Transporte
terrestres/Confederação
de Motoristas pede libertação de associados detidos pelas forças de segurança
Bissau, 08 Jul 20(ANG) – A
Confederação Nacional de Associação dos Motoristas de Transportes da Guiné-Bissau( CNAMT-GB) pediu esta quarta-feira a libertação imediata e incondicional de três dos seus associados detidos no comando da Polícia da Intervenção
Rápida(PIR).
Em
conferência de imprensa,
o porta-voz da CNAMT-GB, Caran Samba Lamine Cassamá explicou que os três
motoristas, Abulai Suleimane Cambai, Malam Sadjó e Quecutó Camará foram hoje detidos e agredidos na sede da Confederação por decretarem a greve
de transportes.
Cassamá afirmou que a referida detenção tem como finalidade
interromper a paralisação feita pela Confederação de Motoristas devido a alegada perturbação
e abuso de autoridades nas vias pública.
“Existem pessoas que estão tirando proveito
com este Estado de Emergência praticando cobranças ilícitas nas estradas,”acusou.
Acrescentou que a CNAMT-GB
não fez greve mas que paralisou sim o
serviço de transporte urbano.
Cassamá defende que a aderência não é obrigatória à qualquer
associado.
O porta-voz da CNAMT-GB criticou
o governo por não autorizar a circulação dos transportes mistos e pessoas de uma região para outra.
Disse que o uso obrigatório
da máscaras, infelizmente não está a ser cumprida nem por forças de segurança
colocadas nas estradas, nem motoristas.
Afirmou que os motoristas
são as principais vítimas deste estado de emergência porque não trabalharam
durante dois meses e não receberam nenhum apoio ou subvenção quer por parte do
governo ou outra entidade.
“Todos sabem que desde o
início da pandemia a tabela de preços de
transportes mantem-se, mas reduziram o
número de passageiros”, disse
Disse que a sua organização fez denúncias sobre o
não cumprimento da circulação e cobranças excessivas, tendo lamentado a atitude
das autoridades de obrigar aos motoristas a pagarem multas se um passageiro
retirar a máscara no meio do caminho ou dentro de carro.
Criticou a presença dos
elementos da Viação e Trânsito nas estradas pedindo documentos e praticando
cobranças ilícitas aos motoristas, uma vez que o Decreto Presidencial que
determinou o estado de emergência disse
que os transportes não devem pagar os impostos porque não arrecadaram receitas
durante dois meses.
Caran Cassamá diz que a sua
classe está a ser injustiçada pelo Estado, que impôs a redução do número de passageiros nos transportes públicos,
mas que não toma medidas em relação aos
mercados, bancos e outros lugares onde
também se encontram pessoas superlotadas e sem máscaras.
Promete suspender a
paralisação dos serviços de transportes só quando os seus associados forem
postos em liberdade e atendidas as suas reclamações.ANG/JD/ÂC//SG
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