Covid-19/ Campanha de comercialização de caju arranca segunda-feira na
Guiné-Bissau
Bissau,15 Mai 20(ANG) - A campanha de comercialização da
castanha de caju na Guiné-Bissau arranca na segunda-feira, segundo um
comunicado divulgado quinta-feira no final da reunião do Conselho de Ministros
guineense.
O Conselho de Ministros decidiu "proceder à abertura
oficial da campanha de comercialização da castanha de caju de 2020 no dia 18 de
maio em Bissau, sob presidência do primeiro-ministro", refere um
comunicado governamental.
No final de abril, o Governo liderado pelo primeiro-ministro
Nuno Nabian, nomeado pelo Presidente Umaro Sissoco Embaló, já tinha fixado o
preço base de compra do quilograma da castanha de caju ao produtor em 375
francos cfa (cerca de 0,57 euros), mas tinha salientado que só autorizaria a
sua comercialização no final do estado de emergência declarado devido à
pandemia provocada pelo novo coronavírus.
A castanha de caju é o principal produto de exportação da
Guiné-Bissau, representa cerca de 90% das exportações feitas pelo país.
Mais de 80% da população do país depende direta ou indiretamente
da campanha de comercialização do caju.
O Fundo Monetário Internacional tem alertado as autoridades
guineenses para a necessidade de diversificar a economia, demasiado dependente
deste fruto.
O país produz anualmente cerca de 350 mil toneladas de castanha
de caju, embora a exportação não ultrapasse as 200 mil toneladas.
O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, prolongou na
segunda-feira o estado de emergência até 26 de maio e decretou o recolher
obrigatório entre as 20:00 e as 06:00, bem como o uso obrigatório de máscara,
no âmbito do combate à pandemia de covid-19.
Além daquelas medidas, os guineenses também só estão autorizados
a sair de casa entre as 07:00 e as 14:00.ANG/Lusa
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