Crise Política
Citadinos
de Bissau preocupados com impasse na formação de novo governo
Bissau,
02 Set.15 (ANG) - Os citadinos de Bissau estão preocupados com o actual impasse
político e com a demora na formação do novo governo, volvidos três semanas após a
demissão do executivo de Domingos Simões Pereira.
Numa
auscultação feita pela Agência de Notícias
da Guiné(ANG)esta quarta-feira, Avito José Mindela, mecânico de profissão, disse
que o país está parado há cerca de 20 dias, acrescentando que isso lhe preocupa
muito porque as receitas do Estado vão baixar, e isso pode acarretar problemas ao actual Primeiro-ministro,
em termos de pagamentos de salários aos funcionários públicos.Mindela pediu ao Presidente da República, José Mário Vaz para pressionar ao Baciro Djá na formação do elenco governamental, a fim de arrancar o país, advertindo que em algumas instituições Estatais há fraca participação de funcionários.
Aquele cidadão referiu ainda que a decisão de manter ou não o actual Primeiro-ministro dependerá da decisão do Supremo Tribunal de Justiça e do Partido da Renovação Social (PRS).
"Na minha opinião, as solicitações que as pessoas estão a fazer ao Presidente da República para reconsiderar a sua decisão, acho que é difícil porque o JOMAV disse bem claro no seu discurso que não confia no antigo Primeiro-ministro", explicou.
Por sua vez, Ana Maria Indati, estudante, disse que a actual crise política tem vindo a causar alguns transtornos à população, nomeadamente nos disparos dos preços de produtos de primeira necessidade e sua escassez nos mercados.
Ana Indati afirmou, a titulo de exemplo, o escassez da cebola nos mercados, afirmando que comprou uma cebola por 250 francos ,valor que antes correspondia o meio quilograma.
"Isto significa que devido a crise política certas pessoas estão a tirar proveito com isso.
Peço ao Presidente da República para diligenciar, o mais rápido possível, a formação do novo governo para que o país volta a normalidade", disse.
Nelson Vítor Mendes, electricista de profissão, por seu lado, considera que o país não pode ficar parado, já que o Presidente da República nomeou e empossou o novo Primeiro-ministro .
Disse que este deve avançar formando seu governo para trabalharem em prol deste povo martirizado.
"Se o Supremo Tribunal depois veio a dar razão a quem a tem, é só cumprir a lei. Deve-se avançar com o elenco para que tudo volte a normalidade,” sugeriu Nelson Mendes.
A concluir, Diane Vieira da Silva, estudante universitária disse que o país já tem novo Primeiro-ministro e que este avance com a formação de um novo Governo, porque nas instituições estatais as receitas do Estado estão diminuindo durante esta crise e que isso pode influenciar nos pagamentos de salários. ANG/JD/SG
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