Termina
IIIª Conferencia sobre Relação média/militares
Bissau, 06. Dez. 13 (ANG) O
respeito pela lei, no relacionamento entre militares e a comunicação social e a
criação de um gabinete de informação no Ministério da Defesa que facilite o
acesso dos jornalistas as informações ligadas ao sector da defesa são algumas
das recomendações saídas quinta-feira da IIIª Conferência do Instituto da Defesa
Nacional sob o tema “ Os média e o Interesse Nacional”.
Ouvido pela ANG no final do evento,
a jornalista Elci Pereira considera o encontro de pertinente, na medida em que
pode ajudar a acabar com “comportamento anormal dos militares em relação aos jornalistas
que procuram e dão informações referentes as questões militares”.
Por outro lado, a Jornalista
aconselha aos profissionais da comunicação social a evitarem difundir
informações atentatórias a paz, porque, nas suas palavras, ninguém ganha com um
país em conflito.
Para o Major Carlitos Nfulna
do Estado-maior do Exército, o desconhecimento da forma do funcionamento da instituição
militar, por parte dos jornalistas e alguma falta de observância das regras de
relações públicas dos “homens da farda” no contacto com a imprensa,
contribuíram “muito” para alguns mal-estares entre os dois sectores.
Por isso, o oficial pede
mais encontros de género, com vista a ajudar na aproximação entre os civis e os
militares.
No acto da abertura da
Conferência, o Secretário de Estado da Comunicação Social, Armindo Andem, para
além de realçar a importância do evento, assegurou que é dever do Estado, da
imprensa e de todo o povo, “trabalharem juntos para a moralização social” que
permita a todos, o exercício da cidadania.
Na sua intervenção no acto o
Presidente do Instituto da Defesa Nacional, Terêncio Mendes afirmou que, o evento
que considera de “exercício de cidadania”, visa “procurar as melhores vias do
melhoramento das relações entre os órgãos da comunicação social e as forças de
defesa e segurança”.
Essas relações, segundo o
presidente do IDN, “devem satisfazer as partes, por serem de crispações
constantes”. O que, segundo ele, não corresponde com o interesse nacional.
Na conferência que juntou
cerca de uma centena de participantes, na sua maioria jornalistas e militares,
foram abordados os subtemas como,” o Papel da Comunicação Social no Processo da
Consolidação da Paz, a Relação Média e as Forças de Segurança e Defesa, o Papel
da Comunicação Social na Consolidação da Paz e o Jornalismo e a Cidadania.
Esta III Conferência contou
com o patrocínio financeiro do Gabinete Político Integrado das Nações Unidas de
Apoio a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, UNIOGBIS.
ANG/QC
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