Moçambique/ Polícia prende dois suspeitos de conexão com sequestro de empresário
português
Bissau, 04 Nov 25
(ANG) - A polícia moçambicana prendeu dois homens suspeitos de envolvimento no
sequestro de um empresário português em 7 de outubro em Maputo, anunciou o
Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), expressando esperança de
encontrar a vítima "em breve".
"Confirmamos a detenção
de dois nacionais com idades entre 30 e 46 anos", disse João Adriano,
porta-voz do SERNIC, assegurando que a investigação está a progredir
rapidamente para a resolução do crime.
Ele explicou que os
suspeitos, que fazem parte de um grupo de oito pessoas envolvidas no sequestro,
foram presos na província de Maputo, no sul do país, enquanto viajavam em um
dos veículos usados no crime.
O cidadão português,
que também possui nacionalidade moçambicana, foi sequestrado ao sair do seu
veículo para se dirigir ao seu estabelecimento, uma loja de acessórios
automotivos, localizada numa das principais vias da capital, Maputo.
O mesmo oficial
especificou que a placa usada durante o sequestro foi encontrada dentro do
veículo dos dois suspeitos presos em flagrante. "Naquele dia, este veículo
tinha uma determinada placa nacional, e foi essa placa que foi encontrada
dentro do veículo", indicou ele.
"Eles estavam
transportando esse veículo para a África do Sul, e entendemos que provavelmente
queriam queimar as provas, se livrar delas, provavelmente para dificultar a
investigação", argumentou ele, acrescentando que o segundo veículo usado
no crime também está no país vizinho.
Para a Confederação
das Associações Económicas (CTA) de Moçambique, este rapto, o sexto do género
este ano, é "um duro golpe para os esforços de recuperação económica que
investidores e empresários de diversas origens têm vindo a empreender para
tirar o país da estagnação económica".
Em uma "nota
verbal" enviada às missões diplomáticas e organizações internacionais do
país, a Embaixada da Ordem Soberana Militar de Malta em Moçambique confirmou
que a cidadã portuguesa de 69 anos é casada com o encarregado de negócios
daquela representação.
Este é o primeiro
sequestro divulgado publicamente desde 21 de junho, quando um cidadão libanês,
dono de uma farmácia, foi raptado de sua loja no centro de Maputo. Em
fevereiro, um homem luso-moçambicano foi sequestrado por um grupo de quatro
homens armados, também em Maputo.
Em 12 de junho, as
autoridades anunciaram que o número de sequestros em Maputo havia sido reduzido
pela metade durante os primeiros cinco meses do ano, com quatro casos em
comparação com oito no mesmo período de 2024.
Em março de 2024, a
polícia moçambicana registrou um total de 185 sequestros e pelo menos 288
pessoas foram presas sob suspeita de envolvimento nesse tipo de crime desde
2011, de acordo com os últimos dados divulgados pelo Ministério do Interior.ANG/Faapa

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