França/Bijagós e Parque Nacional de Maputo na corrida a Património Mundial da UNESCO
Bissau, 07 Jul 25 (ANG) - Arranque este domingo, 06 de
Julho, A 47.ª reunião do Comité do Património Mundial decorre desde domingo, na sede da UNESCO em Paris, França.
Em cima da mesa a decisão sobre as candidaturas de
locais que esperam ser reconhecidos como Património Mundial.
Na lista está o arquipélago dos Bijagós, na Guiné-Bissau,
e o Parque Nacional de Maputo, em Moçambique. A decisão está prevista para o
dia 11 de Julho.
Até
ao dia 16 de Julho, o Comité do Património Mundial da UNESCO reúne-se, em
Paris, para analisar as candidaturas de locais que esperam ser reconhecidos como
Património Mundial. Entre os 32 dossiers provenientes de todo o mundo, estão as
candidaturas do arquipélago dos Bijagós, na Guiné-Bissau, e do Parque Nacional
de Maputo, em Moçambique.
Há mais de uma
década que a Guiné-Bissau tenta elevar as ilhas dos Bijagós a Património
Mundial. Ao confirmar-se essa conquista, será o primeiro do país
reconhecido com o estatuto mundial.
O
relatório da União Internacional para a Conservação da Natureza sublinha que o
arquipélago é “provavelmente o mais importante local em África e um dos mais
importantes do mundo em termos de ninhos de tartarugas marinhas, e o segundo
mais importante de recolha de comida em África para a rota de migração do
Atlântico Este, que é de importância global para as aves migratórias”, avança a
agência de notícias Lusa.
O
Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas, organismo público guineense
que coordenou a candidatura, assegura que “o estatuto de Património Mundial não
impede o desenvolvimento.”
A
candidatura do “Ecossistema Marinho e Costeiro do Arquipélago dos Bijagós –
OMATÍ MINHÕ” não abrange todas as ilhas, foca-se nos seguintes pontos: Parque
Natural das Ilhas de Orango, Parque Nacional Marinho João Vieira e Poilão e a
Área Marinha Protegida Comunitária das Ilhas Urok e a ligação entre esses três
parques.
O
Governo da Guiné-Bissau está confiante nesta elevação das ilhas Bijagós a
Património Natural Mundial. Citado pela agência Lusa, o ministro do Ambiente,
Biodiversidade e Acção Climática, Viriato Cassamá, que chefia a delegação guineense
na 47.ª reunião do Comité do Património Mundial, disse acreditar que a
declaração das Bijagós como Património Natural Mundial “trará muita mais-valia
às comunidade Bijagós, porque irá ser uma porta de entrada de financiamento
para conservação da biodiversidade e também a implementação de alguns
projectos, ambientais, sociais, culturais”.
A
decisão da UNESCO, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e
Cultura, está prevista para o dia 11 de Julho.
Moçambique submeteu
a candidatura do Parque Nacional de Maputo ao estatuto de Património Mundial. Esta área faz fronteira
com o parque das Zonas Húmidas de iSimangaliso, na África do Sul, que já foi
reconhecido pela UNESCO.
Caso a candidatura moçambicana seja aprovada, os dois países poderão avançar com um modelo de gestão conjunta, centrado na protecção da biodiversidade e na circulação das espécies entre os dois territórios. ANG/RFI

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