quinta-feira, 28 de abril de 2022

                   Mali/Encerramento definitivo da RFI e do France 24

Bissau, 28 Abr 22 (ANG)– O colégio da Alta Autoridade da Comunicação (HAC) anunciou esta quinta-feira, 28, o encerramento definitivo do serviço da Rádio França Internacional (RFI) e da France 24, no Mali, segundo a AA.

“A decisão do encerramento definitivo segue-se aos atropelos notado pela HAC no tratamento da informação sobre o Mali por aqueles dois órgãos há vários meses, e monitorados pelo Centro de Monitorização”, indica a mesma fonte.

De acordo com o comunicado, “ a Comissão de Ética, de Contencioso e de Deontologia, depois de contactada pelo HAC, examinou o conteúdo das emissões sobre a actualidade mais recente, nomeadamente as emitidas pelos dois canais a partir de Janeiro de 2022, e relativas: ao ataque da base de Mondoro, às reportagens de David Baché dos dias 13 e  15 de Março de 2022 relativos às supostas exacções das Forças armadas malianas sobre as populações civis no Centro do Mali e no  delta interior do Níger, no Mali, a  250 quilómetros, a jusante da Bamako, ao suposto desaparecimento de mauritanos na fronteira maliana”.

A HAC sublinha que “aquelas emissões constituem uma violação dos termos supracitados e da convenção do acordo que liga a France Mídia Monde a HAC. A violação daquelas disposições substanciais é considerada grave pela HAC”.

Recorde-se que em Março último, as autoridades de transição do Mali haviam iniciado um processo de suspensão até novas ordens, da RFI em Ondas curtas e FM, e da France 24, em todo o espaço do território maliano, por terem acusado as FAMA de execução sumária dos civis.ANG/Angop

 

Saúde/Vice primeiro-ministro apela adesão popular à campanha de vacinação contra pólio

Bissau, 28 Abr 22 (ANG) -  O Vice primeiro-ministro apelou a adesão da população  guineense à campanha de vacinação contra a Poliomielite iniciada quarta-feira no país e com duração de quatro dias.

Soares Sambu falava na cerimónia que assinalou a abertura da campanha, em representação do Presidente da República, ausente do país, em visita oficial à África do sul.

 Sambú advertiu que é necessário se trabalhar rapidamente que o polivírus não se alastre e provocar mais danos em termos de vida humana e paralisia.

"Estamos aqui em representação do Presidente da República que pediu para ilustrar um sinal de engajamento e do seu comprometimento com a agenda nacional da saúde pública, e através de nós poder lançar um vibrante apelo a toda população no sentido de adotarem uma conduta de adesão, de mobilização e de colaboração na campanha de vacinação contra poliomielite”, disse.

Para o Vice primeiro-ministro não se pode dissociar a reaparição da doença da pólio da existência da crise da Covid-19.

Soares Sambú  acrescentou que a vacinação é o único caminho para se previnir da doença.

Por seu turno, o ministro do Turismo e Artesanato e igualmente porta voz do governo, Fernando Vaz, em nome do ministro da Saúde Pública, disse que o Ministério da Saúde tal como outros parceiros têm vindo a apoiar os esforços do Governo no sentido de assegurar uma saúde de qualidade à todos os cidadãos, com especial atenção às crianças com menos de cinco anos de idade.

"Em 2019, a Guiné-Bissau já tinha declarada a certificação da erradicação da poliomielite do poliovírus selvagem, infelizmente no ano passado ou seja em Março de 2021, a Guiné-Bissau foi informada pela Organização Mundial de Saúde OMS do isolamento de quatro casos do pliovírus tipo dois no país”, referiu.

Fernando Vaz disse que a poliomielite é um problema de saúde tal como outros  e que a doença é transmissível e provoca não só a doença mais também a morte das crianças.

Chamou a atenção à todos os técnicos de saúde envovidos nesta campanha, a dedicarem o máximo dos seus esforços, e administrarem a nova vacina com Vitamina A e desparasitação com Mebendazol às crianças menores de cinco anos, nas  cidades e tabancas mais longínguas do país.

Para Jean Marie Kipela, representante da OMS no país, o  lançamento da campanha de vacinação testemunha, por um lado, o engajamento da Guiné-Bissau no cumprimento das agendas globais e, por outro, uma colaboração forte entre tradicionais parceiros do Ministério da Saúde Pública na iniciativa da erradicação da pólio.

"A pandemia da Covid-19 piorou a fragilidade do sistema nacional de saúde,  em todas as vertentes e, por conseguinte, o sistema de vigilância e de vacinação não escaparam a regra”, frisou.

Jean Kapela  disse que, tanto as atividades de vacinação como as de vigilância não têm sido  implementadas com regularidade, e que sofreram interrupções prolongadas jamais conhecidas no país e, consequemente, a imunidade das crianças foram enfraquecidas não só em poliovírus, mas também ao sarampo e outras doenças evitáveis através de  vacinação.ANG/MI/ÂC//SG

      

 

Holocausto/Israel assinala o genocídio de seis milhões de judeus pelo nazismo

Bissau, 28 Abr 22 (ANG) - As sirenes soaram hoje (quinta-feira) em Israel dando início às cerimónias que todos os anos assinalam o Holocausto de seis milhões de judeus pelo regime nazi no poder na Alemanha desde 1932 até 1945.  

O Estado de Israel foi fundado em 1948 por judeus que abandonaram a Europa a seguir ao final da Segunda Guerra Mundial (1945) sendo que cerca de 165 mil sobreviventes do genocídio nazi vivem actualmente no país onde são reconhecidos como figuras históricas mas, cuja maioria, enfrenta situações de pobreza. 

Hoje, o primeiro-ministro israelita Naftali Bennet prestou homenagem no Memorial Yad Vashem afirmando que o mundo tem de deixar de comparar o Holocausto a outros acontecimentos e factos históricos.

Naftali Bennet fazia referência aos recentes discursos dos chefes de Estado da Rússia e da Ucrânia que estabeleceram paralelos entre a actual guerra em território ucraniano e o genocídio durante a Segunda Guerra Mundial.  

"Com o passar dos anos há cada vez mais discursos a nível mundial que comparam 'outras dificuldades' e acontecimentos com o Holocausto. Mas não é assim", afirmou Naftali Bennet.

"Nenhum outro acontecimento na História foi mais cruel assim como nada é comparável ao extermínio dos judeus pelos nazis e colaboracionistas na Europa", frisou o primeiro-ministro de Israel.

Naftali Bennet referiu-se também às "grandes diferenças" que estão actualmente a dividir Israel.

Este ano, o discurso do primeiro-ministro - num dos dias mais solenes do ano para Israel - ocorre numa altura em que Naftali Bennet é alvo de ameaças.

Na terça-feira, uma carta com ameaças de morte e com uma bala foi endereçada à família do chefe de governo de Israel, estando o assunto a ser investigado pelas autoridades.   

"Irmãos e irmãs, nós não podemos permitir que a génese dos mesmos perigos, das facções, desmantelem Israel internamente", declarou Naftali Bennet.  

Todos os anos, Israel recorda as vítimas do Holocausto exaltando os sobreviventes.

Os restaurantes e locais de entretenimento mantêm-se encerrados durante todo o dia, as estações de rádio transmitem música sóbria e as televisões incluem na programação documentários e emissões especiais sobre o Holocausto.

Trata-se da primeira vez desde o início da crise sanitária que o país assinala a data sem ser em contexto de confinamento.

A pandemia de SARS CoV-2 afectou em particular os sobreviventes do holocausto devido à idade avançada e a situações doenças associadas à terceira idade.

De acordo com um grupo que representa as vítimas do Holocausto citado pela Associated Presse, em Israel, cerca de um terço dos sobreviventes do Holocausto vivem abaixo do limiar da pobreza sendo que muitos são dependentes das ajudas governamentais e doações.

Por outro lado, um relatório divulgado hoje em Israel indica que apesar dos esforços implementados nos programas escolares, em todo o mundo, sobre a história do Holocausto, o anti-semitismo aumentou nos últimos anos a nível global. 

O documento refere que os sentimentos contra os judeus foram sentidos durante o confinamento sanitário, em vários pontos do mundo; nos comentários publicados nas redes sociais assim como após a intervenção militar israelita contra o território palestiniano de Gaza, no ano passado.

No âmbito das cerimónias oficiais, o presidente de Israel, Isaac Herzog, vai acender seis tochas que assinalam os seis milhões judeus assassinados pela Alemanha nazi. 

O porta-voz do Parlamento da Alemnha, Baerbel Bas, vai estar presente nas várias cerimónias oficiais em Israel. ANG/Angop

 

 

quarta-feira, 27 de abril de 2022

  Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Cabo Verde/Save the Children exorta doadores internacionais a travar fome no Corno de África

Bissau,  27 Abr 22(ANG) – A organização não-governamental Save the Children voltou hoje a apelar aos doadores internacionais para prevenir a fome na Somália, Etiópia e Quénia, já lançado por dezenas de entidades humanitárias.

Segundo a organização, 14 milhões de pessoas estão em risco de fome nestes países africanos, cerca de metade das quais crianças, mas o número poderá aumentar para 20 milhões.

A crise alimentar resulta da grave seca que atravessa o Corno de África, das consequências da pandemia de covid-19, do conflito armado, das infestações de gafanhotos e do aumento de preços fruto do conflito na Ucrânia, assuntos que foram discutidos esta terça-feira na Mesa Redonda de Alto Nível para a Seca no Corno de África, coorganizada pela União Europeia e o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitárias (OCHA, na sigla inglesa).

Mais de 40 ONG e redes de apoio emitiram pedidos aos doadores, que se reuniram em Genebra, para reforçarem o financiamento e liderança humanitários, exortando que eventuais atrasos terão um elevado custo em vidas.

Desde o início de 2022, mais de meio milhão de pessoas já abandonaram as suas casas em busca de comida e água só na Somália e, em termos regionais, 5,7 milhões de crianças encontram-se em risco de malnutrição aguda e 1,7 milhões em risco severo, diz o comunicado.

O porta-voz da Save the Children para a África Oriental e Sul, Shako Kijala, afirmou que as crianças são sempre as mais afectadas pelas crises alimentares, lembrando: “A malnutrição leva a problemas de crescimento, prejudica o desenvolvimento mental e físico a longo prazo, aumenta o risco de outras doenças e, em última análise, causa a morte.”.

Os trabalhadores de várias ONG na Somália, Etiópia e Quénia louvaram o grande apoio demonstrado para com as vítimas do conflito na Ucrânia, mas lamentaram não assistir ao mesmo nível de urgência face aos milhões de pessoas que enfrentam “o peso de alguns dos maiores desafios comuns globais, incluindo a crise climática”.

Segundo o comunicado, esta “falta de atenção” faz recear que se repitam os atrasos de 2011, que permitiram 260.000 mortes devido à seca e à fome só na Somália, embora em 2017 o governo somali e a comunidade internacional tenham conseguido actuar a tempo de prevenir uma catástrofe semelhante.

Este último caso demonstrou, para a Save the Children, que é possível evitar a fome de forma eficaz a partir de uma “abordagem colectiva de financiamento e programação sem arrependimentos”, e que atrasar a acção apenas “custará mais aos doadores a longo prazo e corre o risco de reverter a última década de investimentos na construção de resiliência” na região.

Esta visão é ecoada por Issack Malim, director executivo da Plataforma Nexus, na Somália, que disse ser “crítico que os fundos sejam directamente canalizados para actores locais que procuram colmatar as causas de raiz da fome numa resposta humanitária integrada, movida pela comunidade”.

Para as ONG, é necessário replicar agora esta estratégia de sucesso, pelo que requisitaram aos doadores mais de 4,4 mil milhões de dólares (4,14 milhões de euros) para fornecer ajuda a cerca de 29,1 milhões de pessoas na Somália, Etiópia e Quénia ao longo de 2022.

Visto que apenas 5% deste valor (61 milhões de euros) foi arrecadado para a Somália até agora e que a reunião patrocinada pela União Europeia nas Nações Unidas foi “despromovida de uma conferência de doadores para uma mesa redonda de alto-nível”, a Save the Children exorta os envolvidos para que comecem “a actuar com um sentido de urgência e tomem acções decisivas” de forma a evitar a deterioração da crise. ANG/Inforpress/Lusa

 

 

Diplomacia/Presidente da República viaja hoje  à África do Sul em visita oficial de quatro dias

Bissau, 27 Abr 22 (ANG) – O Presidente da República desloca-se hoje  à Africa Sul para uma visita oficial de quatro dias, a convite do seu homólogo Cyril Ramaphosa.

A informação foi tornada pública através de um  comunicado do Gabinete de Comunicação e Relações Públicas da Presidência da República à  que a Agência de Noticias da Guiné teve acesso hoje.

De acordo com a nota, nesta viagem, Umaro Sissoco Embalo  vai fazer-se acompanhar da ministra de Estado dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades, Suzi Carla Barbosa, dos ministros dos Recursos Naturais e Energia, Orlando Mendes Veigas, da Defesa Nacional e dos Combatentes da Liberdade da Patria, Sandji Fati, do Comércio e Indústria, Tcherno Djalo e da Saúde Pública, Dionísio Cumba.ANG/MI/ÂC//SG

Covid-19/China aprova para ensaios clínicos uma vacina contra a variante Omicron

Bissau, 27 Abr 22(ANG) – Uma vacina chinesa inactivada contra a variante Omicron foi aprovada para ensaios clínicos pela Administração Farmacêutica Nacional na terça-feira, na China, segundo a agência de notícias Xinhua.

A vacina, desenvolvida pelo China National Biotec Group, afiliado à Sinopharm, está sob pesquisa desde Dezembro de 2021, informou a empresa.

De acordo com a mesma fonte, testes preliminares, como avaliação de segurança nos animais e pesquisa de imunogenicidade, mostraram que a vacina pode produzir um alto título de anticorpos neutralizantes contra várias variantes, incluindo o Omicron.

Em ensaios clínicos será adoptado um método de estudo randomizado, duplo-cego e de coorte entre pessoas com 18 anos ou mais que receberam duas ou três doses da vacina COVID-19 para avaliar a segurança e a imunogenicidade dessa vacina inactivada.

Refira-se que, Shanghai, o principal centro financeiro da China, tem registado nos últimos dias um surto de covid-19.ANG/Inforpress/Xinhua

 


Campanha de caju
/ONG Shelter For Lifft organiza  agricultores em cooperativas para tirarem maior proveito da venda de suas castanhas

Bissau,27 Abr 22(ANG) – A ONG Americana Shelter For Lifft organizou os agricultores em 10 cooperativas de compra e venda de castanha de caju, em três regiões do país, nomeadamente, Cacheu, Oio e Biombo.

Em declarações à imprensa no acto de assinatura do compromisso de compra e venda da castanha de caju com os responsáveis das referidas cooperativas, o representante da ONG Shelter For Lifft no país, disse que a iniciativa visa colmatar as dificuldades que os agricultores enfrentam em termos de venda das suas castanhas.

“Os nossos camponeses se deparam com problemas de organização, de forma a conseguir os melhores preços no mercado. Foi neste âmbito que surgiu a Shelter For Lifft, através do seu programa denominado Lifft-caju que vai trabalhar na ligação da parte financeira aos produtores”, explicou Mário Alfredo Mendonça.

Aquele responsável salientou que o projecto foi direccionado para as regiões de Oio, Biombo e Cacheu tendo organizado as dez cooperativas,  que estão  a trabalhar em parceria, de forma a ganharem mais dinheiro na presente campanha de comercialização de caju.

Segundo Mendonça, estão a ser criadas todas as condições necessárias para que os  agricultores que integram as cooperativas possam vender as suas  castanhas de caju, nomeadamente a  criação de armazéns, espaços para secagem, meios de transportes, acesso fácil aos  grandes compradores, orientações em termos de negociação de preços, entre outras.

“Ainda  estamos a apoiar-lhes na renovação e criação de novas plantações, através de fundo de subvenção, no estabelecimento de parcerias  com o Banco de África Ocidental(BAO),para a obtenção de financiamentos, nesta primeira fase,para não dependerem de pré-financiamento dos compradores”, disse. ANG/ÂC//SG

 

         Mali/ Junta militar acusa França de “espionagem" e "subversão"

Bissau, 27 Abr 22 (ANG) - A junta militar do Mali acusou o exército francês de "espionagem" e "subversão" após a difusão por Paris de vídeos gravados com um drone perto de uma base militar no país.

As acusações da junta militar do Mali aconteceram na noite de terça-feira, 26 de Abril. As autoridades no poder em Bamako acusam o exército francês de "espionagem" e "subversão" após a difusão por Paris de vídeos gravados com um drone perto da base militar de Gossi, recentemente entregue pelos militares franceses às autoridades locais.

O comunicado da junta militar indica que “desde o início do ano foram constatados mais de 50 casos de violação do espaço aéreo maliano por aeronaves estrangeiras, nomeadamente operadas pelas forças francesas” e que “um dos casos mais recentes foi a presença ilegal de um drone das forças francesas, a 20 de Abril de 2022, na base de Gossi, cujo controlo tinha sido transferido para as forças armadas malianas na véspera”.

O texto, assinado pelo coronel Abdoulaye Maïga, porta-voz do governo, acrescenta que “o drone estava presente para espionar” as forças armadas malianas e acusa também as forças francesas de “subversão” por publicarem o que classificaram como “falsas imagens para acusar as forças armadas de serem as autoras de massacres de civis”.

A 21 de Abril, dois dias depois de ter entregue às forças armadas malianas a sua base de Gossi, o exército francês publicou um vídeo do que afirma serem mercenários russos a enterrarem corpos junto a esta base para acusarem a França de crimes de guerra no Mali. Um “ataque de informação”, explicava o exército francês.

As imagens mostram soldados a taparem cadáveres com areia e, numa outra sequência, vê-se dois militares a filmarem os corpos parcialmente enterrados.

O Estado-Maior-General francês garante que se trata de soldados brancos, deixando a entender que são membros das forças mercenárias russas Wagner, as quais foram também identificadas em vídeos e fotos tiradas em outros locais.

No dia seguinte à publicação das imagens, o exército maliano anunciou ter descoberto “uma vala comum, não longe do quartel antigamente ocupado pela força francesa Barkhane", nome da operação antijihadista francesa no Sahel. O Estado-Maior-General do exército maliano acrescenta que “o estado de putrefacção avançada dos corpos mostra que a vala existe há muito, pelo que a responsabilidade não pode ser imputada às forças armadas malianas”.

Esta terça-feira, a justiça militar maliana anunciou a abertura de um inquérito após a descoberta da vala comum de Gossi.

 Após quase uma década de intervenção militar contra o jihadismo no Sahel, Paris decidiu retirar-se do Mali num contexto de deterioração da segurança e de tensões entre a França e a junta militar, acusada pelos ocidentais de se ter aproximado de Moscovo. Bamako fala de “instrutores” vindos da Rússia, enquanto Paris e Washington denunciam a presença de mercenários do grupo privado de segurança russo Wagner, algo desmentido pela junta militar maliana.

No contexto da crise diplomática com Bamako, Paris anunciou, em Fevereiro, a retirada dos soldados destacados no Mali, uma operação a ser concluída neste verão.

A 8 de Abril, o chefe de diplomacia francesa, Jean-Yves Le Drian, questionou a versão das autoridades de Bamako que afirmam ter "neutralizado" 203 jihadistas no final de Março em Moura, no centro, enquanto a ONG Human Rights Watch acusa os soldados malianos, apoiados por combatentes estrangeiros, de terem executado sumariamente cerca de 300 civis. A missão das Nações Unidas no Mali (Minusma) pediu, em vão, a Bamako para se deslocar ao local para investigações.ANG/RFI

 

 


Sociedade
/Emigrantes guineenses em Espanha doam lotes de materiais à Fundação Ninho da Criança

Bissau, 27 Abr 22(ANG) – Um grupo de  emigrantes guineenses radicados em Espanha doou lotes de materiais constituídos de paineis solares, carretas, dezenas de embalagens de roupas usadas e outros materiais à fundação da antiga Primeira-dama, Mariama Sanhá Mané.

No acto da entrega dos referidos materiais, o coordenador da Federação Guineense residente no Reino da Espanha, Guelago Gano, queixou-se das dificuldades que os emigrantes enfrentam no processo de desalfandegamento.

“Trouxemos vários materiais para oferecer às organizações que apoiam as crianças em dificuldades, nomeadamente roupas usadas, televisor, painel solar, colchões, entre outros. No lote destes materiais, uma parte foi entregue à Fundação Ninho da Criança”, contou.

Segundo o  empresário Fode Djassi, que se empenhou para que a inicitiva tornasse uma realidade, a oferta será extendida à algumas localidades regionais.

Djassi enalteceu a iniciativa e pediu ao executivo para  prestar uma atenção especial aos emigrantes que fazem sacrifícios nos países de acolhimento para ajudar o seu país.

Para Fode Djassi  não é justo que os emigrantes passem sacrifícios no seu próprio país, particularmente no que concerne ao desalfandegamento dos seus materiais.

O empresário que tem-se dedicado as causas sociais con apoio aos mais carenciados, anunciou que em breve vão receber ventiladores oferecidos pela federação de emigrantes guineenses em Espanha, que serão destinados para o hospital Nacional Simão Mendes e hospital Militar.

A diretora da Fundação “Ninho da Criança”, Adja Maram Mané, clamou por ajuda de pessoas de boa vontade e do executivo para a construção de um centro para acolher dezenas de crianças órfãs e carenciadas que vivem no  centro atualmente.

Mané disse que assumiu um compromisso de acolher crianças e educá-las para se tornarem  pessoas que podem servir o país amanhã. “Por isso mesmo com as dificuldades que atravessamos não podemos abandoná-las”, disse.

“Não temos coragem de abandonar essas crianças, porque foram acolhidas quando ainda estavam no berço. Algumas são órfãs de mães logo à nascença. São no total 36”, contou.ANG/ÂC//SG

 

                  Segurança/Tropas da CEDEAO chegam à Guiné-Bissau

Bissau, 27 Abr 22 (ANG) - Relatos de populares na zona de São Domingos, norte da Guiné-Bissau, indicam que elementos da nova força de manutenção da paz da CEDEAO entraram no país na segunda-feira.

Em Bissau, não há nenhuma posição oficial sobre o assunto. 

Oficialmente ainda não há nenhuma indicação sobre a força, mas fontes das Forças Armadas da Guiné-Bissau disseram à RFI que será uma força composta por 631 militares. Fala-se que seriam essencialmente militares da Nigéria, Senegal, Togo e Benim.

Ou seja, a mesma composição da Ecomib, força militar que a CEDEAO estacionou na Guiné-Bissau entre 2012 e 2020, na sequência do golpe militar de Abril de 2012.

As fontes contactadas pela RFI indicaram que alguns elementos da nova força da CEDEAO já se encontram no território guineense, desde ontem, dia 25 de abril. Entraram através da fronteira de São Domingos, junto à região senegalesa da Casamansa.

Num primeiro momento, a força será de 631 militares, mas caso seja necessário será reforçada com mais militares. Também disseram que a força nao se vai designar Ecomib, mas terá um outro nome.

O quartel-general da força será junto do Ministério da Defesa guineense, mas a sua base será no Regimento da Banda de Música Militar, junto ao aeroporto Osvaldo Vieira, nos arredores de Bissau.

A grande questão de momento é saber quanto tempo a força irá permanecer na Guiné-Bissau e qual a sua missão específica, além de dar protecção às principais figuras do Estado, aos políticos e dar segurança física às instituições da República. ANG/RFI

 

 

Myanmar/Aung San Suu Kyi condenada a cinco anos de prisão por corrupção

Bissau, 27 Abr 22 (ANG) - Um tribunal de justiça birmanês condenou, esta quarta-feira, Aung San Suu Kyi a mais cinco anos de prisão num dos casos de corrupção que a líder destituída e Prémio Nobel da Paz enfrenta.

Os seus apoiantes classificam as acusações como injustas e fabricadas, com o objectivo de a afastar definitivamente da arena política.

Neste processo, a Prémio Nobel da Paz e antiga governante Aung San Suu Kyi é acusada de aceitar subornos no valor de 600 mil dólares e 11,4 quilos de ouro do antigo governador de Rangun, Phyo Min Thein, que testemunhou em Outubro contra a líder eleita.

Suu Kyi, de 76 anos, está em prisão domiciliária, desde as primeiras horas do golpe de Estado em Myanmar, em Fevereiro de 2021, e apoiantes e observadores internacionais classificam as acusações como injustas e fabricadas, com o objectivo de a afastar definitivamente da política.

A Prémio Nobel da Paz (1991) já tinha sido condenada a seis anos de prisão noutros casos e enfrenta mais acusações de corrupção: por ter alegadamente abusado da sua posição para arrendar terrenos; por alegadamente se apropriar indevidamente de fundos doados a uma fundação a que presidiu e por construir uma residência com eles, bem como por alegadamente comprar e alugar helicópteros.

No início de Dezembro, Aung San Suu Kyi foi condenada a quatro anos de prisão (reduzidos a dois anos após receber um indulto da junta militar) por violar leis antipandémicas e por incitação contra a junta militar. A 10 de Janeiro, a vencedora das eleições de 2015 e 2020 foi condenada a mais quatro anos de prisão por ignorar medidas de prevenção face à covid-19 num acto eleitoral e por importar ilegalmente dispositivos de telecomunicações.

Suu Kyi está, também, a ser julgada por alegada violação da Lei dos Segredos Oficiais, punível até 14 anos de prisão, sendo ainda acusada de fraude eleitoral durante as eleições de Novembro de 2020.

O golpe de Estado de Fevereiro de 2021 mergulhou Myanmar numa profunda crise económica, política e social, com quase 1800 pessoas mortas e mais de 13.000 detidas. Além disso, o golpe intensificou a espiral de violência com novas milícias civis que intensificaram acções de guerrilha, que duram há décadas no país.

Aung San Suu Kyi continua a ser uma personalidade muito popular no país, ainda que a sua imagem internacional tenha sido manchada pela sua incapacidade em defender a minoria muçulmana dos Rohingya. Desde que foi detida, a antiga líder desapareceu dos radares, aparecendo apenas em algumas fotografias no tribunal divulgadas pela imprensa.

Vários opositores à junta militar consideram que a sua luta deve ir para além da Prémio Nobel para tentar acabar com o controlo dos generais sobre a política e a economia no país. Houve milícias a tomarem as armas contra a junta em diferentes regiões, contrariando o princípio de não-violência defendido por Aung San Suu Kyi.

Na semana passada, o chefe da junta, Min Aung Hlaing, apelou para que se façam negociações de paz com as facções rebeldes que controlam partes do território e que combatem o exército há décadas.ANG/RFI

 

 

terça-feira, 26 de abril de 2022

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Política/Deputado de APU-PDGB diz que a legalidade é o que deve balizar a atuação das instituições

Bissau, 26 Abr 22 (ANG) – O deputado da Assembleia do Povo Unido- Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Armando Mango defendeu esta terça-feira que a legalidade  deve balizar a atuação das instituições, incluindo o seu partido.

O deputado respondia à questões dos jornalistas sobre a recente decisão do APU-PDGB de suspender Mango e mais outros dirigentes do partido,  após a entrega do ante-projeto da Revisão Constitucional ao Presidente da Assembleia Nacional Popular, cuja elaboração contou com a participação de  todos os partidos políticos com assento parlamentar.

Armando Mango disse que está bem clara no estatuto da APU-PDGB de que nenhum militante pode ser sancionado sem a sua audição prévia e  um processo disciplinar, alegando que qualquer ação feita fora desse âmbito é de “efeito nulo e inexistente”.

Disse que o Conselho Nacional do partido não é competente para decidir a matéria disciplinar e diz ser essa decisão de  exclusiva competência da Comissão Nacional de Jurisdição, que de acordo com Mango, ainda não  pronunciou nada sobre a matéria até agora.

“Não há nenhum processo disciplinar contra mim e os meus colegas, por isso, estou tranquilo”, disse.

Mango afirmou que a retirada de confiança política à sua pessoa é só mais um cenário um bocado indigno que não tem efeito nenhum na própria lei partidária, nomeadamente no seu artigo 17° do regulamento disciplinar do APU-PDGB.

O Conselho Nacional do partido Assembleia do Povo Unido(APU PDGB),reunido no passado dia 23 do corrente mês, decidiu retirar  confiança política  e suspender do partido os seus vices-presidente Mamadu Saliu Lamba, Armando Mango, Fatumata Djau Baldé, Batista Té e Joana Cobdé Nhanca. E quatro deputados da bancada desta formação política foram igualmente suspensos por alegada violação dos estatutoss do partido.

A APU-PDGB fez um acordo parlamentar com o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), vencedor das legeislativas de março de 2019, juntamente com a União para Mudança(UM) e o Partido da Nova Democracia(PND). O referido acordo foi mais tarde desfeito mas os dirigentes agora alvo de suspensão mantiveram-se fièis ao compromisso que o partido assinou com o PAIGC. ANG/DMG/ÂC//SG

 

 

Ucrânia/UE adverte na Índia que resposta a agressão russa definirá ordem internacional

Bissau, 26 Abr 22(ANG) – A presidente da Comissão Europeia advertiu segunda-feira, na Índia, um país que se tem mantido neutral relativamente à guerra na Ucrânia, que a resposta da comunidade internacional à agressão militar russa vai definir a futura ordem internacional.

“Este é um momento decisivo. As nossas decisões nestes dias irão moldar as décadas vindouras. A nossa resposta de hoje à agressão da Rússia decidirá o futuro do sistema internacional e da economia global”, alertou Ursula Von der Leyen, durante um discurso na mais importante conferência multilateral na Índia consagrada à geopolítica, o «Diálogo Raisina», em Nova Deli.

“Será que a abominável devastação vencerá ou a humanidade prevalecerá? Será o direito de poder a dominar ou será o Estado de direito? Haverá conflitos e lutas constantes ou um futuro de prosperidade e paz comum?”, questionou, durante a sua intervenção, retransmitida em Bruxelas.

Von der Leyen, que termina hoje uma viagem de dois dias à Índia, alertou que “o desfecho da guerra não só determinará o futuro da Europa, mas também afetará profundamente a região do Indo-Pacífico e o resto do mundo”.

Sublinhando que, “para a região do Indo-Pacífico é tão importante como para a Europa que as fronteiras sejam respeitadas e que as esferas de influência sejam rejeitadas”, a presidente da Comissão alertou para “a amizade sem limites” declarada entre China e Rússia e, falando perante as principais figuras políticas da Índia – país que, face às suas relações com a Rússia, tem mantido uma postura neutral no conflito -, advertiu que é necessária uma reflexão sobre o que significa, “para a Europa e para a Ásia, que a Rússia e a China tenham forjado um pacto aparentemente desenfreado”.

Rússia e China “declararam que a amizade entre si não tem «limites» e que não existem «áreas de cooperação proibidas». Isto foi em Fevereiro deste ano. E depois seguiu-se a invasão da Ucrânia. O que podemos esperar das «novas relações internacionais» que ambos reclamaram?”, questionou.

Iniciando a sua intervenção sublinhando que União Europeia e Índia são parceiros naturais e próximos apesar da distância geográfica, a presidente do executivo comunitário ressalvou que, no entanto, nem todos partilham os valores do estado de direito e liberdades fundamentais pelos quais UE e Índia se regem, apontando que “a realidade é que os princípios fundamentais que sustentam a paz e a segurança em todo o mundo estão em jogo”.

Focando então a sua intervenção na guerra em curso no leste da Europa, Von der Leyen deu conta da sua recente deslocação à Ucrânia, onde pôde testemunhar no terreno a devastação provocada pelo exército russo e as graves violações do direito internacional.

“As imagens provenientes do ataque da Rússia à Ucrânia chocaram e continuam a chocar o mundo inteiro. Há duas semanas, visitei Bucha, um subúrbio de Kiev que foi devastado pelas tropas russas, à medida que se retiravam do norte da Ucrânia. Vi com os meus próprios olhos os corpos alinhados no chão. Vi as valas comuns. Ouvi os sobreviventes de crimes atrozes cometidos pelos soldados do Kremlin. Vi as cicatrizes de escolas, casas de residentes e hospitais bombardeados”, disse.

A presidente da Comissão enfatizou então que “visar e matar civis inocentes”, redefinir as fronteiras “pela força” e “subjugar a vontade de um povo livre” são “graves violações do direito internacional” e vão contra os princípios fundamentais consagrados na Carta das Nações Unidas.

“Na Europa, vemos a agressão da Rússia como uma ameaça direta à nossa segurança. Garantiremos que a agressão não provocada e injustificada contra a Ucrânia será um fracasso estratégico. É por isso que estamos a fazer tudo o que está ao nosso alcance para ajudar a Ucrânia a lutar pela sua liberdade. É por isso que impusemos imediatamente sanções maciças, severas e eficazes”, disse.

Argumentando que as sanções impostas pela UE à Rússia estão “inseridas numa estratégia mais ampla que tem também elementos diplomáticos e militares” e foram concebidas de modo a poderem ser mantidas durante um longo período de tempo, o que dá força negocial em busca de “uma solução diplomática que garanta uma paz duradoura”, Von der Leyen exortou então “todos os membros da comunidade internacional a apoiarem” os esforços em prol dessa paz duradoura.

A Rússia lançou em 24 de Fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,16 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU – a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

ANG/Inforpress/Lusa

 


Revisão da Constituição
/Presidente do parlamento diz que estão a fazer o seu trabalho e não  competição com outro órgão de soberania

Bissau, 26 abr 22 (ANG) – O Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP) afirmou hoje que o parlamento está a fazer o que lhe compete e não a competir com nenhum outro órgão de soberania.

Cipriano Cassamá fez esta afirmação  após receber da Comissão  da ANP, o ante-projeto da Revisão Constitucional, para ser apresentado debatido e aprovado na próxima sessão parlamentar.

Paralelamente, existe uma outra Comissão de Revisão Constitucional criada por iniciativa do Presidente da República, cujos trabalhos já haviam sido concluídos.

 “Faremos tudo para que este projeto que foi discutido ao nível de todos os partidos políticos e da população, em todos os setores do país, seja debatido. Penso que não estamos a fazer isso para diminuir a responsabilidade de um ou outro titular de órgão de soberania, mas sim estamos a fazer isso porque é nossa competência, porque a lei nos manda a fazê-lo, e espero que as pessoas nos entendam”, frisou.

Cassamá adiantou que vai entregar o mesmo documento aos órgãos da soberania do país, nomeadamente à Presidência da República, ao Governo e o Supremo Tribunal de Justiça.

Por sua vez, o Presidente da Comissão parlamentar de Revisão da Constituição, Lassana Seide disse que as discussões do ante-projeto foram “sinceras” e que os resultados “são uma reflexão e conjunto de consensos” entre os elementos de grupos de trabalho.

Seide disse ainda que a Comissão respeitou o quadro legal que orienta o processo da revisão constitucional, nomeadamente, o artigo 130° da atual Constituição, acrescentando que todos os trabalhos correram dentro dos parâmetros, respeitando todos os limites material, formal e circunstâncial  da Constituição.

A ANP deve estar reunida entre os próximos meses de Maio e Junho , estando agendada a discussão e aprovação da revisão da Constituição. Da República. ANG/DMG/ÂC//SG

 

Ambiente/Micro-plásticos podem transportar para os oceanos germes que causam doenças – investigação

Bissau, 26 Abr 22(ANG) – Os micro-plásticos que poluem os oceanos podem ser veículos para germes patogénicos terrestres que provocam doenças em organismos marinhos e seres humanos, concluíram cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.

A investigação, publicada hoje no boletim Scientific Reports, é a primeira em que se admite que os micro-plásticos – fragmentos com tamanho inferior a cinco milímetros – podem disseminar doenças transmitidas por organismos como ‘Toxoplasma gondii’, ‘Cryptosporidium’ ou ‘Giardia’, que podem chegar aos seres humanos através do consumo de marisco.

“É fácil as pessoas desvalorizarem o problema dos plásticos nos oceanos como algo que não lhes diz respeito, mas quando se fala de doenças e saúde, torna-se mais fácil adoptar mudanças. Os micro-plásticos deslocam germes de um lado para o outro e podem acabar na nossa comida e água”, afirmou a investigadora Karen Shapiro, especialista em doenças infecciosas.

O ‘Toxoplasma gondii’ é um parasita que se encontra nas fezes dos gatos e que já infectou muitas espécies oceânicas com a doença toxoplasmose, como espécies de golfinhos e focas, além de provocar doenças prolongadas em seres humanos e problemas reprodutivos.

‘Cryptosporidium’ e ‘Giardia’ provocam doenças gastrointestinais e podem ser fatais para crianças pequenas e pessoas imunocomprometidas.

Os autores do estudo estudaram em laboratório maneiras como os patogénicos analisados se podem associar aos plásticos na água do mar, sobretudo os que são utilizados em produtos cosméticos e os que vão parar ao mar com as águas de lavagem de roupa ou a partir de redes de pesca.

Embora os parasitas se fixem mais aos micro-plásticos da roupa e das redes de pesca, todos os tipos de plástico analisados são capazes de transportar patogénicos.

Os micro-plásticos que flutuam à superfície podem deslocar-se grandes distâncias, espalhando microrganismos para bem longe da sua origem. Os que se afundam concentram-se no leito do mar, onde animais como ostras e outros tipos de bivalves vivem, aumentando a probabilidade de consumirem quer o plástico quer os microrganismos que causam doenças.

“Os plásticos enganam os invertebrados. Estamos a alterar as redes naturais de alimentação ao introduzir este material de fabrico humano que também pode transportar parasitas mortíferos”, referiu Shapiro.

A investigadora Chelsea Rochman, especialista em poluição e professora de Ecologia na Universidade de Toronto, afirmou que há maneiras de evitar que os plásticos cheguem ao oceano, como a colocação de filtros nas máquinas de lavar e secar e nas saídas de águas residuais. ANG/Inforpress/Lusa

 

               Justiça/PJ beneficia de duas viaturas da marca Toyota Hilux

Bissau, 26 Abr 22 (ANG) – A Direção Nacional da Polícia Judiciária (PJ), e o Centro Prisional de Bissau e Biombo da mesma instituição judicial beneficiaram hoje de duas viaturas da marca Toyota Hilux, e uma sala equipada para ações de capacitação dos seus agentes.

O donativo é do Escritório das Nações Unidas para o Combate a Droga e Crimes Organizado (ONUDC).

No acto de entrega dos referidos apoios, a ministra da Justiça e dos Direitos Humanos, Teresa Alexandrina da Silva, disse  que a entrega de duas viaturas irá reforçar a PJ no  combate ao tráfico de drogas, que a sua  Célula Aeroportuária Ante Tráfico tem estado a levar a cabo.

Alexandrina da Silva disse que o governo da Guiné-Bissau, vai ainda contar com o acompanhamento técnico e financeiro da ONUDC, para as acções que pretendem realizar nos próximos tempos.

“Além do combate ao tráfico de drogas, outra prioridade do governo tem a ver com o combate a corrupção, em todas as suas manifestações. Para esse efeito,  já temos uma extratégia nacional aprovada, e gostariamos de passar agora para a fase de sua operacionalização, ou seja a elaboração de um plano de acção para a sua implementação”, salientou.

A governante sublinhou que,  para que isso aconteça,  mais uma vez ,vão precisar de apoio total dos seus parceiros dentre os quais a ONUDC.

Por seu turno, o Director Nacional da PJ, Domingos Correia, defendeu que o acto  representa um reforço , fruto da cooperação entre a PJ e a ONUDC enquanto  principal Agência das Nações Unidas de luta contra o crime organizado.

Acrescentou  que as duas viaturas recebidas irão reforçar os seus agentes nos trabalhos da investigação.

 “Acabamos agora de testemunhar a inauguração de uma sala de formação dos agentes da PJ, onde serão ministrados cursos de capacitação aos nossos operacionais, e tudo isso é visto como pequenos ogestos que representam grandes passos significativos no trabalho quotidiano levado a cabo pela nossa instituição”, referiu o Director Nacional da PJ.

O Director Regional de Escritório das Nações Unidas para o Combate a Droga e Crimes Organizados da África Central e Ocidental, Amado Philip de Andrés, reconheceu os esforços que a PJ tem demostrado na luta contra o tráfico de drogas e crimes organizados, traduzidos em importantes apreensões registadas nos últimos tempos.

Acrescentou   que, com a entrega das respectivas viaturas, o ONUDC pretende  contribuir para o aumento da capacidade operacional da PJ contra o tráfico ilícito de drogas e crimes organizados no país.

“E a sala de formação equipada e entregue hoje a PJ, representa um esforço para o aperfeiçoamento dos profissionais da PJ”, disse o Director Regional ONUDC.

Amado Philip de Andrés  reiterou a continuidade de apoio da ONUDC à PJ guineense na luta conjunta das duas organizações contra o tráfico de drogas e crime organizado. ANG/LLA/ÂC//SG