TAP suspende ligações para Bissau
Bissau, 12 Dez.13 (ANG) – A Transportadora Aérea
Portuguesa (TAP), suspendeu a partir de quarta-feira, os seus voos trissemanais
entre Lisboa/Bissau e vice-versa, na sequência do caso dos 74 refugiados sírios
que chegaram terça-feira à capital portuguesa.
De acordo com a imprensa portuguesa, desta
manhã, foram usadas armas de fogo pelos militares e polícias guineenses para
forçar o embarque dos cidadãos sírios n Aeroporto de Bissau.
“Um grupo de militares armados da
Guiné-Bissau forçou o embarque dos 74 cidadãos sírios. A tripulação e pessoal
do bordo da TAP, foram coagidos a transportar os passageiros, que possuíam
passaportes falsos”, denuncia a Administração da TAP, em comunicado.
No documento, a transportadora aérea
portuguesa fala de “grave quebra de segurança” ocorrida no momento do embarque
e, como resultado do incidente, a companhia Aérea decidiu cancelar de imediato os
voos para a Guiné-Bissau, decisão esta que é apoiada pelo Governo português.
O comunicado da TAP, informa que, quer o
Ministério dos Negócios Estrangeiros, quer o Primeiro-Ministro português foram
consultados e apoiam a suspensão das ligações aéreas.
Com a interrupção das ligações directas à
Bissau, agora quem viaja para de ou para Portugal a partir de Bissau vê-se
abrigado a fazer escalas num outro país do continente africano. A decisão vai
manter-se até uma completa avaliação das condições de segurança no Aeroporto de
Bissau, garante fonte da TAP.
De acordo com a imprensa portuguesa, os
sírios terão chegado a Portugal através de uma rede de emigração ilegal que
lhes concedeu os passaportes falsos e os guiou através de Turquia e Marrocos
até a Guiné-Bissau.
O destino final do grupo era um outro país no
norte da Europa e não Portugal, acrescentam os jornais que denunciam que este é
um método já utilizado anteriormente por outros grupos de emigrantes árabes.
Fonte de Serviços de Estrangeiros e
Fronteiras de Portugal (SEF) garantiu à RDP que são frequentes as chegadas de
passageiros com origem na Guiné-Bissau e com documentos falsos.
Os refugiados sírios são no total 51 adultos
e 23 menores que já pediram asilo político a Portugal, adiantando que vão ficar
no país à espera que lhes sejam garantidos os estatutos de refugiados.
ANG/ÂC
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