Justiça/ECOSC e FP repudiam “tentativa de intimidação” por parte da Procuradoria
Geral da República
Bissau, 03 Jul 25 (ANG) - O Espaço de Concertação das
Organizações da Sociedade Civil(ECOSC) e a Frente Popular(FP), reagiram esta
quinta-feira à acusação da PGR segundo a qual as duas organizações são ilegais, sem personalidade jurídica.
Em comunicado conjunto à imprensa, as duas organizações dizem
repudiar com veemência o que
consideraram “tentativa de intimidação”, por parte da Procuradoria Geral da
República.
No comunicado conjunto, os
dois movimentos cívicos exigem a demissão imediata de Bacar Biai do cargo de
Procurador-Geral da República, por “manifesta incompetência, parcialidade e
desprezo pelos valores constitucionais”, que deveria defender.
"Esta manobra do
Ministério Público não é mais do que uma tentativa desesperada de desviar a
atenção do povo guineense da real situação do país, dos: órgãos de soberania
caducados, a captura do poder judicial, serviços públicos em colapso com
permanentes greves nos sectores de educação, saúde e justiça, pobreza extrema,
corrupção desenfreada e governação fictícia com assinaturas de acordos secretos
que comprometem os recursos naturais vitais do nosso país, com destaque para o
sector da pesca," lê-se no comunicado.
Reafirmaram que não vão calar e nem recuar, porque as suas lutas são do povo
guineense, que vencerão.
"A Constituição da República
da Guiné-Bissau garante a todos os cidadãos o direito inalienável de participar
ativamente na vida pública, através de iniciativas cívicas que promovam o
aprofundamento da democracia e do Estado de Direito, neste espírito nasceram os
movimentos cívicos Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil,
em 2019, e a Frente Popular, em 2024. Ambos são compostos por dezenas de
organizações da sociedade civil legalmente reconhecidas, com o objetivo de
contribuir para a consolidação da paz, da democracia e do Estado de Direito na
Guiné-Bissau", refere o comunicado conjunto.
Declararam que foi com profunda indignação, mas sem
surpresa que tomaram conhecimento,
através da comunicação social, de um comunicado do Ministério Público
declarando-os ilegais e ameaçando com consequências penais.
Os dois movimentos dizem
tratar-se de um “ato inconstitucional,
arbitrário e politicamente motivado, que denuncia a instrumentalização do
Ministério Público por forças autoritárias e retrógradas”. ANG/MI/ÂC//SG

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