quarta-feira, 3 de setembro de 2025

80 anos fim da II Guerra Mundial/China faz demonstração de poder na Praça de Tiananmen e diz ser potência "imparável"

Bissau, 03 set 25(ANG) - O Presidente Xi Jinping deixou hoje um alerta ao Mundo a partir da Praça de Tiananmen, em Pequim, dizendo que a Humanidade enfrenta "a escolha entre a paz ou a guerra" e que a China é "imparável".

Estas declarações decorreram durante uma parada militar que celebrou os 80 anos do fim da II Guerra Mundial - conflito em que a China se encontrava do lado dos vencedores apesar de ter vivido até 1945 uma ocupação de vários anos por parte do Japão.

Na parada organizada hoje em Pequim, a China mostrou o seu poder junto das massas, com milhares de pessoas a assistirem a este desfile, o poder militar sendo reveladas inovações das Forças Armadas chinesas como drones submarinos, tanques, armas a laser e novas aeronaves, e ainda um poder diplomático reunindo mais de duas dezenas de chefes de Estado, incluindo Vladimir Putin e Kim Jong-un.

A China contemporânea quer ser uma figura de proa internacionalmente não só através da afirmação económica, mas apostando também na sua capacidade de interlocutor e mediador, algo diferente do que esta grande potência vinha fazendo até ao fim dos anos 90.

"A China tem-se assumido como uma figura de proa na tentativa de resolução de conflitos internacionais. À cabeça, logo, o conflito na Ucrânia e também no Médio Oriente. A China tem tentado tomar uma posição que era algo que há 20, 30 anos não acontecia. A China não era um 'player', não era de facto um país que se assumia como um membro decisor, apesar de já estar presente no grupo permanente do Conselho de Segurança da ONU. A China nos últimos anos tem-se afirmado economicamente, tem-se informado, tem-se afirmado também do ponto de vista político e também do ponto de vista militar. É um dos maiores exércitos do mundo", disse João Picanço, jornalista da TDM Rádio Macau, em entrevista à RFI.

O trio Xi Jinping, Vladimir Putin e Kim Jong-un recebeu muita atenção, já que esta é apenas a segunda visita ao estrangeiro do líder norte-coreano nos últimso seis anos e foi a primeira vez que os três Presidentes foram vistos publicamente juntos. Kim Jong-un chegou à China no seu comboio blindado - que as autoridades norte-coreanas considera mais seguro do que o avião - e veio acompanhado pela sua filha Kim Ju Ae, a sua possível sucessora.

Alguns dias antes desta parada, reuniram-se em Tianjin, no norte da China, os dirigentes dos 10 Estados que constituem a Organização de Cooperação de Xangai (OCX). Em conjunto denunciaram as operações militares israelitas em Gaza e no Irão, apelando a um cessar-fogo.ANG/RFI

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