Saúde pública/SINETSA diz haver retaliação do Governo contra profissionais que observaram greve
Bissau, 22 Mar 22 (ANG) – O Presidente
do Sindicato Nacional dos Enfermeiros e Técnicos de Saúde (SINETSA), disse que
os associados que observaram a greve estão a ser objectos de retaliação por
parte do Governo, através de exonerações e trnasferências.
“Estamos há cerca de 3 meses
sem greve, mas não há diligências sérias por parte do Executivo para cumprimento das promessas feitas ao sindicato. E isso nos leva a
concluir que todo esse tempo que demos
ao governo ficou no silêncio e sem fazer diligências necessárias para poder
cumprir as exigências do sindicato. Continua a existir retalhações aos próprios
profissionais que participaram na greve através de exonerações e
transferências”, afirmou.
Um dos pontos em reivindicação tem a ver com a
Carreira de Profissionais de Saúde, que segundo ele, é um documento que pode
resgatar o sistema de saúde de onde está nesse momento e regulamentar o exercício
profissional dos técnicos do setor.
Disse que o Governo não tem feito nada para a satisfação dessa reivindicação.
“A Carreira dos
Profissionais de Saúde é uma luta que temos travado, há mais de um ano, porque
entendemos que é um documento que pode resgatar o sistema de saúde de onde está,
porque não podemos ter pessoas a trabalharem no sistema de saúde sem saber qual
é o seu trabalho, especificamente regulado por lei”, referiu.
João Correia dise estar
preocupado com técnicos de saúde que já
estão há 15 meses a trabalhar sem salário, e diz existirem estrangeiros a trabalhar no sistema de saúde
nacional, principalmente no Hospital Nacional Simão Mendes, com alegações de
estarem a trabalhar à custo zero para o país.
Sublinhou que, em nenhum
país do mundo há profissional de saúde a
trabalhar à custo zero, porque mesmo nos países mais desenvolvidos ainda
existem insuficiências de profissionais nessa área.
Aquele responsável disse que,
com esse comportamento, o governo demonstra que prefere previligiar mais os
estrangeiros ao invés dos nacionais porque prefere não pagar os nacionais que
estão a sacrificar sem salários ao acomodar estrangeiros.
Yoió Correia disse que o
sindicato não descarta a intenção de ir à greve, avançando que estão nesse
momento a fazer trabalho administrativo junto do pelouro para evitar que a
greve aconteça.
Os associados do Sinetsa
observaram, em todo o país, no ano passado, ondas de greves de tempo
indeterminado até se chegar a um consenso com o patronato que permitiu a retoma
dos trabalhos no setor.ANG/DMG/ÂCC//SG
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