China/Governo recebe restos mortais de trinta soldados mortos na Guerra da Coreia
Bissau, 12 set 25(ANG) - Um avião militar chinês
aterrou hoje em Shenyang com os restos mortais de 30 soldados chineses que
combateram na Guerra da Coreia (1950-1953), repatriados da Coreia do Sul ao
abrigo de um acordo bilateral.
Trata-se da 12ª repatriação conjunta desde 2014, elevando para 1.011 o número total de soldados chineses cujos restos mortais foram devolvidos pela Coreia do Sul.
A cerimónia de entrega decorreu no aeroporto internacional de Incheon, onde os caixões, cobertos com a bandeira chinesa, receberam honras militares. Os restos mortais dos soldados foram depois transportados num avião Y-20 da Força Aérea chinesa, escoltado por quatro caças J-20 ao entrar no espaço aéreo da China.
O avião aterrou às 10:58 locais (03:58, em Lisboa) no aeroporto de Taoxian, em Shenyang, nordeste do país, onde foi recebido com um arco de água tradicional feito por camiões de bombeiros, em sinal de respeito máximo.
A maioria dos soldados chineses mortos na guerra -- na qual Pequim enviou
mais de dois milhões de combatentes em apoio à Coreia do Norte -- permanece
sepultada em território norte-coreano. Dados oficiais chineses indicam cerca de
197.600 mortos, embora estimativas ocidentais apontem para números mais
elevados.
Os 30 soldados agora repatriados serão sepultados no cemitério de mártires
de Shenyang, construído em 1952 para acolher combatentes chineses mortos no
conflito. A cidade situa-se a cerca de 350 quilómetros da fronteira com a
Coreia do Norte.
Em Pyongyang, capital da Coreia do Norte, existe um monumento em homenagem
aos soldados chineses mortos na guerra, visitado por vários líderes chineses em
deslocações oficiais ao país vizinho.
Conhecida na China como a "Guerra para Resistir à Agressão dos Estados Unidos e Ajudar a Coreia", a Guerra da Coreia tem recebido crescente atenção no país nos últimos anos, impulsionada por superproduções patrióticas como A Batalha do Lago Changjin (2021), o segundo filme mais visto da história do cinema chinês.ANG/Lusa

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