segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Crise política




CEDEAO envia missão de contactos para mediação

Bissau,14 Set 15(ANG) - O Presidente da República, José Mário Vaz anunciou  domingo à Bissau, a vinda a Bissau de uma delegação da Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental(CEDEAO) para mediar o conflito guineense.

O chefe de estado falava à imprensa à sua chegada ao aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, proveniente do Senegal, onde participara na  reunião Extraordinária dos chefes de Estado da Comunidade Económica do Estados da África Ocidental (CEDEAO) decorrido durante dois dias em Dacar.

 "Foi criado um grupo de contacto que vai iniciar brevemente os contactos com o Presidente da República e o PAIGC para que haja uma solução de consenso entre as partes", informou o chefe de Estado. 

A equipa a ser liderada por Olesegun Obansanjo, antigo Presidente da Nigéria  deve integrar os presidentes do Senegal, Macky Sall e da Guiné-Conacri, Alpha Condé, e  chega à Bissau entre terça e quarta-feira.

Para a CEDEAO as partes devem respeitar os princípios de um Estado de Direito e desta forma levar o país à estabilidade  para  promover o desenvolvimento como “condição primordial para uma paz duradoura”.

Os chefes de Estado presentes na cimeira de Dacar também recomendaram que a Constituição guineense seja revista de forma a evitar conflitos de interpretações dos poderes dos órgãos de soberania no futuro.

A cimeira dos chefes de Estado decidiu por outro lado, prolongar a permanência da ECOMIB (contingente militar da África Ocidental de manutenção da paz na Guiné-Bissau) para mais seis meses, isto é, até Junho de 2016.

A missão devia terminar a sua presença na Guiné-Bissau em Dezembro deste ano.

A Guiné-Bissau está sem Governo há mais de um mês na sequência da decisão do Presidente José Mário Vaz de demitir, no dia 12 de Agosto, o Primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, por alegadas incompatibilidades entre ambos.

Em substituição, Vaz nomeou Baciro Djá Primeiro-ministro, mas o Supremo Tribunal de Justiça mandou anular o decreto do Presidente por o considerar inconstitucional e ainda ordenou ao chefe de Estado que devolva ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), o direito de indicar um novo chefe do Governo.

O PAIGC, cujo líder é o Primeiro-ministro demitido, Domingos Simões Pereira, é o partido vencedor das últimas eleições legislativas guineenses.  

ANG/AC/SG





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