quinta-feira, 5 de junho de 2025

Agricultura/”Conflitos entre agricultores e pastores ainda persistem nas Regiões Bafatá e Gabu”, diz Consultor da  FAO  

Bissau, 05 Jun 25 (ANG) – Os conflitos entre agricultores e criadores de gado ainda se registam nas  regiões de Bafatá e Gabu, volvidos três anos de implementação do projeto da ONU destinado a atenuar as tensões comunitárias originadas por disputas entre praticantes das duas atividades.

Segundo a Rádio Sol Mansi(RSM)a constatação é do Consultor para a Mobilização Social do Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) Naiel Seiti Cassamá, e foi revelada aos jornalistas à margem da abertura da reunião do Comité Nacional de Pilotagem(CNP) do Projeto “Prevenção de Conflitos Relacionados com Recursos Naturais e Transumância , nas Regiões de Bafatá e Gabu.~

As regiões leste do país abrigam a maior população bovina, e os pastores seguem um sistema de transumância sazonais, deslocando os seus rebanhos em busca de água e pasto.

O Fundo para a Consolidação da Paz lançou  a iniciativa, em 2022, nas regiões de Bafatá e Gabu, para atenuar as crescentes tensões comunitárias entre os criadores de gado e agricultores, implementada pela FAO, ONU Habitat, UNFPA e parceiros locais.

“No entanto, nas últimas décadas, a
prática tradicional tem sido posta em xeque e que a rápida expansão das terras agrícolas, em particular das plantações de caju, tem provocado conflitos crescentes por terras, água e outros recursos” salientou Cassamá.

Aquele responsável disse que de momento, o projeto está a trabalhar no reforço das capacidades dos criadores de gado e autoridades regionais, para evitar  conflitos entre criadores de gado e agricultores.

Acrescentou  que o projeto também está a trabalhar junto dos criadores de gado para garantir a cobertura sanitária aos pastores, devido às suas constantes deslocações que geram preconceito étnico e acesso limitado à serviços básicos, como saúde e justiça.

O projeto “Prevenção de Conflitos Relacionados com os Recursos Naturais e a Transumância nas Regiões de Bafatá e Gabu” termina dentro de sete meses..ANG/ Sol Mansi

 

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