Justiça congela bens de autores golpistas
Bissau, 29 Set 15 (ANG) - A Justiça do Burkina Faso ordenou segunda-feira o congelamento de activos de 18 personalidades físicas e morais suspeitas na implicação do Golpe de Estado, após a dissolução do Regimento de Segurança Presidencial, implicado na crise profunda vivida na semana passada.
Entre as personalidades figuram o general Gilbert Diendéré, homem de confiança do antigo Presidente Blaise Compaoré, e a sua esposa.
O Congresso para a Democracia e Progresso e o seu Presidente, Wen-Vennem Eddie Constance Hyacinthe Komboigo, estão igualmente afectados pela medida, assim como o oficial do Exército Sidi Paré, de quem o Governo pôs fim às funções de vice-ministro para a Segurança.
Várias personalidades políticas próximas do antigo Presidente burkinabe, assim como formações políticas aliadas, estão igualmente afectadas por esta medida, que autoriza levantamentos mensais de 300 mil francos CFA (cerca de 511 dólares) das suas contas bancárias.
Esta medida é tomada após a União de Acção Sindical, principal grupo de trabalhadores, ter anunciado a suspensão da greve ilimitada decretada após o anúncio do golpe de Estado no país.
Os sindicatos burkinabes apelaram aos militantes durante uma conferência de imprensa em Ouagadougou para a retomada do trabalho a partir de ontem.
Na véspera, o Governo de transição anunciou a criação de uma comissão de inquérito sobre os eventos do golpe de Estado que fizeram oficialmente 11 mortos e 271 feridos.
A comissão de inquérito tem 30 dias para entregar o relatório e tem por missão identificar as responsabilidades, os autores, cúmplices, militares e civis implicados no golpe de Estado feito pelos militares da antiga guarda presidencial de Blaise Compaoré, sob a liderança do general Gilbert Diendéré.
As medidas estão a provocar indignações nos seus simpatizantes.
ANG/Jornal de Angola
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