Caso encerramento de rádios/Líder do PUN crtica que prioridade do Governo não devia ser encerramento de rádios
Bissau,13 Abr 22(ANG) – O líder do Partido de Unidade
Nacional criticou hoje que o
encerramento de rádios à que muitas estações estão sujeitas não devia ser a
prioridade do Governo.
Idriça Djalo reagia em conferência de imprensa à decisão do Governo de encerrar 79 rádios do
país por falta de regularização das licenças de emissão.
O líder do PUN sublinhou que a prioridade do actual executivo não devia ser
a de encerramento das rádios, tendo em conta que existem outras, frisando que,
hoje o Povo precisa de forma vital de comer, beber, de conhecimentos, de
informação de forma a nortear as suas vidas.
“Nestes leques de necessidades alencadas estão os direitos à informação das
populações, porque constitui uma das missões importantes dos Povos”, sublinhou.
Idriça Djaló disse que na história da Guiné-Bissau, todos viram o papel
fundamental jogado pela comunicação social.
A titulo de exemplo, Djaló referiu que, uma das exigências de António
Spínola para aceitar assumir as funções do Governador na Guiné-Bissau, era para
dispor de uma Rádio com capacidade de cobrir todo o territorio nacional.
“Quero dizer com isso que Spínola, na sua época, tinha percebido a
importância da comunicação social, mas não somente o Spínola, porque o próprio
fundador da nacionalidade guineense, Amilcar Cabral foi buscar armas na Russia,
China e outros países para levar a cabo a luta de libertação, mas nunca ignorou
o papel da imprensa na altura”, frisou.
O líder do PUN, salientou que, foi por isso que se decidiu criar a Rádio
Libertação, acrescentando que o PAIGC na altura importava aparelhos de rádios
de marca “Panasonic”, e que eram distribuídos para todos os guerrilheiros.
“A importância que Cabral dava a arma tipo
kalasnikov AK-47, é a mesma, ou mais, dada a um aparelho de rádio que os
combatentes tinham para acompanhar as informações e as orientações da luta que
vinham da Guiné Conacri, da Direcção Superior do partido”, explicou.
Disse que, por
isso, neste momento de paz e de democracia, as rádios têm um papel fundamental
na criação daquilo que deve ser uma Nação, uma consciência cívica e
responsablidade cidadã bem como uma ponte entre diferentes grupos que compõe a
sociedade.
O Governo guineense mandou encerrar a partir de quinta-feira passada, dia 07 do corrente mês, "impreterivelmente" 79 rádios por falta de pagamento de emolumentos de licença de emissão, refere o Ministério da Comunicação Social.
Um comunicado emitido pela inspeção-geral do Ministério da Comunicação
Social indicava que o prazo de 72 horas dado pelo ministro Fernando Mendonça
para 88 rádios regularizarem a situação de licença de emissão "em
falta".iria terminar, na quarta-feira, dia 13.
Algumas rádios entretanto já regularizaram as suas situações e retomaram as
emissões.
Em causa está o pagamento de 250.000fcfa mensalmente por cada licenca
provisória de emissão, e até o aviso final apenas cinco rádios tinham as suas
situações regularizadas. ANG/ÂC//SG
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