França/Deputados votam contra programa do Governo e Bayrou vai apresentar demissão
Bissau, 09 set 245(ANG) - O Governo do primeiro-ministro François Bayrou obteve apenas um terço dos votos de aprovação ao seu programa de Governo levando assim à queda do executivo em França. Bayrou apresenta hoje a demissão ao Presidente da República enquanto o Eliseu já procura um ou uma substituta.
Sem grande surpresa, o Governo de
François Bayrou caiu após o voto de confiança não ter conseguido passar na
Assembleia Nacional. Dos 558 que votaram (entre os 589 eleitos), 194 votaram a
favor do programa do Governo e 364 votaram contra, levando à queda deste
executivo.
Num último discurso perante o
parlamento, François Bayrou lembrou que os deputados iriam derrubar o Governo,
mas não "podiam apagar a realidade", ou seja, a dívida da França que
está actualmente a 113.9% do PIB e que o chefe de Governo queria tentar resolver
através de um Orçamento de contenção. O primeiro-ministro abandonou a
Assembleia cerca de cinco minutos após a votação e terá reunido depois todos os
ministros para uma palavra de adeus na sua residência oficial, o Palácio de
Matignon.
Na terça-feira de manhã, segundo os
meios de comunicação franceses, François Bayrou vai apresentar formalmente a
sua demissão a Emmanuel Macron. O Palácio do Eliseu disse que escolherá um
primeiro-ministro "nos próximo dias".
Face a uma queda iminente, o Presidente
já estaria nos últimos dias à procura de um novo primeiro-ministro,
colocando-se o facto de não haver qualquer maioria possível apenas com uma
força política já que ninguém detém o número necessário de deputados no
parlamento.
A extrema-direita de Marine Le Pen pede
a dissolução da Assembleia e uma nova eleição legislativa, já os socialistas
pedem a nomeação de uma figura de esquerda. A extrema-esquerda pede a demissão
de Emmanuel Macron, anunciando apresentar nos próximos dias uma proposta de
destituição do chefe de Estado. Na quarta-feira prevê-se uma paralisação geral
do país de forma a protestar contra as possíveis medidas de austeridade.ANG/RFI

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