Bissau,20 Mai 20(ANG) - A Polícia
Judiciária guineense (PJ) deteve um cidadão de nacionalidade nigeriana
considerado o cabecilha de uma rede de burla, no âmbito da: “Operação fortuna
falsa”.
O burlão foi flagrado com dinheiro
de investidores nacionais estimado em cerca de 80 milhões de Francos CFA, que
tinha escondido numa pasta no quarto onde dormia.
Vicente Obong Aniedi entrou na
Guiné-Bissau em fevereiro do ano em curso, e iniciou a sua atividade de jogos
(apostas) em dinheiro, através de uma empresa denominada “Chave do Sucesso
SARL” no dia 18 de março.
As pessoas apostavam ou investiam um
valor mínimo de 20 mil Francos CFA e dizia que ganhariam uma margem de cem
(100%) por cento sobre o valor investido.
A empresa está sediada na Avenida
Caetano Semedo, estrada de Bôr (Zona de Caracol). De acordo com as
autoridades policiais, carece de documentos legais que a permita exercer aquela
atividade.
A detenção do chefe da quadrilha e o
consequente desmantelamento da rede, que burlou em mais de um bilião de Francos
de CFA cidadãos guineenses e estrangeiros que residem no país, foi anunciada
pela diretora nacional da Polícia Judiciária, Teresa da Silva, durante uma
conferência de imprensa realizada
terça-feira.
. A diretora Nacional da Polícia
Judiciária avançou que o processo já foi entregue ao Ministério Público.
A responsável da corporação policial de
investigação criminal explicou à imprensa que o detido enganava as pessoas
(investidores) com promessas de lucros avultados num curto período de tempo.
Um dos exemplos que podemos referir é
que dizia que se se depositasse 100 mil FCFA, em uma semana poder-se-ia
ter um lucro em dobro do valor depositado. No fundo, é uma burla bem montada e
conseguiu enganar centenas de pessoas” assegurou Teresa da Silva, para de
seguida avançar que o proprietário da Empresa “CHAVE DE SUCESSO SARL”
confessou, durante o interrogatório, que a sua atividade “é mais um esquema de
burla” à semelhança de vários outros que passaram no país e que vitimaram
muitos e incautos guineenses.
Teresa da Silva advertiu aos cidadãos a
não se deixarem enganar com iniciativas do género, tendo frisado que o
cidadão nigeriano foi detido com um valor em dinheiro estimado em quase 80
milhões de Francos CFA e que esse montante estava guardado no quarto onde
morava.
Acrescentou que a empresa em causa não tinha
efetuado nenhuma movimentação bancária e que não tem nenhum franco depositado
nos bancos comerciais do país.
Domingos Monteiro, diretor nacional
adjunto da PJ, explicou na sua comunicação que existem empresas do género a operar
num dos países da sub-região e que usam o mesmo método de burla.
“Atualmente, a empresa conta com uma
bolsa de investidores enorme. Até o dia 11 do mês em curso tinha cerca de 350
investidores que depositaram no total um valor de quase 80 milhões de francos
CFA. Há pessoas que investiram dez milhões e outras 14 milhões de francos CFA,
esperando ganhar exorbitantes lucros”, contou para de seguida enfatizar que as
transações não são feitas por via bancária.
Informou que o proprietário da empresa
arrendou um quarto, onde tem apenas um colchão e que a sede da empresa é
arrendada apenas para quatro meses. Segundo Domingos Monteiro Correia,
“são sinais evidentes do esquema e da intenção de fugir mais tarde”.
Segundo o jornal, O Democrata, vários
investidores depositaram dezenas de milhões de Francos com a expetativa de
ganhar mais lucros.
O Democrata, citando uma fonte da PJ,
refere que um funcionário de uma empresa privada depositou o dinheiro da
empresa, no valor 50 milhões de Francos CFA, com o intuito de ganhar um lucro
de cem por cento no período de uma semana. ANG/O
Democrata
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