segunda-feira, 7 de setembro de 2015


Crise de refugiados

Alemanha recebe milhares de refugiados

Bissau, 07 Set 15(ANG)- Milhares de refugiados começaram a chegar à Alemanha, país que muitos veem como a terra prometida após fugirem da Síria e ficarem vários dias na Hungria, onde não se sentiram bem acolhidos pelas autoridades.
Refugiados

“Vim para cá, porque aqui tenho a certeza, eu fugi da guerra. A Alemanha quer ajudar-nos!, disse o jovem sírio Mustafa em entrevista à emissora alemã “ARD”. Outro jovem disse que foi para a Alemanha para encontrar a “mãe”, em referência à chanceler Ângela Merkel.

Cerca de seis mil refugiados já estão nas diversas cidades alemãs. Os primeiros comboios especiais chegaram sábado a Munique, onde os refugiados foram recebidos pelas autoridades e por muitos cidadãos com cartazes de boas-vindas.

“Em situações de urgência é preciso ajudar, por isso ajudamos. Mas todos os países têm que cumprir as suas obrigações. A Alemanha acolheu muitos refugiados e continua a acolher, a cultura de boas-vindas é grande entre nós. Mas precisamos que os outros países europeus também assumam compromissos”, disse o ministro alemão, Peter Altmeier.

Com base na situação crítica que ocorria na Hungria, a Alemanha e a Áustria decidiram permitir a entrada dos refugiados nos seus territórios.

A maior parte deles chegavam à Áustria apenas como um lugar de passagem, poucos pediram asilo no país e continuaram em direcção ao território alemão.

 A Alemanha vai distribuir os refugiados que chegaram sábado de acordo com o sistema de quotas estabelecido na chamada “Fórmula de Konigstein”, que tem em conta tanto a população como o rendimento nos 16 Estados federados.

 De acordo com esse sistema, actualmente o Estado federado que mais refugiados vai receber é a Renânia do Norte-Vestfália, seguida pela Baviera.

 O sistema foi criado originalmente em 1949, para estabelecer as contribuições para o financiamento de instituições de pesquisa fora das universidades, mas posteriormente foi aplicado a outras questões para a quais é preciso dividir as cargas entre os Estados federados.  ANG/Jornal de Angola

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