Campanha
de Cajú/Primeiro-ministro
garante que no próximo ano os produtores serão os principais beneficiários da
venda deste produto
Bissau 22 Maio 20 (ANG) – O
Primeiro-ministro afirmou hoje que a castanha
de caju, sendo o “ouro” do país, deve beneficiar primeiramente aos produtores
que estão na linha de frente neste sector.
Nuno Nabiam |
Nuno Gomes Nabian que falava
na abertura oficial da campanha de comercialização da castanha de caju, afirmou
que este é o último ano em que o acto vai decorrer da maneira como costuma ser
.
“Ou seja não se deve
continuar a permitir que venham pessoas que, em dois ou três meses, ganham
milhões de dólares em detrimento dos produtores nacionais que são donos das
plantações de cajueiros”, prometeu, frisando que, com esta desorganização na
fileira de caju, o país não irá conseguir tirar grandes proveitos com as receitas
provenientes deste produto considerado estratégico.
“Os lucros provenientes da
comercialização da castanha de caju não está a ser investidos na Guiné-Bissau,
mas posso-vos dizer que acabou, porque, se de facto tudo correr bem, vamos
iniciar uma nova abordagem para a campanha do próximo ano, em que os produtores
devem sentir o valor do seu trabalho”, disse.
O Primeiro-ministro afirmou
que são os produtores que mais sofrem
porque as vezes são picados pelas cobras nas hortas, cuidam dos seus pomares com
meios desponteis e próprios, mas que ao
fim ao cabo não têm hospitais ,escolas, por isso é preciso inverter a situação.
Nabian disse que a riqueza
do país deve ser partilhado, salientando que a situação de pandemia de Covid-19
complicou mais a vida das pessoas por isso não se vai mudar nada em termos de
lei da campanha este ano.
Contudo, prometeu que, no
próximo ano, o Governo e os parceiros do
sector vão organizar melhor o sector.
“O Governo deve assumir a
liderança deste processo, porque o caju é um produto estratégico para a economia
guineense e se for bem gerido pode levar escolas , estradas e a electricidade às
populações”, disse.
Referindo a pandemia de
Covid-19, Nuno Nabiam sublinhou que, uma vez que já se conhece as formas de se prevenir contra o virus de
coronavirus, terão que decidir abrir a economia do país e arrancar com a
campanha assim que terminar o Estado de
Emergência, no próximo dia 26 do corrente mês.
Por seu turno, o ministro do
Comércio e Indústria pediu os actores da fileira de cajú a terem a coragem e
convicção de que a presente campanha, apesar do atraso, não se encontra adiada .
António Artur Sanhá afirmou
que é preciso encarar a realidade e que todos devem saber sofrer e ser solidários
na prevenção e no combate à essa doença.
Artur Sanha |
Sustentou que é preciso tomar decisões para que a vida
económica de um país como a Guiné-Bissau possa continuar em dinâmica, permitindo
a sobrevivência da população, e salientou que a Comissão criada pelo Governo
presidido por ele cumpriu as suas responsabilidades, tendo tomado em
consideração, o protocolo higiénico-sanitário, proposto pelas associações do sector privado.
“Queremos agradecer os
esforços do Governo face as orientações do Chefe de Estado, que conseguiu uma
saída económica e financeira, para viabilizar e salvar a presente campanha de
comercialização de cajú, tendo conseguido mobilizar para o efeito 15 mil milhões de francos CFA, que hoje se encontra
alojados junto dos bancos comerciais do país”, explicou.
Sanhá garantiu que o seu pelouro
vai disponibilizar os meios para prevenção do Covid-19 à todos os operadores do
sector mediante o levantamento de alvará no Ministério do Comércio.ANG/MSC/ÂC//SG
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