Actores do sistema validam dados de recenseamento dos professores públicos
Bissau, 24. Dez. 13 (ANG) Os
representantes dos Ministérios das educação, da Função Pública e das Finanças,
dos sindicatos do sector educativo, das Associações dos Estudantes e dos Pais e
Encarregados de Educação validaram, esta 2ª- feira em Bissau, os dados
provisórios relativos ao recenseamento nacional dos professores das escolas
públicas do país, com um total de 7.646 docentes.
Na cerimónia da abertura do
referido ateliê, o Ministro da Educação, Alfredo Gomes realçou a importância
deste censo, na medida em que “vai permitir saber o número das pessoas que efectivamente trabalham” no sector público do
ensino.
Assim, nas palavras do
titular da pasta de ensino, finalmente “vai se saber quem é quem, o que é que
faz e onde é que faz”.
Na sua intervenção no acto,
o Representante Residente do UNICEF no país, a entidade financiadora deste cadastro,
para além de constituir uma garantia aos parceiros internacionais, também
ajudará aos Ministérios da Educação, da Função pública e das Finanças a
planificar o pagamento do salário aos “Homens do giz”.
Ainda, Abubacar Sultam afirmou que a a
programada assinatura esta segunda-feira, entre os actores do sistema
educativo, do “Pacto Social para a
Educação”, revela o interesse de todos actores em trazer a tranquilidade no
sector.
Ouvido pela ANG, o
Presidente do Sindicato Nacional dos Professores, Luís Nancassa também
considera o trabalho de “importante para toda a sociedade guineense”, porque permitirá
mais transparência no pagamento dos ordenados docentes ao serviço do Estado.
Em declarações a imprensa, o
Presidente de Associações de Pais e Encarregados de Educação, disse que o
referido compromisso no sector educativo vai acabar com as sucessivas greves
que “estrangulam” o sector e permitir que os anos lectivos se iniciem e
terminem normalmente, ou seja, entre” um de Outubro e quinze de Julho”.
Para Armando Coreia Landim
“não basta uma simples assinatura do pacto”, mas fundamentalmente, “cada actor
do sistema assumir as suas responsabilidades.
“É preciso que o governo
pague os salários, que os professores assumam a efectiva leccionação, que os pais
obriguem as crianças a irem a escola e que os parceiros internacionais
financiem “, acrescenta Coreia Landim.
De acordo com a comissão
executora deste censo, os dados definitivos serão conhecido até 30 de Janeiro
de 2014, para permitir nomeadamente, ao Banco Mundial começar a assegurar o
pagamento de ordenados aos docentes públicos a partir deste mês até ao Junho do
referido ano.
De acordo com os dados
provisórios desta comissão multissectorial, a Guiné- Bissau tem actualmente,
1886 escolas entre, as públicas, privadas, comunitárias e madraças, e com de
onze mil alunos a estudarem de a pré-primária ao 12º ano do ensino secundário
complementar.
Para além dos técnicos dos
ministérios implicados no sector e dos parceiros sociais da área educativa, o
ateliê contou com a presença dum representante do Presidente da República de
Transição.
ANG/QC
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