sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Midia e as Forças Armadas



Termina IIIª Conferencia sobre Relação média/militares

Bissau, 06. Dez. 13 (ANG) O respeito pela lei, no relacionamento entre militares e a comunicação social e a criação de um gabinete de informação no Ministério da Defesa que facilite o acesso dos jornalistas as informações ligadas ao sector da defesa são algumas das recomendações saídas quinta-feira da IIIª Conferência do Instituto da Defesa Nacional sob o tema “ Os média e o Interesse Nacional”. 

Ouvido pela ANG no final do evento, a jornalista Elci Pereira considera o encontro de pertinente, na medida em que pode ajudar a acabar com “comportamento anormal dos militares em relação aos jornalistas que procuram e dão informações referentes as questões militares”.

Por outro lado, a Jornalista aconselha aos profissionais da comunicação social a evitarem difundir informações atentatórias a paz, porque, nas suas palavras, ninguém ganha com um país em conflito.

Para o Major Carlitos Nfulna do Estado-maior do Exército, o desconhecimento da forma do funcionamento da instituição militar, por parte dos jornalistas e alguma falta de observância das regras de relações públicas dos “homens da farda” no contacto com a imprensa, contribuíram “muito” para alguns mal-estares entre os dois sectores.

Por isso, o oficial pede mais encontros de género, com vista a ajudar na aproximação entre os civis e os militares.

No acto da abertura da Conferência, o Secretário de Estado da Comunicação Social, Armindo Andem, para além de realçar a importância do evento, assegurou que é dever do Estado, da imprensa e de todo o povo, “trabalharem juntos para a moralização social” que permita a todos, o exercício da cidadania.

Na sua intervenção no acto o Presidente do Instituto da Defesa Nacional, Terêncio Mendes afirmou que, o evento que considera de “exercício de cidadania”, visa “procurar as melhores vias do melhoramento das relações entre os órgãos da comunicação social e as forças de defesa e segurança”.

Essas relações, segundo o presidente do IDN, “devem satisfazer as partes, por serem de crispações constantes”. O que, segundo ele, não corresponde com o interesse nacional.

Na conferência que juntou cerca de uma centena de participantes, na sua maioria jornalistas e militares, foram abordados os subtemas como,” o Papel da Comunicação Social no Processo da Consolidação da Paz, a Relação Média e as Forças de Segurança e Defesa, o Papel da Comunicação Social na Consolidação da Paz e o Jornalismo e a Cidadania.

Esta III Conferência contou com o patrocínio financeiro do Gabinete Político Integrado das Nações Unidas de Apoio a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, UNIOGBIS. 

ANG/QC  

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