Reino Unido/Afrodescendentes querem maior representação política na Europa
Bissau, 12 mai 25 (ANG) - Activistas antirracismo juntaram-se este fim-de-semana em Londres para discutir uma estratégia de influência junto dos políticos, sobretudo ao nível da União Europeia.
A Cimeira das Minorias da União Europeia foi convocada pelo
grupo Black Europeans.
A sindicalista Irina do Carmo, de origem angolana mas residente
no Reino Unido, foi uma das organizadoras.
"A União Europeia, falou
que está a produzir a estratégia antirracista, mas não estamos incluídos no
diálogo dessa estratégia. Então, criámos este ‘summit', esta reunião, para
juntar várias vozes da diáspora, várias comunidades, líderes políticos para,
através dos workshops que estamos a fazer, elaborar soluções, criar um plano e
continuar a trabalhar juntos”, disse.
O grupo Black Europeans foi fundado no Reino Unido e já se
expandiu para França, Itália e Espanha e também Portugal, onde o coordenador
nacional é Miguel Cardoso.
"Eu acho que Portugal tem um problema muito grave de
representatividade, apesar de todos os laços culturais e históricos
de Portugal com países africanos de língua oficial portuguesa. Aquilo que eu
acho que, através dos Black Europeans, pode acontecer é também criar um
ambiente propício para que possa haver uma maior representatividade”,
explicou.
Cardoso referiu que uma das candidatas a deputada nas eleições
legislativas em Portugal pelo Partido Socialista é de origem angolana, algo que
lamenta ser invulgar.
"Para mim, sempre entendi
a falta de representatividade como uma forma de racismo estrutural”, afirmou.
O grupo espera ter as suas vozes ouvidas e representadas nas
próximas eleições europeias em 2029.ANG/RFI

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