Política/Líder do PAIGC diz ser “uma encomenda” a reabertura do processo sobre resgate financeiro pela PGR
Bissau, 01 Out 24 (ANG) – O líder do Partido Africano da Independência da Guiné-Bissau (PAIGC), disse hoje ser uma “encomendada”. a decisão do Procurador Geral da República (PGR), de reabrir o processo sobre resgate financeiro que envolvia o antigo ministro das finanças,Geraldo Martins.
Domingos Simões Pereira proferiu estas afirmações numa conferência de imprensa em que reagiu sobre os últimos acontecimentos sócio-politico do país com ênfase na conferência de imprensa do Procurador Geral da República, Bacar Biai, de quem diz que fez o que fez se calhar para o ameaçar, intimidar e de alguma forma impedir o seu regresso ao país.
Aquele dirigente político
sublinhou que, ao seu ver, a comunicação do
Procurador Geral da República falhou em não assegurar ao povo guineense
que estava a falar de uma forma livre sem qualquer tipo de coação.
“As declarações de Bacar
Biai pareceram ser uma encomenda e o que fica subjacente é que à partir de várias
situações que vão criando se pode constituir um processo que eventualmente amanhã
poderá dar lugar a determinados impedimentos políticos”, afirmou.
Domingos Simões Pereira
salientou que esses temas têm a ver com
a questão do resgate financeiro com “muitas inverdades”.
“Na declaração do PGR, num
primeiro momento, mencionou-me como testemunho,
e depois disse que estranhou o facto de não haver processo
contra Domingos Simões Pereira”, frisou.
O líder do PAIGC acrescenta:
“daí que o processo principal foi arquivado por não existir provas de que eu
teria cometido crime, e depois surge um outro processo em que apareço como suspeito”.
E num segundo momento, de
acordo com Simões Pereira, o PGR enfatizou que sendo ele(DSP) a dar instruções ao então ministro
das Finanças Geraldo Martins isso configuraria um crime.
De acordo com o também Presidente da Assembleia Nacional Popular, num
terceiro momento, o PGR mencionou vários cheques que sairam do Tesouro Público deixando
entender que ele, de alguma forma, teria beneficiado desse movimento de chegues, tendo afirmado que
estranhou que os privados que tinham
sido objectos do resgate continuarem com as suas dívidas pendentes nos bancos.
Pereira disse que nunca o Governo
pretendeu substituir os bancos, ediz que, o que foi feito é adotar esses privados de alguma almofada
financeira para poderem continuar as suas operações e delatar os prazos de
pagamento em relação aos movimentos de chegues do Tesouro Público.
Segundo o politico, se o
Tesouro Público foi lesado neste processo gostaria de saber o que é que o PGR
está a fazer para corrigir este erro.
“Quando o resgaste se
efectivou eu já não estava como Chefe do Governo, por isso, se não é uma
encomenda, seria uma tentativa de me
associar a este caso” ,disse.
E sobe os seis
bilhões de francos CFA, Domingos Simões Pereira disse que, a única coisa que
pode dizer é que três 3 dos seis bilhões foram para um conselheiro do Chefe de
Estado, que não identificou, e 1,2 bilhões
foram para um empresário e é desse
montante foi feito o pagamento dos valores que o
Presidente da República anunciou que deu 400 milhões de francos CfA à um
partido, e 300 milhões de fcfa à outro.
“Dos seis bilhões do que se fala 4.2 bilhões foram parar muito próximo de Sissoco Embaló”,
afirmou DSP.
O político sublinhou que,
por isso, considera o facto de estranho, salientando que fez a Conferência de Imprensa para alertar a opinião pública nacional e
internacional para não perder o foco sobre os assuntos essenciais que para ele,
são a vinda de um avião carregado de drogas ainda no aeroporto.
“E já estarmos a consumir os últimos cinco meses de mandato
do Chefe de Estado sem que ele marca a data das eleições presidenciais”,
destacou o coordenador da Coligação PAI-Terra Ranca, vencedor das legislativas
passadas.
Disse que continua-se a assistir os assaltos as instituições,
casos do Supremo Tribunal de Justiça e da Assembleia Nacional Popular, e não se
sabe qual será o proximo passo.ANG/MSC/ÂC//SG
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