segunda-feira, 8 de julho de 2024

França/Attal assegura governação enquanto a França continua à espera do seu sucessor

Bissau, 08 Jul 24 (ANG) - A França continua na incerteza quanto ao seu futuro em termos de governação, depois da vitória da esquerda domingo na segunda volta das legislativas mas sem maioria absoluta, o campo presidencial tendo ficado em segundo lugar e a extrema-direita em terceira posição.


Nesta segunda-feira, o chefe do governo, Gabriel Attal, entregou a sua demissão a Emmanuel Macron. Contudo, segundo a presidência, este último pediu-lhe para permanecer no cargo "por enquanto, para garantir a estabilidade do país". 

Segundo os resultados comunicados pelo Ministério do Interior, a coligação da esquerda, a Nova Frente Popular, alcançou 182 lugares, longe da fasquia dos 289 deputados que lhe daria a maioria absoluta, seguida pelo bloco central do Presidente que obteve 168 assentos, enquanto a extrema-direita obteve 143 mandatos.

Neste contexto, a clarificação invocada pelo Presidente Macron para dissolver o parlamento há um mês, não está a acontecer para já. O Presidente do Senado, o Republicano Gérard Larcher, acusou ainda esta manhã Emmanuel Macron de ter "mergulhado o país numa instabilidade política que prejudica gravemente a França".

O Presidente que parte amanhã rumo a Washington para participar numa cimeira da NATO, diz que aguarda a "estruturação" da nova Assembleia "para tomar as decisões necessárias", Emmanuel Macron tendo recusado "por enquanto" a demissão esta manhã de Gabriel Attal do cargo de Primeiro-ministro, em nome da "estabilidade do país".

Reeleito ontem à noite no seu círculo eleitoral, nas imediações de Paris, Attal levou o seu campo até ao segundo lugar, evitando os resultados catastróficos antecipados ainda há dias pelas sondagens. O chefe do governo cessante, contudo, não deixou de assumir a derrota ontem à noite.

"A formação política que representei nesta campanha não obteve uma maioria. E isto embora tivesse alcançado cifras três vezes acima do que tinham anunciado as previsões nas últimas semanas. Nenhuma maioria absoluta emergiu. Assim sendo assumirei as minhas funções o tempo que o dever mo exigir. Não poderia ser de outra forma, na véspera de datas tão importantes para o nosso país", declarou Gabriel Attal.

Derrotados, também e sobretudo, foram os candidatos da União Nacional que ficou em terceiro lugar. Mas essa não é uma derrota completa, dado que a extrema-direita passou de 89 eleitos em 2022 para 143 nestas legislativas. Um pormenor que não deixou de sublinhar ontem à noite o líder do partido, Jordan Bardella, que ainda há dias era dado como putativo vencedor. "A dinâmica que encarna a União Nacional permite-lhe duplicar o respectivo número de deputados e coloca-a a mais de 45% dos votos em muitíssimos círculos eleitorais de França. Tais são os elementos da nossa vitória próxima, é agora que tudo começa!", disse Bardella ao denunciar a "aliança contranatura" e "desonrosa" entre a esquerda e o centro nestas eleições.

Entretanto, a "barragem republicana" que derrotou ontem a extrema-direita já pertence ao passado. No campo presidencial, onde tem havido negociações desde ontem, aposta-se na possível formação de um governo de coligação, algumas vozes no seio do partido de Macron apostando abertamente na divisão da esquerda e na exclusão da França Insubmissa, partido que juntamente com os socialistas obteve mais mandatos no seio da Nova Frente Popular. No seu discurso de vitória ontem, Jean-Luc Mélenchon, líder dos insubmissos, declarou que a chefia do futuro governo deve recair sobre o bloco de esquerda.

"O presidente tem o poder e também tem o dever de confiar o governo à Nova frente popular! Nós estamos prontos. A Nova Frente Popular aplicará o seu programa, apenas o seu programa mas a integralidade do seu programa!", disse ontem o líder da LFI.

Esta manhã, ao considerar que "existem muitos perfis na esquerda que preenchem os critérios para se tornarem chefes de governo", a dirigente dos ecologistas Marine Tondelier considerou que Emmanuel Macron deveria pedir hoje à esquerda que "lhe transmita um nome de primeiro-ministro". Já do lado socialista, onde se tem vincado a necessidade de encontrar uma figura de consenso, o líder do partido, Olivier Faure, disse "esperar que a esquerda consiga apresentar uma proposta de nome durante esta semana". ANG/RFI

 

China Popular/Xi apela às potências mundiais para que ajudem Rússia e Ucrânia a retomar o diálogo

Bissau, 08 Jul 24 (ANG) – O Presidente chinês, Xi Jinping, apelou hoje à “criação de condições" para um diálogo direto entre a Ucrânia e a Rússia, durante um encontro em Pequim com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, avançou a imprensa estatal.

"Só quando as grandes potências mostrarem energia positiva, em vez de energia negativa, é que poderá surgir, o mais rapidamente possível, uma réstia de esperança para um cessar-fogo neste conflito", afirmou Xi Jinping, citado pela televisão estatal CCTV.

A China e a Hungria "partilham" fundamentalmente as mesmas ideias, acrescentou o líder chinês.

Orbán fez hoje uma visita surpresa à China depois de viagens semelhantes na semana passada à Rússia e à Ucrânia para discutir as perspetivas de um acordo de paz na Ucrânia.

O líder húngaro elogiou as "iniciativas construtivas e importantes" da China para alcançar a paz e descreveu Pequim como uma força estabilizadora num período de turbulência global, segundo a CCTV.

Para além da Rússia e da Ucrânia, o fim da guerra "depende da decisão de três potências mundiais, os Estados Unidos, a União Europeia e a China", escreveu Orbán numa publicação no Facebook que o mostra a apertar a mão a Xi.

Orbán encontrou-se com o líder chinês há apenas dois meses, quando o recebeu na Hungria, no âmbito de uma visita a três países europeus que também incluiu paragens em França e na Sérvia.

A Hungria estabeleceu importantes laços políticos e económicos com a China. A nação europeia acolhe uma série de instalações chinesas de baterias para veículos elétricos e, em dezembro, anunciou que o gigante chinês do setor automóvel BYD vai abrir a sua primeira fábrica europeia de produção de carros elétricos no sul do país.

"Missão de paz 3.0" é a legenda da fotografia de Orbán publicada hoje na rede social X, que o retrata depois de ter saído do avião em Pequim. Foi recebido pela vice-ministra chinesa dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying, e por outros funcionários.

A sua visita não anunciada vem na sequência de viagens semelhantes realizadas na semana passada a Moscovo e a Kiev, onde propôs que a Ucrânia considerasse a possibilidade de chegar a um cessar-fogo imediato com a Rússia.

A sua visita a Moscovo suscitou a condenação de Kiev e dos líderes europeus.

"O número de países que podem falar com os dois lados em conflito está a diminuir", disse Orbán. "A Hungria está a tornar-se lentamente o único país da Europa que pode falar com todos", argumentou.

A Hungria assumiu a presidência rotativa da União Europeia no início de julho e o Presidente russo, Vladimir Putin, sugeriu que Orbán tinha ido a Moscovo como um dos principais representantes do Conselho Europeu. Vários altos funcionários europeus rejeitaram essa sugestão e disseram que Orbán não tinha mandato para nada para além de uma discussão sobre relações bilaterais.

Desde o início do conflito, a China tem adotado uma posição ambígua em relação à guerra na Ucrânia, apelando ao respeito pela integridade territorial de todos os países, incluindo a Ucrânia, e ao respeito pelas "preocupações legítimas de segurança" de todas as partes, em referência à Rússia.

Pequim também condenou as sanções unilaterais contra Moscovo por "não resolverem os problemas" e apelou repetidamente a uma "solução política" para o conflito.

Orbán apelou a um "cessar-fogo", contrariando as posições dos ucranianos e dos seus aliados europeus.

O líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, rejeitou esta ideia, considerando que Moscovo a utilizaria para reforçar a sua posição. O plano ucraniano exige a retirada total das tropas russas do país, incluindo da península da Crimeia anexada por Moscovo em 2014, e o pagamento dos danos causados desde a invasão em fevereiro de 2022.

A Ucrânia precisa crucialmente da ajuda do Ocidente para resistir à Rússia. 

O primeiro-ministro húngaro destaca-se pela sua oposição a esta ajuda. No início do ano, vetou um pacote de 50 mil milhões de euros da UE, que acabou por ser aprovado com algum atraso. ANG/Lusa

 


NATO/ Trump e extrema-direita europeia são “tempestade perfeita de problemas” - analistas

Bissau, 08 Jul 24(ANG) - Um potencial regresso de Donald Trump à Presidência norte-americana e o crescimento da extrema-direita europeia anti-NATO são a maior ameaça à Aliança Atlântica e, combinados, criarão uma "tempestade perfeita" de problemas, segundo analistas ouvidos pela Lusa.

Na véspera da Cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), que decorrerá de 09 a 11 de Julho na capital norte-americana, o analista Collin Anderson avaliou que o futuro da Aliança estará em foco, acrescentando que "Trump é a maior ameaça" a esse horizonte, seguido dos "crescentes partidos de extrema-direita anti-NATO na Europa".

"Os dois, combinados, criarão uma tempestade perfeita de problemas para a Aliança. Numa altura em que a NATO precisaria do apoio firme dos seus outros maiores Estados-membros, como a França e a Alemanha, estamos a assistir a um crescente sentimento anti-NATO/anti-Estados Unidos (EUA) que poderia potencialmente exacerbar quaisquer problemas causados por Trump", disse à Lusa Anderson, professor do departamento de Ciência Política da Universidade de Buffalo, em Nova Iorque.

Os norte-americanos irão a votos em 05 de Novembro e os dois potenciais candidatos presidenciais - Joe Biden e Donald Trump - têm visões muito distintas de política externa, incluindo sobre a NATO.

Quando assumiu a Casa Branca, em 2021, o actual Presidente democrata, Joe Biden, declarou que as alianças da América são o seu "maior activo".

Desde então, Washington tem liderado o apoio à Ucrânia após a invasão russa, juntamente com os aliados europeus.

Por outro lado, o ex-presidente e potencial candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, causou polémica ao encorajar a Rússia "a fazer o que raio quiser" com aliados da NATO que não cumprissem as directrizes de gastos com Defesa, declarações que causaram preocupação generalizada na Europa.

De acordo com analistas ouvidos pela Lusa, uma vitória de Biden não causaria grande alteração ao modelo de actuação da NATO. Por outro lado, um Trump vitorioso em Novembro poderia pôr em causa o envolvimento norte-americano na Aliança, deste que é um dos membros fundadores e com o maior exército da Organização.

"Trump deixou claro inúmeras vezes que está mais do que disposto a retirar os EUA da NATO, o que seria obviamente um duro golpe para a Aliança. Não acredito que seria o fim da NATO, mas reduziria significativamente as suas capacidades e tornaria tanto a Europa como os EUA um lugar significativamente mais fraco", frisou Collin Anderson.

"Tenho visto vários potenciais planos apresentados pela campanha de Trump ou aliados. O mais extremo envolve os EUA simplesmente abandonarem completamente a Aliança, enquanto os outros se concentram em transformar a NATO numa rede de protecção ao estilo da máfia, onde apenas os Estados que pagam as suas dívidas obtêm protecção. Trump também criou com sucesso um sentimento anti-NATO entre os conservadores americanos, o que significa que a base de apoio tradicionalmente firme que estava presente naquele grupo desapareceu em grande parte", observou ainda.

Além disso, o republicano manifestou "um elevado nível de vontade de negociar com os russos, já que a maioria dos planos de Trump inclui um acordo para travar qualquer expansão da NATO para leste - dando ao Presidente russo, Vladimir Putin, algo que ele deseja há anos e acabando efectivamente com a capacidade da Ucrânia de aderir à NATO", acrescentou Anderson.

Considerando "inegável que os EUA são a espinha dorsal da NATO", Clara Broekaert, analista de investigação do Soufan Center, um centro de análise e diálogo estratégico sobre desafios de segurança global, acredita que o maior desafio que a Aliança enfrenta a curto prazo é manter a unidade interna, "para que não fique paralisada, politizada ou simplesmente ineficaz".

"Da mesma forma, outro desafio significativo que a NATO enfrenta é a incerteza em torno do envolvimento duradouro dos EUA na NATO, especialmente com a potencial reeleição de Donald Trump. As eleições para o Parlamento Europeu e as eleições legislativas francesas também demonstram uma onda crescente de atitudes mais isolacionistas e cépticas em relação ao projecto transatlântico", observou.

Concretamente, um potencial regresso de Donald Trump à Casa Branca poderia influenciar o financiamento da NATO, a estabilidade global e o apoio à Ucrânia, de acordo com a analista.

Um enfraquecimento significativo das capacidades de dissuasão da NATO contra adversários como a Rússia é possível caso o republicano vença em Novembro, disse ainda.

"Embora mesmo o cenário extremo da retirada dos EUA da NATO não deva ser totalmente rejeitado, pessoalmente penso que existe um risco mais considerável de a NATO se tornar inoperante", alertou Clara Broekaert.

Joshua Shifrinson, professor de política internacional da Universidade de Maryland e especialista em segurança internacional contemporânea, vê como "improvável" que Trump ponha termo formalmente ao compromisso dos Estados Unidos com a NATO, mas admite uma "tensão intra-Aliança significativa".

Na visão do professor universitário, o regresso de Trump à Casa Branca resultaria numa redução das forças convencionais dos EUA na Aliança, além de críticas regulares ao subinvestimento militar dos aliados europeus.

ANG/Inforpress/Lusa

Itália/Papa alerta para “tentações populistas” e mostra-se preocupado com “crise da democracia”

Bissau, 08 Jul 24(ANG) – O Papa Francisco alertou no domngo para a "cultura da rejeição" e as "tentações ideológicas e populistas", manifestando preocupação com a "crise da democracia", tendo criticado também o abstencionismo.

"É evidente que no mundo actual a democracia, digamos a verdade, não está de boa saúde. A questão interessa-nos e preocupa-nos porque está em jogo o bem da humanidade", lamentou o pontífice perante um milhar de pessoas reunidas em Trieste, no nordeste de Itália, para o encerramento da Semana Social organizada pela Igreja Católica italiana.

Sem nomear nenhum país, Francisco alertou contra as "tentações ideológicas e populistas", no mesmo dia em que a França vota na segunda volta das eleições legislativas, que poderão ser ganhas pela extrema-direita.

"As ideologias são sedutoras. Há quem as compare ao homem que tocava flauta em Hamelin. São sedutoras, mas obrigam-nos a negarmo-nos a nós próprios", disse.

Antes das eleições europeias, os bispos de vários países já tinham manifestado a sua preocupação com a ascensão do populismo e do nacionalismo na Europa, com a extrema-direita já no poder em Itália, na Hungria e na Holanda.

O líder da Igreja Católica manifestou também a sua preocupação com o aumento da taxa de abstenção em todo o mundo: "Estou preocupado com o pequeno número de pessoas que vão votar: o que é que isso significa?".

"A própria palavra 'democracia' não coincide simplesmente com o voto popular, mas exige que sejam criadas as condições para que todos se possam exprimir e participar. E a participação não se improvisa, aprende-se desde tenra idade, tem de ser 'treinada', também com sentido crítico face às tentações ideológicas e populistas", disse.

O Papa, na sua intervenção, denunciou ainda o que considera obstáculos à democracia, como a corrupção e ilegalidade, exclusão social, marginalização e indiferença.

"Sempre que alguém é marginalizado, todo o corpo social sofre. A cultura da rejeição cria uma cidade onde não há lugar para os pobres, os nascituros, os frágeis, os doentes, as crianças, as mulheres e os jovens", lamentou, apelando a que se promova a participação desde a infância.

No seu discurso, Francisco destacou, por outro lado, a contribuição que o cristianismo pode dar ao desenvolvimento cultural e social europeu, especialmente em questões relacionadas com a vida e a dignidade das pessoas, como propôs ao Parlamento Europeu no final de 2014.

O Papa, foi também muito crítico para com certas formas de assistencialismo, a ajuda pública aos cidadãos que não se podem sustentar inteiramente por si mesmos.

"Todos devem sentir-se parte de um projecto comunitário, ninguém deve sentir-se inútil. Certas formas de assistência que não reconhecem a dignidade das pessoas são uma hipocrisia social. O assistencialismo, por si só, é inimigo da democracia e do amor ao próximo", afirmou, acrescentando: “A indiferença é o cancro da democracia". ANG/Inforpress/Lusa

 

   Política/PR anuncia marcação de  legislativas antecipadas para Novembro

Bissau, 08 jul 2024 (ANG) - O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, anunciou hoje que vai marcar eleições legislativas antecipadas para 24 de novembro, assim que regressar de uma visita de Estado de três dias à China que inicia na quarta-feira.


Umaro Sissoco Embaló, que falava antes de embarcar no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, de Bissau, disse que assim que regressar da visita a Pequim vai fazer as consultas com as forças políticas e marcar as eleições legislativas.

"Quem não concordar pode recorrer ao Supremo Tribunal de Justiça", notou Sissoco Embaló. ANG/Lusa

 

65ª sessão Ordinária CEDEAO/ Chefes de Estado e de Governo  exortam  governo guineense a acelerar o processo de realização de novas eleições legislativas

Bissau, 08 Jul 24 (ANG) – Os Chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados de África Ocidental (CEDEAO) exortam o governo guineense a acelerar o processo de realização de novas eleições legislativas para restabelecer a Assembleia Nacional Popular e permitir a eleição dos  membros da Comissão Nacional de Eleições.

A exortação consta nas resoluções finais da Sexagésima quinta (65ª) sessão Ordinária  da conferência dos chefes de Estado e de Governo da CEDEAO que decorreu domingo(7), em Abuja sob a Presidência de. Bola Ahmed Tinubu (GCFR), Presidente da República Federal da Nigéria e Presidente da Conferência.  

Nas resoluções, a conferência  reitera o seu apelo a todos os intervenientes políticos para darem prioridade ao diálogo e à criação de consensos para aumentar a coesão social e reforçar a estabilidade e o progresso do país.

A conferência encarrega a Comissão da CEDEAO de acompanhar a Guiné-Bissau na consolidação da democracia,  paz e  estabilidade.

A Conferência congratulou-se com os progressos alcançados no primeiro semestre do ano e com as recomendações relevantes neles contidas, que visam reforçar o processo de integração económica e monetária e consolidar a estabilidade política, paz e segurança na região, com vista a consolidar os resultados registados no processo de integração e a manter uma região inclusiva de paz, segurança e prosperidade.

Sobre a integração regional e questões relativas ao desenvolvimento,  os chefes de Estado  tomaram nota do contexto económico global caracterizado pela persistência de tensões geopolíticas e pelo abrandamento das pressões inflacionistas associadas ao reforço da política monetária pela maioria dos bancos centrais.

Neste contexto, congratulam-se com as perspetivas económicas positivas para a CEDEAO em 2024, prevendo-se que o crescimento económico aumente para 4,3% e que os esforços de consolidação orçamental continuem. No entanto, disseram que registarams-se pressões inflacionistas persistentes e o aumento do rácio da dívida pública na região.

A Cimeira apela aos Estados-Membros que continuem a implementar políticas económicas e financeiras conducentes a um crescimento económico sustentável e inclusivo, com uma gestão sólida das finanças públicas, que conduza ao cumprimento dos critérios de convergência macroeconómica.

Em relação a Moeda Única da CEDEAO,  recomenda  a Comissão para traçar um regularmento a estratégia de convergência macroeconómica dos Estados-Membros e da Comunidade.

Os conferencistas salientam a necessidade de os Estados-Membros transmitirem regularmente à Comissão os seus Programas de Convergência Plurianuais (PCA) para os períodos em causa.

Por conseguinte, apela à todos os Estados-Membros a prepararem e transmitirem à Comissão os seus programas de convergência plurianuais para o período 2025-2029 até 31 de Outubro de 2024, para que a Comissão possa fornecer uma atualização sobre a transmissão dos PAMC, na próxima sessão ordinária da Conferência.

Os Chefes de Estado após tomarem nota das conclusões da segunda reunião do Comité de Alto Nível sobre as modalidades práticas para a criação da ECO, a Conferência decide manter o Pacto de Estabilidade e Convergência Macroeconómica entre os Estados-Membros da CEDEAO na sua forma atual e, além disso, instruiu a Comissão a apresentar um projeto de Ato Adicional que defina as modalidades de participação dos Estados-Membros na União Monetária, na sua primeira Sessão Ordinária de 2025.

 Para além disso, a Conferência instrui  a Comissão para que, em colaboração com o WAMA, efetue uma avaliação dos custos e identifique as fontes e as modalidades de financiamento para o estabelecimento das instituições necessárias à criação da ECO e apresente-a na sua primeira sessão ordinária em 2025. 

Sobre a Segurança Alimentar  na região, a Conferência instrui a Comissão a tomar todas as medidas necessárias para apoiar os Estados-Membros da CEDEAO na mitigação do impacto sobre as pessoas mais vulneráveis.

Além disso, apela a todos os parceiros técnicos e financeiros para que mobilizem o seu apoio aos Estados-Membros da organização, para, em conjunto, fazer face as questões da insegurança alimentar e da má nutrição na região.

Sobre Transporte Rodoviário, devido aos danos excessivos causados nas estradas da Comunidade pelo excesso de carga, a Conferência recomendou os Estados Membros a cumprirem com os limites de carga por eixo, previstos no novo Texto Comunitário Harmonizado (Ato Adicional SA.3/07/22) sobre camiões de transporte com excesso de carga, para evitar a deterioração precoce das estradas construídas com os recursos financeiros limitados dos Estados-Membros.

No documento, os Chefes de Estados deram  instruções aos Ministros dos Transportes dos Estados-Membros para implementarem a nova política de segurança rodoviária, tal como adotada pela Conferência na sua sessão de Dezembro de 2021, no Ato Adicional A/SA.4/12/21, para reduzir o número de vítimas mortais em 50 por cento até 2030,  em observância ao estabelecido pela Organização Mundial de Saúde, na 2ª Década de Ação para a Segurança Rodoviária global.

Sobre o Transportes Aéreo, a Conferência manifestou a sua preocupação com o elevado custo das viagens aéreas na região da CEDEAO, considerado um dos mais elevados do continente, e o seu impacto no desenvolvimento do turismo, do comércio e da livre circulação de pessoas e bens.

Neste âmbito, os chefes de Estado e de Governo deram instruções aos Ministros dos Transportes Aéreos e às Autoridades de Aviação Civil dos Estados-Membros para trabalharem com a Comissão da CEDEAO na implementação da Política Comum da organização sobre Taxas, Impostos e Tarifas de Aviação, com o objetivo de utilizar o transporte aéreo para acelerar o desenvolvimento económico e intensificar o processo de integração regional.

Quanto aos Obstáculos à Livre Circulação de Bens, Chefes de Estado  instrui o Grupo de Trabalho do Esquema de Liberalização do Comércio da CEDEAO (ELCC), com o apoio da Comissão, a acelerar a implementação de medidas para facilitar a livre circulação de pessoas e bens ao longo dos corredores regionais.

 A Conferência congratula-se com a operacionalização do Sistema Interligado de Gestão de Mercadorias em Trânsito (SIGMAT), que constitui um instrumento eficaz para garantir a circulação de bens ao longo dos corredores, combater a fraude e melhorar, substancialmente, a mobilização das receitas aduaneiras.

Os Chefes de Estados apelaram os Estados-Membros a utilizarem  esta plataforma digital, instruída a Comissão a prestar assistência técnica aos Estados-Membros para a plena implementação do SIGMAT.

Em relação  a Paz, a Segurança e a  democracia  Governação na região a Conferência enalteceu os esforços  que estão a ser feitos pelos Estados-Membros e pela Comissão da CEDEAO para consolidar a democracia, a paz, a segurança e a estabilidade na região.

Os Chefes de Estado da Organização regista com preocupação  os contínuos desafios à segurança e à estabilidade na região, gerados pelo terrorismo, o extremismo violento, o crime organizado transnacional, as mudanças inconstitucionais de governo, a desinformação que semeiam a desconfiança e minam os valores e as normas regionais, com o cenário de guerras por procuração na região, em consequência da renovada disputa geopolítica e geoestratégica que se desenrola na região.

A este respeito, os chefes dos Estados membros  reafirmaram o seu empenho  na boa governação e na ordem constitucional. Felicitaram a Comissão por  envolver os Estados-Membros nas consultas para a revisão do Protocolo Adicional de 2001 sobre Democracia e Boa Governação, orientando a Comissão a prosseguir as consultas com os Estados-Membros para a finalizar a revisão para análise na sua próxima sessão.

Relativamente ao planeado destacamento da Missão de Estabilização da CEDEAO na Serra Leoa, a Conferência saudou os preparativos feitos até à data e deu instruções à Comissão e ao Comité de Chefes de Estado-Maior para acelerarem os acordos com os Países Contribuintes de Tropas (PCT) para o destacamento da Missão.

Sobre a Luta contra o Terrorismo e outras Ameaças à Segurança, a Conferência reafirma o seu empenho na erradicação do terrorismo e de outras ameaças à paz, segurança e estabilidade da região.

Nesse sentido, aceitaram as propostas apresentadas pelos Ministros da Defesa e das Finanças para ativar uma força regional de luta contra o terrorismo, com  5000 efetivos, iniciando com uma brigada de 1650 efetivos, que poderá ser gradualmente aumentada dentro de um prazo especificado.

Para o efeito, encarregou o Presidente da Comissão a facilitar novas consultas sobre as modalidades e opções para a mobilização de recursos financeiros e materiais internos numa base obrigatória, para apoiar a ativação da referida  força de luta contra o terrorismo, incluindo a convocação de uma reunião técnica dos ministérios responsáveis.ANG/LPG/ÂC//SG

 


sexta-feira, 5 de julho de 2024

Cabo Verde/Presidente da República alerta para desestatização da sociedade para se completar revolução liberal

Bissau, 05 Jul 24(ANG) – O Presidente da República alertou hoje que para completar a revolução liberal iniciada na década de 90, torna-se necessário desestatizar a sociedade, libertar os indivíduos das peias do Estado, densificar o sector privado e capacitar o Estado visionário.

“Temos de, do ponto de vista político, completar a revolução liberal iniciada na década de 90, desestatizando a sociedade e libertando os indivíduos das peias do Estado e, no plano económico, densificar o sector privado e capacitar o Estado visionário, estratego e catalisador de dinâmicas de crescimento inclusivo e ambientalmente sustentável”, referiu José Maria Neves.

Na sua intervenção na Assembleia Nacional, por ocasião da sessão solene comemorativa do 49º aniversário da Independência Nacional, que se assinala neste 05 de Julho, José Maria Neves considerou que “só com uma sociedade autónoma e cidadãos livres e activos será possível fazer a diferença nas próximas cinco décadas”.

“Confiança nas instituições, mercados vibrantes, cidadão civicamente engajados e participantes activos na governação da República, universidades fortes, imprensa livre e pujante são vitaminas para o desenvolvimento durável que queremos estratego e catalisador de dinâmicas de crescimento inclusivo e ambientalmente sustentável”, explicitou.

Considerando que “Cabo Verde se afigura como um Estado de Direito Democrático que funciona, o Chefe de Estado, sublinhou, contudo, que “ocorre ser preciso, cada vez mais, garantir todos os direitos dos cidadãos, buscando diminuir as desigualdades de rendimentos, proporcionando mais riqueza e reduzindo a pobreza extrema, para que a nossa sociedade seja cada vez mais solidária, inclusiva e justa”.

“Lamentavelmente, o cenário mundial que se nos apresenta é o de uma casa cada vez mais perigosa para se viver. Cabo Verde não é parte nesta escalada de tensão insana, de desfecho imprevisível. A nossa postura deve ser de equilíbrio e de inteligência, agindo com prudência, equidistância e moderação, e não nos colocarmos em bicos de pés”, explicitou.

Nesta linha, referiu que cumpre ao país “o papel, tal como no passado, em que, modestamente, contribuímos para soluções de paz, de, também hoje, sermos um ponto de encontro, uma casa de diálogo, sendo sempre uma ponte para a paz. Esta é a nossa vocação. Reiteramos a defesa intransigente da Carta das Nações Unidas, do Direito Internacional, do respeito pela soberania e a integridade territorial dos Estados”.

Lançou um repto a todos no sentido de se abraçar o desígnio universal de lutar e zelar pela paz e contribuir para que o futuro seja pacífico e de prosperidade para toda a Humanidade e exortou, neste 5 de Julho, à união “em torno dos interesses nacionais”, visando “comemorar condignamente este marco de ouro que é o primeiro quinquénio da Independência Nacional”.

“O sonho para os próximos 50 anos é, tem de ser, ou de construir um Cabo Verde moderno, próspero, justo e inclusivo e com oportunidades para todos os seus filhos”, concluiu o mais alto magistrado da Nação, para quem, a celebração dos 50 anos da independência, se afigura como a data mais importante da história da nação cabo-verdiana. ANG/Inforpress

 

França/Últimas sondagens dão extrema-direita mais longe da maioria absoluta

Bissau, 05 Jul 24 (ANG) – As últimas três projeções para as eleições legislativas em França, divulgadas hoje, dão a vitória à União Nacional (RN, extrema-direita), afastando contudo o cenário de maioria absoluta para opartido de Marine Le Pen e Jordan Bardella.

Sendo necessários pelo menos 289 assentos parlamentares para uma maioria absoluta em França, as três sondagens para a segunda volta das eleições, que se realiza no próximo domingo, apontam para um intervalo entre 170 e 230 deputados para a RN. 

Além disso, as projeções de lugares sugerem que a Nova Frente Popular (NFP) dos partidos de esquerda e extrema-esquerda poderá estar muito próxima da extrema-direita. 

A sondagem do Instituto de Estudos de Opinião e Marketing de França (IFOP) atribui entre 170/210 lugares ao RN e entre 155/185 ao NFP, aos quais se devem juntar os entre 10/18 deputados independentes de esquerda.

O bloco ‘macronista’, Juntos, teria entre 120 a 150 assentos, enquanto o conservador Partido Republicano (LR) ganharia entre 50 e 65, com os outros cinco a 15 a ir para os regionalistas ou outros independentes, segundo a sondagem realizada para Le Figaro e Sud Radio.

Por seu lado, o instituto de sondagens Elabe prevê que a RN obtenha 200-230 lugares, enquanto toda a esquerda (NFP e independentes) obteria 165-190. 

O Juntos obteria 120-140 deputados, enquanto o LR obteria 35-50, com 10 a 12 para independentes e regionalistas, de acordo com a sondagem do Elabe para o canal BFM e o jornal La Tribune.

A extrema-direita ‘lepenista’ obteria entre 175 e 205 deputados, segundo a terceira sondagem, realizada pela Ipsos para a Radiotelevisão estatal.

O NFP obteria entre 145 e 175 assentos, com outros entre 14 a 16 para os independentes de esquerda. O Juntos ficaria com um total entre os 118 e os 148 e os Republicanos manter-se-iam estáveis com 57-67. Outros 14-20 lugares seriam atribuídos a outros independentes e regionalistas.

As três sondagens preveem uma elevada taxa de participação, entre 64% e 70%. Na primeira volta, no fim de semana passado, a taxa de participação foi de 66,7%.

Nas eleições legislativas anteriores, em 2022, a participação foi de 47,51% dos eleitores na primeira volta e de 46,23% na segunda volta.

 ANG/Lusa

Religião/Vaticano excomunga arcebispo por acusações de cisma e ataques ao Papa

Bissau, 05 Jul 24 (ANG) – O Dicastério para a Doutrina da Fé do Vaticano anunciou hoje a excomunhão do arcebispo italiano Carlo Maria Viganò, acusado de cisma, de ataques ao Papa e de não reconhecer a autoridade de Francisco.

“São conhecidas as suas declarações públicas, a sua recusa em reconhecer e submeter-se ao Papa, à comunhão com os membros da Igreja e à legitimidade da autoridade do Concílio Vaticano II”, afirmou o Dicastério num comunicado, declarando o “monsenhor” culpado do crime de cisma.

O cisma é caracterizado por uma divisão entre pessoas, geralmente pertencentes a uma organização, movimento ou denominação religiosa.

Em 2018, Viganò pediu a renúncia de Francisco, devido ao suposto “encobrimento” do caso que envolvia o ex-cardeal Theodore McCarrick, que o papa posteriormente destituiu por acusações de agressão sexual.

Viganò é também um dos conservadores católicos que criticou Francisco por abrir a Igreja aos homossexuais e aos divorciados que se casaram novamente.

Viganò, de 83 anos, era representante do setor mais conservador da Igreja Católica e foi nomeado arcebispo em 1992 pelo Papa João Paulo II.

Posteriormente, entre outros cargos, foi núncio apostólico (embaixador) na Nigéria até 1998 e também nos Estados Unidos entre 2011 e 2016. ANG/Lusa


Reino Unido/Novo PM britânico apela à unidade e promete reconstruir país “tijolo a tijolo”

Bissau, 05 Jul 24 (ANG) – O novo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, apelou hoje à unidade para que possa cumprir a missão de renovação nacional, naquelas que foram as primeiras declarações desde a vitória esmagadora dos trabalhistas nas legislativas de quinta-feira.

Falando à porta do número 10 de Downing Street, sede do Governo em Londres, Starmer garantiu que tudo fará para que os britânicos acreditem no futuro.

“O meu governo vai fazer-vos acreditar de novo. O trabalho para a mudança começa imediatamente. Vamos reconstruir o Reino Unido. Tijolo a tijolo, vamos reconstruir a infraestrutura de oportunidades", disse Starmer enquando os seus apoiantes o aplaudiam.

Starmer falou depois de ele e a mulher, Victoria, terem entrado na residência de 10 Downing Street sob aplausos e apertado a mão aos apoiantes.

O novo primeiro-ministro discursou no mesmo local, no exterior da casa, onde o primeiro-ministro cessante, Rishi Sunak, tinha proferido o seu discurso de despedida cerca de duas horas antes.

O discurso foi proferido pouco depois de o Rei Carlos III lhe ter pedido para formar governo durante uma cerimónia privada no Palácio de Buckingham, conhecida como o "beija mão", na qual Starmer se tornou oficialmente primeiro-ministro.

 Quando faltava atribuir quatro dos 650 lugares, os trabalhistas tinham conseguido 411 deputados, uma margem significativa em relação aos 326 necessários para ter uma maioria no parlamento, segundo resultados provisórios divulgados pela televisão britânica BBC.

Os conservadores seguiam com 120 deputados e os liberais democratas com 71.

Relativamente às eleições anteriores, os trabalhistas elegeram até agora mais 210 deputados, os conservadores perderam 249 e os liberais democratas ganharam 63, de acordo com a BBC. ANG/Lusa

 

Economia/Preços das moedas para sexta-feira, 5 de julho de 2024

MOEDA

COMPRAR

OFERTA

Euro

655.957

655.957

dólares americanos

602.500

609.500

Yen japonês

3.735

3.795

Libra esterlina

770.500

777.500

Franco suíço

671.250

677.250

Dólar canadense

441.750

448.750

Yuan chinês

82.500

84.250

Dirham dos Emirados Árabes Unidos

163.500

166.500

Fonte.BCEAO


Politica/ Félix Bulutna Nanduguê  apela união entre  partes desavindas do PRS “para o  bem de todos”

Bissau, 05 Jul 24 (ANG) – O Presidente eleito no primeiro congresso extraordinário dos “Inconformados” do Partido da Renovação Social (PRS), Félix Bulutna Nanduguê reagiu hoje com satisfação a anotação dos atos emanados nessa reunião magna do partido pelo Supremo Tribunal de Justiça(STJ), requerida no passado dia  01 de Julho .

A reação de Nanduguê , que apela a união do partido,  foi tornada pública hoje em conferencia de imprensa, em jeito de reação à decisão do Supremo Tribunal de justiça.

No referido despacho publicado nas redes sociais, o Supremo Tribunal de Justiça diz  que os referidos atos se mostram conformes às formalidades prescritas por disposições estatutárias do partido, e não se verificando haver qualquer inobservância de disposições legais subsidiariamente aplicáveis.

Para Félix Bulutna Nanduguê  o momento é de trabalhar para unir todos os militantes por forma a fortificar ainda mais o Partido da Renovação Social.

“Porque ao longo desse processo nós erramos uns aos outros”, disse Felix Nanduguê, para depois afirmar  que “isso não pode pôr em causa os objetivos que estiveram na origem da fundação do PRS”.

Felix Nanduguê prometeu não criar grupinhos no seio do PRS e um encontro brevemente com Fernando Dias em busca de consenso

Instado a falar dos acordos políticos assinados por Fernando Dias, disse que serão objetos de analise nos órgãos internos do partido que consequentemente tomará uma decisão.

Entretanto as publicações dos despachos de anotações dos resultados dos dois congressos do PRS não esclarecem a opinião pública nacional e internacional a real situação do partido, na medida em que, sobre o mesmo assunto pelo menos dois despachos contraditórios foram vazados nas redes sociais, e não foi possível a confirmação das suas autenticidades junto do Supremo Tribunal de Justiça.

O despahco nº8 vazado na rede social, quinta-feira, indefere o pedido de  anotação solicitada pelos Inconformados do PRS, mas o n/o 15 já diz o contrário.

“Indeferimento porque  eivado de vício de inexistência por falta de fundamentação legal e estatutário, bem como de legitilidade do signatário do requerimento em representar o partido em juízo, fora dele , perante órgãos do Estado e demais partidos”, lê se no despacho.


No outro despacho lê-se: “É autorizada a anotação de atos emanados do 1º congresso extraordinário do partido da Renovação Social requerida em 01 de Julho de 2024, que elegeu senhor Félix Nandunguê ao cargo de seu presidente”
ANG/LPG/ÂC//SG