Política/Deputado de APU-PDGB diz que a legalidade é o que deve balizar a atuação das instituições
Bissau, 26 Abr 22 (ANG) – O deputado da Assembleia do Povo Unido- Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Armando Mango defendeu esta terça-feira que a legalidade deve balizar a atuação das instituições, incluindo o seu partido.
O
deputado respondia à questões dos jornalistas sobre a recente decisão do
APU-PDGB de suspender Mango e mais outros dirigentes do partido, após a entrega do ante-projeto da Revisão Constitucional
ao Presidente da Assembleia Nacional Popular, cuja elaboração contou com a
participação de todos os partidos
políticos com assento parlamentar.
Armando
Mango disse que está bem clara no estatuto da APU-PDGB de que nenhum militante
pode ser sancionado sem a sua audição prévia e um processo disciplinar, alegando que qualquer
ação feita fora desse âmbito é de “efeito nulo e inexistente”.
Disse
que o Conselho Nacional do partido não é competente para decidir a matéria disciplinar
e diz ser essa decisão de exclusiva
competência da Comissão Nacional de Jurisdição, que de acordo com Mango, ainda
não pronunciou nada sobre a matéria até
agora.
“Não
há nenhum processo disciplinar contra mim e os meus colegas, por isso, estou
tranquilo”, disse.
Mango
afirmou que a retirada de confiança política à sua pessoa é só mais um cenário um
bocado indigno que não tem efeito nenhum na própria lei partidária,
nomeadamente no seu artigo 17° do regulamento disciplinar do APU-PDGB.
O
Conselho Nacional do partido Assembleia do Povo Unido(APU PDGB),reunido no
passado dia 23 do corrente mês, decidiu retirar confiança política e suspender do partido os seus vices-presidente
Mamadu Saliu Lamba, Armando Mango, Fatumata Djau Baldé, Batista Té e Joana
Cobdé Nhanca. E quatro deputados da bancada desta formação política foram igualmente
suspensos por alegada violação dos estatutoss do partido.
A
APU-PDGB fez um acordo parlamentar com o Partido Africano da Independência da
Guiné e Cabo Verde(PAIGC), vencedor das legeislativas de março de 2019,
juntamente com a União para Mudança(UM) e o Partido da Nova Democracia(PND). O
referido acordo foi mais tarde desfeito mas os dirigentes agora alvo de
suspensão mantiveram-se fièis ao compromisso que o partido assinou com o PAIGC.
ANG/DMG/ÂC//SG
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