Bissau,
29 mai 20 (ANG) - O número de mortos devido à covid-19 na Guiné-Bissau aumentou
quinta-feira para oito, mantendo-se os 1.195 infetados, disse o coordenador do
Centro de Operações de Emergência de Saúde (COES), Dionísio Cumba.
"Confirmamos mais
um óbito de um homem. O homem entrou no hospital com insuficiência respiratória
grave. Morreu esta manhã", afirmou o médico guineense, na conferência de
imprensa diária sobre a evolução do novo coronavírus no país.
Segundo Dionísio Cumba,
neste momento, estão a ser investigados mais seis casos de óbito para
determinar se estão relacionados com a doença.
O também diretor do
Laboratório Nacional de Saúde Pública remeteu para sexta-feira novas
atualizações, depois de ultrapassadas algumas dificuldades técnicas e de falta
de material.
O coordenador do COES
disse também que as autoridades de saúde estão à espera de um técnico de
Portugal para arranjar as centrais de produção de oxigénio do hospital de
Cumura e do Hospital Nacional Simão Mendes.
O Presidente da
Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, prolongou na terça-feira o estado de
emergência no país até 10 de junho, mas pediu ao Governo para iniciar o
desconfinamento para evitar o "colapso económico".
As autoridades
guineenses decidiram terça-feira abrir as fronteiras e permitir a entrada e
saída de pessoas no território nacional e alargar o horário para a circulação
de pessoas, que agora pode ser feito entre as 07:00 e as 18:00 locais, apesar
de manterem o recolher obrigatório entre as 20:00 e as 06:00.
Em relação às
atividades económicas, o Governo guineense passou a permitir a circulação de
transportes de passageiros e de transporte de bens de consumo de primeira
necessidade, a venda ambulante e o funcionamento dos serviços comerciais entre
as 07:00 e as 20:00.
Em África, há 3.696
mortos confirmados em mais de 124 mil infetados em 54 países, segundo as
estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Entre os países
africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em
número de infeções (1.195 casos e oito mortos), seguindo-se a Guiné Equatorial
(1.043 casos e 12 mortos), Cabo Verde (390 casos e quatro mortes), São Tomé e
Príncipe (443 casos e 12 mortos), Moçambique (227 casos e um morto) e Angola
(73 infetados e quatro mortos).
O país lusófono mais
afetado pela pandemia é o Brasil, com 24.512 mortos e mais de 391 mil
contaminados, sendo o segundo do mundo em número de infeções, atrás dos Estados
Unidos (1,6 milhões) e à frente da Rússia (mais de 370 mil).
A nível global, segundo
um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais
de 355 mil mortos e infetou mais de 5,7 milhões de pessoas em 196 países e
territórios.
Mais de 2,2 milhões de
doentes foram considerados curados.ANG/Lusa
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