sexta-feira, 15 de maio de 2020


Covid-19/MSF pede resposta urgente ao aumento “dramático” de casos de infeção em Bissau
Bissau, 15 mai 20 (ANG) - A Organização Médicos Sem Fronteiras(MSF) apela a uma resposta urgente e a «uma melhor coordenação e uma ampliação de esforços de todos os envolvidos na resposta à pandemia»,face ao aumento “dramático” do número de casps da Covid-19 em Bissau.
No comunicado enviado quinta-feira aos órgãos de comunicação, a Organização Médicos Sem Fronteiras pediu uma resposta concertada das autoridades para fazer face ao aumento «dramático do número de casos da Covid-19» no país.
De acordo com o documento, a Guiné-Bissau é um dos países mais atingidos, em termos de casos per capita no continente africano. O número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus aumentou 15 vezes nas duas últimas semanas, passando de 54 casos, a 30 de Abril, para mais de 836 casos positivos.
A chefe de missão da MSF em Bissau, Mónica Negrete, explica que o aumento dramático revela que o vírus continua a propagar-se rapidamente nas comunidades, apesar das medidas adoptadas pelas autoridades.
Outro elemento preocupante é o número de profissionais de saúde do Hospital Nacional Simão Mendes que contraíram a Covid-19 e que estão impossibilitados de trabalhar.
A organização humanitária internacional refere que tem estado a apoiar os profissionais de saúde e pacientes, tem auxiliado o centro de atendimento telefónico Covid-19 e disponibilizou duas equipas para fazer o rastreamento de contactos e monitorização de casos suspeitos.
Porém, a MSF reconhece que é necessário reforçar as medidas ao nível da capital e das outras regiões do país.
A Organização apela a uma resposta urgente e uma melhor coordenação dos esforços de todos os envolvidos, autoridades, profissionais de saúde e comunidades, na resposta à pandemia.
A Guiné-Bissau prolongou esta semana o estado de emergência, até 26 de Maio e decretou o recolher obrigatório, bem como o uso obrigatório de máscaras.O país regista actualmente 913 casos e três óbitos associados à Covid-19.ANG/RFI


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