Política/ Veteranos do PAIGC exigem respeito
pela vontade do povo expressa nas urnas
Bissau, 08 Jul 2020 (ANG) – Os
Veteranos da Luta Armada de Libertação Nacional exigiram o respeito pela
vontade do povo expressa nas urnas e que deu vitoria ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, nas legislativas de 10 de Março de 2019.
Em conferência de imprensa esta quarta-feira, Teodora Inácia Gomes em nome dos veteranos disse que, as legislativas foram vencidas pelo PAICG pelo que
deve governar.Sustenta que a Constituição da República diz que o partido com maior numero
de deputados ou aquele que vencer as eleições é líder do parlamento, acrescentando que até 52 mandatos o partido é
considerado vencedor com maioria absoluta, e que mesmo assim não significa que
venceu tudo porque vai precisar de 70 e poucos no momento de alterar “grandes
leis” e que no caso de maioria relativa é o mesmo partido que governa, mas com
ajuda dos deputados de um outro partido, na base de acordo.
"Não vamos puxar o poder porque quem ganhou na lei é que deve governar
pelo que deve ser respeitado o ponto 7 do comunicado da Comunidade Económica
dos Estados África Ocidental (CEDEAO) que recomendou a formação de novo governo, a ser liderado pelo
PAIGC como vencedor das eleições legislativas,o que está a ser ignorado pelos golpistas
assaltantes que querem o poder à força. Vamos deixar um conselho: o povo e os combatentes
não vão admitir isso”, disse Teodora Gomes."
Segundo Teodora, um dos sonhos do
fundador da Pátria guineense era ver a Guiné-Bissau reconhecida como uma Nação
independente por outros países. Por esta razão, disse que jamais vão aceitar que interesses de um grupo de pessoas isolem o país.
"As pessoas devem ter considerações pelos combatentes da liberdade de
pátria, não importa o partido que esteja no poder. Mesmo que não seja o PAIGC é
fundamental respeitar os combatentes. Logo após a independência, em 1975, foram
criadas as leis que protegem, defendem os valores dos combatentes.É muito bom
reconhecer esse valor pelo que não deve ficar só nas palavras,
porque no momento de campanha política todos
os candidatos falam dos combatentes da liberdade da pátria por toda a parte”, referiu
a veterana de luta de libertação.
Acrescentou que Arafam Mané, (outro Combatente da Liberdade da Pátria) antes de morrer dizia que enquanto não for reconhecido o valor dos combatentes da liberdade de pátria a Guiné-Bissau não pode ir para frente, tendo chamado atenção das pessoas no sentido de reconhecerem esses valores e pô-los em prática.
Na sua opinião, a Guiné-Bissau continua a ter um risco maior contra a sua
soberania.
Disse que o país passa por uma situação de golpe de Estado, e justifica a afirmação
com referência à ondas de violência contra pessoas, espancamentos e prisões
arbitrárias, por causa de acusações falsas ocorridos no país e diz que isso
aumenta a impunidade no país.
Teadora Inácia Gomes afirmou que o país não pode admitir o rótulo de de “Nação falhada” ou “narco-Estado”, pelo que é preciso banir
no seio político elementos que tentam fazer da democracia um meio de vida.
Declarou que a luta pela
independência é transformada hoje na luta pela democracia e justiça.
Apela as Nações unidas no sentido de ajudar a CEDEAO e União Africana na resolução do problema da Guiné-Bissau. ANG/MI//SG
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