China/ Governo apela aos BRICS para liderarem reforma da governação global
Bissau,07 Jul 25 (ANG) - O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, defendeu hoje que os países do bloco de economias emergentes BRICS devem assumir a liderança na reforma do sistema de governação global, e apelou à resolução pacífica de conflitos.
As leis e a ordem
internacionais enfrentam "sérios riscos" num cenário global marcado
por "mudanças sem precedentes em mais de um século" e por uma
crescente ineficácia das instituições multilaterais, afirmou Li, representante
da China na 17ª cimeira de chefes de Estado e de Governo do grupo.
Perante este contexto, o chefe do Governo chinês destacou o
"valor contemporâneo" da visão de governação global proposta pelo
Presidente chinês, Xi Jinping, ausente pela primeira vez de uma cimeira dos
BRICS.
"Perante conflitos e divergências crescentes, é necessário
reforçar o diálogo com base na igualdade e no respeito mútuo. E face a
interesses comuns profundamente entrelaçados, é preciso procurar contributos
conjuntos através da solidariedade", afirmou Li.
O dirigente chinês apelou ao bloco de economias emergentes para
que defenda a independência, demonstre sentido de responsabilidade e desempenhe
um papel mais ativo na construção de consensos internacionais, sublinhando a
importância de agir "com base na moral e na justiça".
Li considerou ainda que os países dos BRICS devem estar na
"linha da frente da cooperação para o desenvolvimento".
O governante chinês anunciou a criação este ano de um centro de
investigação China -- BRICS, que será dedicado às "novas forças produtivas
de qualidade", bem como um programa de bolsas para atrair talento em
setores como a indústria e as telecomunicações.
"É essencial que os nossos países promovam a inclusão, o
intercâmbio e a aprendizagem mútua entre civilizações", acrescentou.
Li reiterou que a China está pronta para trabalhar com os
restantes membros do grupo, no sentido de alcançar uma governação global mais
justa, equitativa e eficiente.
Este domingo, o primeiro de dois dias da cimeira, marcada pelas ausências de Xi Jinping e do Presidente russo, Vladimir Putin, terminou com uma declaração de 126 pontos, abordando temas como a guerra comercial desencadeada pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, a escalada de violência no Médio Oriente e a necessidade "urgente" de reformar as Nações Unidas, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional.ANG/Lusa

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