sexta-feira, 1 de abril de 2022

Comércio/”Governo decide vender os Armazéns do Povo SARL”, diz ministro das Finanças

Bissau,01 Abr 22(ANG) – O ministro das Finanças afirmou  que o governo já encarregou o seu ministério para tratar da liquidação da empresa Armazéns do Povo SARL, cuja decisão de nacionalização foi tomada na semana passada em Conselho de Ministros.

João Aladje Mamadú Fadiá fez esta revelação, esta sexta-feira, numa conferência de imprensa conjunta com a ministra da Justiça e dos Direitos Humanos.

As acões da empresa  Armazéns do Povo é detida maioritariamente pela empresa portuguegesa a Interfina com 79 por cento e o Estado guineense detem 29.

Segundo Fadia, o governo decidiu dar sem efeito, o decreto número 04/92 que cria a sociedade  Armazèns do Povo SARL, e o Ministério das Finanças foi encarregado de tratar do prcesso de liquidação da empresa objeto de polémica entre o Governo e os elementos da antiga administração dos Armazens do Povo SARL

 “Isso significa que vamos vender a empresa, e se um dos accionista pretende compra-lá pode faze-lá, porque não há nenhum entrave nesse sentido, depois da sua liquidação e feitas as contas e partilha dos valores a cada accionista mediante a sua quota e pagamento de  suas responsabilidades”, disse.

Aladje Mamadú Fadiá, sublinhou que o Estado continua a ter os 29 por cento nas acções da empresa, contrariamente aquilo que está a ser dito, de que tem apenas 3 por cento.

“Esse 29 por cento de capital continua até hoje, porque não há nenhum acto jurídico qe demonstra que a posição alterou nesse sentido”, sustentou.

O ministro das Finanças disse que, com base num relatório de certificação de contas da empresa entre  2020 à 2021, em que o auditor mencionou a estrutura accionista, foi solicitado a empresa para fornecer a história de cada sócio e a adminstração disse que não tinha.

“Constatamos que depois da privatização dos Armazèns do Povo, que era uma empresa que assegurava em termos de comércio, as principais actividades de importação e exportação foi caindo e deixou praticamente de ter actividades desde os princípios do ano 90 até aqui”, disse.

Nos últmos anos,segundo Mamadu Fadia, os Armazéns do Povo deixou de fazer parte da lista das principais empresas importadores de bens para o país, pelo que  a sua contribuição para a economia do país “é praticamente zero”.

O governante disse que os Armazéns do Povo SARL tem uma dívida as Alfândegas da Guiné-Bissau no valor de 9 mil milhões de francos CFA.

Na sua primeira reação a decisão governamental de nacionalalizar a empresa, Alfredo(Doca) Miranda, presidencte do Conselho de Amdministração dos Armazéns do Povo SARL disse ser “estranho e ilegal” a decisão de nacionalizar uma empresa com acões maioritariamente estrangeira. ANG/ÂC//SG

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