse.
Na auscultação tomaram parte
só partidos com assento parlamentar, com
a excepção do Partido União para a Mudança(UM). ANG/MSC/ÂC//SG
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