Pesca/ Ministro Mário Mussante da Silva destaca importância conferida ao setor enquanto pilar do desenvolvimento da economia nacional
Bissau, 06 Mai
25 (ANG) - O ministro das Pescas e da Ecomimia
Marítima destacou a importância que o Estado e seus parceiros estratégicos conferem ao setor das pescas, na qualidade de um
dos pilares de desenvolvimento da economia nacional.
O governante
afirmou que a construção da nova sede do
(INIPO),
constitui um marco importante na prossecução dos esforços do Governo de criação das condições técnicas e científicas
para a exploração sustentável dos recursos pesqueiros.
Diz
tratar-se de um organismo de carácter técnico e científico cuja principal
missão envolve a investigação científica dos recursos haliêuticos, com vista a
contribuir para a exploração sustentável dos mesmos, através da recolha, tratamento e divulgação de
informações e dados científicos, do controlo da qualidade dos produtos da pesca
e do meio marinho.
O Ministério
das Pescas, diz Mussante, tem implementado várias ações inscritas no plano
estratégico de desenvolvimento da pesca e aquacultura, com apoio da UE, nomeadamente
na elaboração da política do setor das pescas; Construção dos edifícios de
Fiscalização Marítima (FISCAP-IP); Melhoria na gestão durável dos recursos
haliêuticos e disponibilização de equipamento do laboratório de controlo
higio-sanitário; Reforço do controlo e fiscalização na Zona Económica Exclusiva
(ZEE) entre outras.
O ministro
disse entretanto que o setor enfrenta vários desafios entre os quais a de construção de um Porto de Pesca Industrial
e infraestruturas de apoio à atividade da pesca, de exportação dos produtos da
pesca para o mercado regional e internacional; Combate a pesca ilegal não
declarada e não regulamentada; e de melhoria da governação no setor das pescas.
Em todo esse
processo, de acordo com o ministro das Pescas, o papel do INIPO será
preponderante para a conceção, planificação e implementação de políticas e
estratégias que assegurem a preservação dos recursos e dos ecossistemas
marinhos bem como na gestão durável das pescarias.
Para a Diretora Executiva para África, do Serviço
Europeu para a Ação Externa, Rita Laranjinha o INIPO representa um investimento estratégico, financiado com
apoio setorial do Acordo de Pescas entre a UE e a Guiné-Bissau, que assenta na
convicção partilhada quanto à sustentabilidade dos oceanos.
“O mar
sustenta muitas vidas, mas está sob crescente pressão. Umas das principais
fontes de pressão é a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada, que
esgota os recursos haliêuticos, destrói os habitats marinhos, enfraquece as
comunidades costeiras e os seus meios de sustento. É um dos mais importantes desafios
da governação dos oceanos e a União Europeia, juntamente com os seus parceiros,
está empenhada em combatê-la", prometeu.
Para o
efeito, assegurou que a União Europeia tem vindo apoiar e capacitar as autoridades para que
possam controlar efetivamente os operadores que pescam nas suas águas,
incluindo os armadores europeus, para garantir que todos operam segundo os
princípios da responsabilidade e da sustentabilidade, para que os recursos cheguem aos filhos e netos.
Rita
Laranjina falou do novo Protocolo de Acordo de Pescas entre Guiné-Bissau e
União Europeia assinado em Setembro de 2024 para declarar que permitirá
financiar mais atividades em prol do desenvolvimento do setor.
“Foi um
acordo justo, transparente e ambicioso, assente numa parceria entre iguais e
que trará à Guiné-Bissau cerca de 100 milhões de euros nos próximos cinco anos,
dos quais 22.5 milhões de euros serão
dedicados ao apoio setorial”, disse
Acrescentou que o INIPO representa um investimento nas pessoas e
no conhecimento e que vai formar investigadores,
técnicos e decisores com as ferramentas necessárias para enfrentar os desafios
de hoje e do futuro, nomeadamente o de criar e manter as competências necessárias
para a Guiné-Bissau atingir objetivos ambiciosos como a de certificação do seu
peixe para exportação para a União Europeia.
O INIPO
contem 22 gabinetes para os técnicos; cinco Laboratórios nomeadamente: de
Plancton, de Recursos Pesqueiros, da Genética Marinha, de Aquacultura e de Histologia);
três salas de aulas ou reuniões; um auditório para 214 pessoas, um armazém para coleções zoológicas e outros
materiais de investigação. ANG/LPG/ÂC//SG













