Nigéria/Pelo menos 20
mortos em vários ataques no centro do país
Bissau, 11 Jun 25 (ANG) - Pelo menos 20 pessoas foram mortas numa série de ataques esta semana no estado de Plateau, no centro da Nigéria, informaram hoje as autoridades locais e fontes humanitárias, numa região regularmente sujeita a surtos de violência.
Três ataques distintos
ocorreram nesta zona no início da semana e oito pessoas foram mortas na noite
de terça-feira na aldeia de Chinchin, segundo o presidente do conselho local,
Emmanuel Bala.
Este ataque segue-se a outro, que ocorreu na terça-feira nos
arredores da cidade de Langai, onde cinco pessoas foram mortas. Na segunda-feira,
atacantes não identificados já tinham tirada a vida a sete pessoas no distrito
de Bwe.
Os criadores de gado nómadas muçulmanos da etnia peul estão há
muito em conflito com os agricultores sedentários do Planalto, muitos dos quais
são cristãos, pelo acesso à terra e aos recursos.
Os ataques nesta região assumem frequentemente uma dimensão
religiosa ou étnica.
A apropriação de terras, as tensões políticas e económicas entre
os sedentários e aqueles que são considerados estrangeiros, bem como o afluxo
de pregadores muçulmanos e cristãos extremistas, acentuaram as divisões nesta
região central do país mais populoso de África, particularmente nos estados de
Benue e Plateau, nas últimas décadas.
No centro do país, as terras disponíveis para a agricultura e a
pecuária estão a diminuir regularmente devido às alterações climáticas e à
expansão humana, o que leva a uma competição por vezes mortal por um espaço
cada vez mais limitado.
"Há algum tempo, os indígenas exploravam minas e foram
atacados" com machetes, mas ninguém foi morto, explicou Bala à agência
France-Presse (AFP).
Os fulani da região [pertencente ao ramo ocidental do grupo
nigero-congolês] também foram perseguidos e atacados nos últimos dias, na
sequência de agressões mortais atribuídas a membros da sua etnia, acrescentou
Bala.
Um responsável da Cruz Vermelha confirmou o balanço de Chinchin
e indicou que o número de pessoas mortas nas últimas 24 horas pode chegar a 21.ANG/Lusa

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