Covid-19/ Cidadãos consideram de positivo circulação
dos transportes público urbano
Bissau 27 Mai. 20 (ANG) -
Alguns cidadãos consideraram de “muito bom” a medida do Governo de permitir a
circulação de transportes público
urbanos, nomeadamente taxis e toca-tocas, e muitos pedem que a medida
abranja as viaturas que fazem transporte para as regiões.
De acordo com uma
auscultação feita hoje pela ANG os entrevistados foram unânimes em afirmar que
a medida devia ser tomada há muito tempo.
Mônica Sambu, estudante
moradora em Bôr, arredores de Bissau, disse que o Governo deve igualmente
permitir que os transportes públicos que fazem ligação com as regiões possam
circular uma vez que todos foram atingidos negativamente por esta pandemia de
covid-19.
“Digo isso porque as
viaturas particulares e as motos que transportam as pessoas triplicam os preços”,
disse, afirmando que, se as motos e
outras viaturas particulares podem circular porque não os outras, tendo apelado
as pessoas a cumprirem as regras higiénicas dadas pelo Governo.
Para Bubacar Djaló, de 58 anos de idade, comerciante morador do
Bairro Gabuzinho, o retorno dos táxis e toca-tocas as vias públicas é um alívio
para as pessoas, principalmente para as mulheres e idosos.
Djaló disse que um país não
pode parar, apesar da doença porque é a economia que está em causa .
Lamentou o sofrimento das
populações do interior do país, devido a paragem dos transportes para o
interior, e numa altura em que decorre a campanha de comercialização da
castanha de caju.
“Com a chegada de coronavírus certas medidas
impopulares tinham que ser tomadas. Agora o objectivo é salvar a campanha de
caju”, disse Bubacar Djaló.
Júlio Cá, vendedor ambulante,
morador no Bairro Bandim Zona -7, disse estar satisfeito uma vez que é uma
grande ajuda para as pessoas.
Cá pede que todos cumpram a
obrigatoriedade de uso de máscara, e de luvas para protecção contra o vírus.
Pediu igualmente que os
transportes para as regiões sejam permitidos, “para acabar com as dificuldades
que as mulheres enfrentam para fazer chegar as suas mercadorias à Bissau.
“Como no caso de Biombo, o
preço dos transportes dobrou, ou seja as viaturas que transportam pessoas de
uma forma clandestina cobram 2 ou 3 mil franco CFA por pessoa, na situação normal custava 750
francos”, afirmou.
Segundo ele, um passageiro
proveniente de Biombo, viaja até Brene nos arredores de Bissau e desce do carro
e apanha de novo uma motorizada para o centro da capital pagando uma soma
adicional de 1000 francos CFA.
Na opinião de Mussa Seide,
segurança civil, morador no bairro de Enterramento , é muito bom o regresso dos
meios dos transportes às vias públicas , uma vez que as dificuldades eram
imensas, ou seja, para se deslocar de um lugar para outro tinha que ser tudo à
pé o que não facilitava a vida a muita gente.
Segundo Seide , antes de
decretar o estado de emergência, o Executivo devia criar condições mínimas para a sobrevivência
das pessoas.
Seide defende que as pessoas
devem usar máscara mas quem não tem não deve ser multada. “Não foram criados mecanismos para suprir as dificuldades das
pessoas, ou seja não há ofertas de máscaras à população tal como se verifica noutros países”, sustentou.
Novas regras adoptas pelo
governo no quadro do estado de emergência que termina em Junho permitem a
circulação de viaturas: táxis e toca-tocas mas mantém a proibição de
transportes público inter-urbano, que fazem ligação entre as diferentes regiões
do país. ANG/MSC/ÂC//SG
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