Transportes Terrestre/Advogado da CETIS nega que a empresa tenha qualquer responsabilidade na produção de Cartas de Condução falsas apreendidas
Bissau,15
Out 25(ANG) – O advogado da CETIS, empresa da Eslovénia que imprimia Cartas de
Condução e Livretes nega que a esta instituição tenha qualquer responsabilidade
na produção de Cartas de Condução falsas, apreendidas pelas autoridades
policiais.
“Aquando
da visita que o Presidente da República efetuou as instalações da Direção Geral
de Viação e Transportes Terrestres, ao ser interpelado se tomou conhecimento ou
não de uma suposta Carta de Condução falsa na posse de um cidadão guineense em
Portugal, Jaimentino Có disse que tomou e que essa carta parte do sistema
anterior utilizado pela empresa CETIS que emitia Cartas de Condução e Chapas de
Matrículas”, frisou.
O
advogado diz que tais afirmações não correspondem a verdade dos factos, porque
“a CETIS não emite as chapas de matrículas e quem as emite é outra empresa”.
“O
segundo aspeto é que a CETIS também não emite Carta de Condução, mas sim, ela
faz a impressão. Quem as emite são as autoridades competentes da Guiné-Bissau,
em particular a Direção Geral de Viação e Transportes Terrestre”, disse.
Paulino
Mendes destaca que a CETIS é simples impressora e não faz nada mais do que
isso.
Mendes
explica que quando as autoridades competentes recebem um pedido, e fazem a
competente avaliação, deferem e mandam para a CETIS e esta faz a impressão,
tanto de Carta de Condução assim como de Livrete.
Afirmou
que é o que fazia a CETIS até o dia 20 de Setembro de 2024, acrescentando que a
partir daí não é ela quem faz esse trabalho.
Paulino
Mendes disse que a CETIS, em 2009, através de um concurso público,
candidatou-se e foi selecionada para produzir Carta de Condução e nesta altura
apresentou vários formatos de cartas e cada uma com a sua qualidade, com
elementos de segurança e valor.
Disse
que foram as autoridades guineenses que escolheram o atual modelo de carta de
condução, frisando que entre as cartas apresentadas, o modelo escolhido é das
mais baratas e não a de melhor qualidade.
Disse
que durante o tempo em que vigorava o contrato entre CETIS e o Governo
guineense, a empresa apresentou várias propostas no sentido de melhoria de segurança
de Carta de Condução, mas que não houve qualquer resposta satisfatória.
“Contudo,
esta empresa CETIS está grata com autoridades nacionais, porque a Guiné-Bissau
foi a sua primeira aventura fora da Eslovênia, em 2009, e agora opera em
29 países”, disse Paulino Mendes.
O
contrato com a CETIS está agora limitado a impressão de passaportes, numa
operação que envolve a Inacep, a Direção-geral da Migração e Fronteiras, e o
Ministério dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das
Comunidades.
A
Direção-geral da Viação e Transportes Terrestre tem em posse várias cartas
falsas apreendidas, imprimidas com base em modelo anterior, que a nova direção
já não usa para a produção da Carta de Condução. ANG/ÂC//SG

Sem comentários:
Enviar um comentário